Uma reflexão na nossa comunidade

Uau! Também não conhecia! As coisas que se aprendem neste hobby!! :slight_smile:

a proporcionar momentos inesquecíveis!

Quanto à pronúncia, e porque sou do Norte, lê-se "Ódiérnamente".

Mas, de futuro, posso passar a escrever "atualmente", que embora seja sinónimo, não é bem a mesma coisa.

Contudo, sempre respeitando o novo acordo ortográfico! :stuck_out_tongue:


Pois, acho que deves continuar a escrever hodiernamente e a contribuir para manter rica a língua portuguesa. Agora em relação ao acordo ortográfico é que já estou em profundo desacordo! É um atentado à língua e cultura portuguesas e merece ser alvo de desobediência civil por parte de quem as preza.

[quote=Yes Master]Contudo, sempre respeitando o novo acordo ortográfico! :p[/quote]



Tsk… Isso é que está mal.

Um homem das leis deveria saber que uma simples resolução de concelho de ministros não tem força para colocar esse estúpido documento em vigor para mais ninguém além de quem depende das ordens do governo.

Para quê andar a cumprir um acordo que estava morto havia 25 anos antes de ser zombificado? Para tentar manter o Brasil a falar Português (à sua moda que, como sempre, se estão nas tintas para os acordos ortográficos e gramaticais) em vez de os deixar de vez fazer nascer a língua Brasileira, algo que é inevitável? Que coisa mais colonialista e ultrapassada…



Entretanto, e mais importante, esta conversa fez-me recordar os tempos do ZX Spectrum e Commodore Amiga (e até um pouco da Playstation nas duas primeiras gerações).

Na altura também se faziam colecções enormes de jogos (graças à facilidade de obter cópias dos jogos) e a maioria acabava por ser jogada uma ou duas vezes para depois se experimentarem as novidades do mês.

Será que podemos retirar algo dessa história?

As bases são diferentes porque não existe nos jogos de tabuleiro a questão da plataforma em que os jogos são jogados se tornar obsoleta (com excepção dos que dependem de aplicações mas isso é, para já, um pequeno nicho), porém talvez diga algo sobre a possibilidade de se vir a sentir um "efeito bolha" neste mercado.

Não sendo pela obsolescência das plataformas, poderá ser pela especulação dos preços a que (na minha opinião) se está a assistir? Poderá ser pela simples fadiga do mercado?

Não sei… De qualquer modo, são tempos interessantes!

_

https://en.wikipedia.org/wiki/May_you_live_in_interesting_times

[quote=Mallgur]Hoje eu aprendi uma palavra nova… Hodiernamente.

Não conhecia e fico com a pulga trás da orelha sobre como pronunciar… O H será mudo ou aspirado, à espanhola? Hmm…



_[/quote]



Já agora deixo o esclarecimento:



https://www.dicio.com.br/hodiernamente/



https://www.priberam.pt/dlpo/hodiernamente



:stuck_out_tongue:

Não sabia que o acordo ortográfico causava assim tanta urticária :slight_smile:

Eu utilizo as regras do acordo, não porque o mesmo resulta de uma resolução governamental (pois a sua fonte é um Tratado internacional), mas sim porque prefiro e acompanho, na quase totalidade, as suas regras. Todavia, não é, de todo em todo, um acordo de caráter obrigatório.

Mas, bem visto, são várias as regras adotadas que se mostram de uma útil simplicidade. Por exemplo, a eliminação da colocação de um p antes de uma consoante (peremptório), ou a flexibilização da regra da consoante muda (fação, ótimo / factual e facto), ou a eliminação de hífen em algumas locuções (boa-fé ou fim-de-semana), ou ainda, a alteração da obrigação de identificar os meses e as estações iniciando por letras maiúsculas. Ou seja, tudo boas soluções, que simplificam o que não justificava complicação. E, que de modo algum diminuem a nossa língua (portuguesa e não portugueza, como há muitos anos se escrevia)

Se o acordo deveria ter sido um pouco menos abrangente, talvez sim; no entanto, a abrangência das alterações efetuadas (por exemplo, nesta palavra, que raio fazia lá o c? Para abrir o "e"? E, para isso é mesmo necessário um "c" antes do "e", ou sequer um acento? Não, pois a fonética sedimentada ao longo dos tempos salvaguarda a sua finalidade) tendem a aproximar os povos (mesmo que essa vontade decorra do interesse dos "lobbies" das editoras, como é evidente), concretamente o Português, o Brasileiro, os dos Palop e, claro está, Timor.

