11 de Outubro - E mais um recorde de participação! 18 pessoas no Crystal Park

Na passada quinta feira atingiu-se mais um recorde de participação nos encontros do grupo do Porto.

Resolvi levar só jogos que se não tivessem jogado antes nos encontros, pelo menos em termos de jogos mais carnudos.

Cheguei cedo e só lá estava a Cat Ballou. Começamos a preparar um Great Wall of China. Entretanto chegou a Pati, o Albinscott e o Mig-L e juntaram-se a nós neste interessante jogo do senhor Knizia.

Entretanto foram chegando mais participantes... O Nazgûl, a Gwaylar, o Sérgio, o Nélson, a Cristiana, o PCC1972, o David, o JPL, o Rui, o Helder e três estreantes, Samuel, Robert e o João, creio... Já são muito nomes para me lembrar com certeza ao fim de uns dias. Se me enganei em algum, peço desculpa e que me corrijam.

Enquanto o nosso Great Wall of China decorria o resto do pessoal foi-se juntando em grupos. O Rui, o PCC1972, o David, o JPL e o Helder estrearam o meu Hoity Toity e estiveram animadíssimos durante todo o jogo. Tenho que experimentar isto também...

O Nazgul levou a Gwaylar, o Nelson, a Cristiana e o Sérgio numa aventura marítima com o Korsar que depois seria seguida de um Coloretto.

Entretanto o albinscott foi iniciando os três estreantes num Pickomino que me pareceu ter-lhes agradado.

O Great Wall of China demorou bem mais do que estava à espera... mais uma vez a simplicidade das mecânicas esconde uma certa dificuldade de decisões neste jogos do Knizia. Este tem algo de similar ao Korsar por se poder recolher pontos apenas ao início de um turno em que se tenha maioria numa das áreas, mas as cartas com habilidades especiais e o facto de existirem dois tokens de pontos em cada secção de muralha complicam um pouco mais as estratégias. A Pati venceu bem e eu fiquei num miserável último lugar... Enfim. Deu para aprender e passar um excelente bocado de tempo.

Depois de terminarmos fomos reunindo toda a gente a pensar num jogo com maior abrangência que pudesse entreter todos. O Hoity Toity também estava a terminar com uma vitória do Rui... começa a ser um "alvo a abater" este moço! Hehe...

Os moços do Pickomino estavam prontos e a malta do Coloretto também já estava disponível para se juntar.

As contas mostravam que era um novo recorde de participação, 18 pessoas a jogar ao mesmo tempo, e que só havia uma hipótese para jogarmos todos; Werewolf.

Expliquei as regras aos que nunca tinham jogado e avançamos com três lobisomens, uma vidente e a menina.

Fez-se um largo círculo com as cadeiras e o Nazgûl começou uma brilhante narração.

A vidente teve o seu sonho, mas esta seria uma má altura para ela porque só viria a obter pistas sobre quem eram os lobisomens já muito tarde. Os lobisomens encontraram-se na praça... Eu o Helder e o Nelson. Fizemos do Rui a primeira vítima...

Na manhã seguinte foi eleito o Mig-L como Xerife. O PCC1972 lançou dúvidas sobre o Helder. O David acusou-me logo que acordou e, por isso, eu disse que votava nele... entretanto a sua pressa levou a que muitos aldeões desconfiassem dele. Foi linchado um inocente...

Os lobisomens fariam ainda mais um par de vítimas antes de que a aldeia conseguisse eliminar o Helder. Ficava eu e o Nelson com as fortes necessidades alimentares que um problema de transformação nocturna acarreta.

Conseguimos eliminar a menina Pati que creio nunca conseguiu ver quem eram os lobisomens... Eu pelo menos neste jogo preocupei-me em olhar bem para todos os outros jogadores durante o ataque nocturno.

O Mig-L não estava a ser eficaz como xerife e eu aproveitei esse facto para disfarçar a minha condição avisando-o de que votaria nele para ser linchado se voltasse a errar no lobisomem. Resultou em cheio e ele acabou por ser linchado pela aldeia já perto do fim. Passou a pasta ao albinscott...