Mas, mesmo que não fosse esse o intuito deste acordo, sempre seria relevante e útil pela maior simplicidade que introduziu na escrita e na leitura (mais intuitiva e mais próxima da fonética).

E, se não houvesse medidas de implementação de simplicidade, ainda hoje escreveíamos "pharmácia","geraes", "Magallanes", "thesouro","commisao", "comprehendido", "introducção", "Thereza", "admittir", "commerciaes", "approva", etc; que era como se escrevia no séc XIX e XX (início).

Com isto quero dizer: havendo acordo, que há, e tendo este fonte legal, que tem, e não tendo sido questionada e apreciada a sua eventual inconstitucionalidade, aplica-o quem quer; como eu faço. Se estou certo em pensar assim ou não, pouco me importa, até porque, de tudo o que escrevi, a única palavra que suscitou curiosidade foi "hodiernamente", e esta não resultou de uma qualquer regra do acordo em discussão; já existia :slight_smile:

Bem, um abraço! :wink:

Discordo, obviamente.

Mas não vou esmiuçar por aqui os motivos pois tratam-se essencialmente de opiniões diferentes sobre quase tudo o que escreveste (incluíndo a suposta simplificação contradita pela introdução de dupla grafia, inexistente até aqui), além de que seria mais um desvio desnecessário deste tópico.



Deixo apenas uma citação:

"Mas a ordem certa é esta: a língua muda, e depois muda-nos. Não somos nós que mudamos a língua, na esperança de que ela nos mude da maneira que queremos. Se o objectivo é aproximarmo-nos dos brasileiros, aproximemo-nos dos brasileiros. Logo se verá se a língua resolve aproximar-se também."



Mudar a língua à força dá mau resultado, sempre, como deu com o "pharmácia" que citas, por exemplo. Basta ler um pouco por aí para ver que o mau resultado já está à vista.

A língua é uma coisa viva e natural e, como todas as coisas vivas e naturais, evolui. O Português nesceu do Latim e o Brasileiro nascerá (nasceu?) do Português.

Este acordo é uma tentativa de abortar o Brasileiro, matando a mãe… Má ideia.

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[quote=Mallgur]Discordo, obviamente.

Mas não vou esmiuçar por aqui os motivos pois tratam-se essencialmente de opiniões diferentes sobre quase tudo o que escreveste (incluíndo a suposta simplificação contradita pela introdução de dupla grafia, inexistente até aqui), além de que seria mais um desvio desnecessário deste tópico.



Deixo apenas uma citação:

"Mas a ordem certa é esta: a língua muda, e depois muda-nos. Não somos nós que mudamos a língua, na esperança de que ela nos mude da maneira que queremos. Se o objectivo é aproximarmo-nos dos brasileiros, aproximemo-nos dos brasileiros. Logo se verá se a língua resolve aproximar-se também."



Mudar a língua à força dá mau resultado, sempre, como deu com o "pharmácia" que citas, por exemplo. Basta ler um pouco por aí para ver que o mau resultado já está à vista.

A língua é uma coisa viva e natural e, como todas as coisas vivas e naturais, evolui. O Português nesceu do Latim e o Brasileiro nascerá (nasceu?) do Português.

Este acordo é uma tentativa de abortar o Brasileiro, matando a mãe… Má ideia.

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Era tao velhinho, tao velhinho que a ultima que tinha dado ainda se escrevia com PH… evilgrin

Ó Ricardo, para a próxima escreve como o típico nortenho pah (<-não cumpre o AO). Eu conheço gente que, fora do contexto profissional, escreve muitas palavras com ph só por carolice. Uma delas até o nome assina como Sophia.

Eu concordo com o Pedro quanto ao AO, que claramente foi publicado desta forma por outros motivos que não o de fazer evoluir a Lingua Portuguesa. Eles não querem saber dos brasileiros, tal como os brasileiros não querem saber de nós.

E os países africanos? De certeza que se houvesse dinheiro envolvido, eles até introduziam palavras de criolo na Lingua Portuguesa…



Quanto aos jogos, acho que também evolui a maneira como se lida com eles. Quando começas, e gostas, tens um início mais frenético. Queres experimentar coisas diferentes, construir uma colecção para teres em casa e jogar, o que faz com que, durante esse processo, conheças e compares e compres se calhar mais do que realmente precisas. Depois a coisa acalma, já tens uma ideia melhor do que gostas, já tens a tua coleção mais ou menos estável, já te controlas mais. Excluo aqui os coleccionadores mais acérrimos, obviamente. Com a acalmia vem algum bom senso e dás por ti a experimentar mais jogos menos conhecidos e antigos. 