Entretanto o Robert, como vidente, conseguiu ver que o Nelson era uma das feras assassinas e ele mais o albinscott votaram no Nelson. Eu não tinha outra alternativa que não fosse fazer o mesmo.

Nessa noite eliminei o albinscott, xerife que, nos estretores da morte iria ter que escolher entre mim e o Robert. Da sua decisão dependia vencerem os aldeões ou os lobisomens...

Ele escolheu o Robert e este, armado com balas de prata matou-me a mim. Venciam os aldeões, mas a aldeia estava dizimada. Apenas um sobrevivente, com poderes de vidente e cujos sonhos seriam certamente recheados do horror que nesta aldeia vivera...

Foi uma excelente noite! Na próxima quinta há mais... Apareçam!

 

Até lá.

Começo com uma pequena rectificação: os nomes dos três estreantes são Samuel, Robert e Armando. De facto já são muitos nomes!...

O Great Wall of China pareceu-me um jogo interessante e levezinho. No entanto, o facto de se ter arrastado por tanto tempo não foi favorável para a minha primeira impressão. Talvez numa próxima ocasião as decisões sejam tomadas mais rapidamente, permitindo mais dinâmica e um jogo com desfecho mais rápido. A constante requisição dos serviços do Mallgur para ajudar esta mesa e aquela também não ajudou, tal como alguma dispersão dos restantes participantes: lembro-me de, a dada altura quando eu próprio ajudava os 3 estreantes com o Pickomino, de olhar para a nossa mesa e só lá encontrar a Pat! E meus amigos, a Muralha não se constrói sozinha!

Na mesa do Pickomino as coisas andaram renhidas, até as regras estarem todas apreendidas. Depois o Samuel começou a perder minhocas para os adversários e a perseverança do Armando em não deixar o jogo acabar cedo demais para os seus objectivos permitiu-lhe acabar por ganhar. Creio que todos gostaram da introdução nestas lides.

Finalmente, no Werewolf, confirmei mais uma vez que não tenho perspicácia nenhuma para tirar a pinta aos mauzões da fita. Desta vez, e com tantos participantes, tentei ser um pouco mais cerebral. O facto da primeira vítima dos lobisomens ter sido o Rui (algo a que ele se arrisca com maior frequência, tal a perigosidade dos seus julgamentos) deixou-me logo desconfiado de que estaríamos a lidar com jogadores experientes e habituais no grupo.

Depois de erradamente linchados o PCC1972 e o David, a vingança popular sobre o Hélder parecia levar a concluir que o jogo teria um desfecho rápido: puro engano. Os dois bicharocos que restavam encarregaram-se de dizimar a aldeia quase por completo (com a ajuda da estúpida sede de justiça da populaça), até que só restavam 4. O curioso para mim era saber que nesta altura, o meu companheiro aldeão era a Vidente!

Votei ao lado do Robert no Daniel porque muito cedo a Cristiana, uma aldeã discreta, tinha sido vítima dos seres da noite, algo que na altura me causara estranheza. Isso faria sentido se o Daniel fosse o lobicoiso, o que na realidade veio a confirmar-se.

Na última noite, o lobital esganou-me, deixando o aldeão restante sem Xerife. Esvaído em sangue, delirante e sentindo o frio bafo da Senhora da Gadanha (não confundir com a Sra Mercês da Gafanha), analisei furiosamente na minha memória de amendoim os votos do Robert e do Mallgur, procurando indícios que me levassem a entregar o distintivo de Xerife ao aldeão (que passaria a acumular o cargo com o de Vidente), por forma a permitir uma tardia mas saborosa vitória às boas gentes da minha aldeia.

O facto do Robert ser estreante (e portanto menos assertivo nas escolhas das vítimas caso fosse lobinãoseiquê) e parecer estar muito concentrado à espera da minha decisão, o olhar mais casual e tipo "não é nada comigo" do Mallgur, (e a sua barba também, que sintoma mais óbvio de metamorfose!), as acusações do Mallgur ao David, Mig-L e Pat ao longo do jogo fizeram-me arriscar e entregar bem o cargo ao Robert, que imediatamente apontou o dedinho acusador à besta que restava. TRÁS, PÁS!