Tal como a Lingua, deve ser um processo natural. As excepções (<-com p!!) são isso mesmo, excepções. :slight_smile:



Claramente o problema disto é o trabalho! Não nos deixa tempo para jogar mais!! Devíamos trabalhar ao fim de semana e descansar (jogar) de segunda à sexta! :smiley:

Atualmente estou mais numa de ir jogando os jogos que tenho, daí até ter começado um 10x10 Challenge justamente para ajudar a puxar para os ir colocando na mesa.



E a comprar, tentar ir mais para expansões para os que já tenho ao invés de andar no culto do novo.


Não deve ser surpreendente que o acordo ortográfico suscite tantas paixões. A língua é um dos mais importantes elementos unificadores e constituintes da cultura de um povo. “Minha pátria é a língua portuguesa”, escreveu Fernando Pessoa. E aproveitando esta citação, veja-se um exemplo de texto escrito na ortografia do tempo de Fernando Pessoa, precisamente o texto que a enquadra:



«Não tenho sentimento nenhum politico ou social. Tenho, porém, num sentido, um alto sentimento patriotico. Minha patria é a lingua portuguesa. Nada me pesaria que invadissem ou tomassem Portugal, desde que não me incommodassem pessoalmente. Mas odeio, com odio verdadeiro, com o unico odio que sinto, não quem escreve mal portuguez, não quem não sabe syntaxe, não quem escreve em orthographia simplificada, mas a pagina mal escripta, como pessoa própria, a syntaxe errada, como gente em que se bata, a orthographia sem ípsilon, como escarro directo que me enoja independentemente de quem o cuspisse.

Sim, porque a orthographia também é gente. A palavra é completa vista e ouvida. E a gala da transliteração greco-romana veste-m'a do seu vero manto régio, pelo qual é senhora e rainha.»



Quem apoia o acordo costuma usar ufanamente o argumento de que se não existissem acordos ainda escreveríamos farmácia com ph. Mas sem os sucessivos acordos hoje escrevê-lo-íamos sem sequer o pôr em questão. Lendo o texto acima, libertando-me da forma como aprendi a escrever, encontro-lhe grande beleza, precisamente na ortografia usada então. E fico a pensar no que perdemos. E que continuaremos a perder se continuarmos a insistir na “simplificação” da língua. Qualquer dia integraremos a ortografia usada nas mensagens de sms.



Por outro lado, estas simplificações não contribuem para a clareza da língua, antes pelo contrário: tornam a língua mais hermética para quem não a fala nativamente. Sobre este assunto e outros argumentos veja-se o seguinte artigo: https://expresso.sapo.pt/opiniao/2016-05-11-Nove-argumentos-contra-o-Acordo-Ortografico-de-1990#gs.=8gpxEo



Na minha opinião, a língua é um património histórico que deve ser preservado. Admito que se façam alterações que sustentem a sua consistência lógica, mas considero de uma extrema arrogância que alguém se julgue no direito de a modificar por decreto, sem um amplo estudo prévio, e apenas por razões tão mesquinhas como os interesses comerciais de querer vender alguns livros no Brasil. Por outro lado, as tentativas de uniformizar a língua entre os vários países, além de terem um cariz colonialista, serão sempre um fracasso. Que o demonstrem as várias tentativas feitas desde o início do século XX (https://www.portaldalinguaportuguesa.org/?action=acordo-historia). Se a nossa pátria é a nossa língua, a língua falada nesses países também será a pátria desses povos. Que direito temos nós de impor a nossa língua a esses povos? E, do mesmo modo, porque haveríamos nós de querer importar palavras e ortografias que decorrem da cultura desses países e que nem integradas estão na nossa?


https://www.youtube.com/watch?v=DhoPXdKXSrY


Sobre a mentalidade de ganhar, e a propósito de uma ocorrência que se passou na passada 4ª feira cheeky (ainda que, de certo modo e neste caso, involuntária mas com semelhanças com a thread em baixo, lol), eis aqui outro aspecto:


"Some people deal with competative pressure by playing sub-optimally on purpose. Sabotaging yourself lets you just enjoy the ride. Maybe he's just the kind of person who knows he'll beat himself up if he loses after trying really hard to win. Sometimes super-competative people just purposefully lose or play badly so that they can keep their competative streak in check. Basically, if you are this kind of person you will understand what I am saying. If you aren't, you won't."

Link


https://boardgamegeek.com/thread/381853/whats-lowest-score-youve-seen