O trabalho, o trabalho... Némesis do homem moderno que o impede de actualizar as coisas importantes da vida, como um blog sobre os jogos de tabuleiro que joga...
Mas enfim. O que importa é que, na passada quinta, dia 18 de Outubro, estiveram 10 pessoas no Crystal Park a jogar.
Dividimo-nos em duas mesas. O PCC1972 tinha trazido a sua cópia do Yspahan e o Albinscott gentilmente acedeu em ensinar-lhe o jogo, juntaram-se-lhe o Helder e o Rui.
Os restantes, eu, o Nazgûl, o Mig-L, a Pati, a Cat Ballou e o RickDanger, fomos para outra mesa para eu poder ter a minha primeira experiência com o Hoity Toity.
Gostei muito do jogo, mesmo tendo ficado com a impressão de que os ladrões seriam demasiado poderosos... entretanto já descobri que isso se deve a termos jogado mal. Estavamos a usar o mesmo critério na Auction House que nos castelos para decidir quem roubava e, na verdade na Auction House os ladrões atrapalham-se uns aos outros e ninguém rouba nada.
Mesmo assim foi giro... o Mig-L ganhou bem e eu não o consegui alcançar na última ronda, porque a Cat Ballou tinha uma exposição melhor que a minha. Como se alguém pudesse ter uma colecção melhor que uma onde estão itens como a tanga do Johnny Weissmuller e o bâton da Marylin Monroe!!! É um jogo a repetir certamente!
Do outro lado também ficou uma regrazita por impor e o Albinscott ganhou. Não acompanhei o jogo mas fiquei com a clara sensação que todos tinham gostado bastante. Um dia também experimento esse...
Amanhã há mais... apareçam.
Entretanto, tenho que voltar ao trabalho...
Também gostei bastante deste, acho que vale a pena repetir com as regras correctas e o conhecimento de como funciona. O jogo tem um certo lado bastante intuitivo em perceber o que toda a gente vai fazer, mas também tem um certo raciocínio a fazer tendo em conta que cores são melhores/piores que a nossa.
Talvez o jogo devesse vir com uma tabela da distribuição de valores de dinheiro/ladrões em cada cor, uma informação essencial agora que sabemos como o jogo funciona. Se toda a gente souber os valores, julgo que as cores acabam por ser equilibradas pelas acções dos jogadores.
Creio que, com as regras certas o desiquilibrio que aparentemente existiu entre as cores desaparece. O Mig-L acabou por beneficiar bastante de ter o ladrão mais poderoso e por isso roubar sempre os melhores cheques no leilão e assim poder comparar logo a seguir peças que lhe faziam falta para ter as melhores colecções.
Com as regras certas os ladrões perdem muito do seu poder pois não serão jogados tão facilmente nos leilões uma vez que se podem tornar completamente inúteis se aparecerem outros. Além disso muitos mais cheques irão ficar na casa dos leilões e vão circular muito menos entre os jogadores.
Veremos... Podemos comparar os vários decks antes de começar, se quiserem, mas creio que o problema deixará de existir. Duvido que um problema de equilibrio tão grande existisse e o jogo continuasse a passar com distinção pelo ecrutínio do BGG...
Como disse o Mallgur, tive oportunidade de voltar ao Yspahan, um jogo de que gosto bastante. O Hélder, o PCC1972 e o Rui não o conheciam e portanto havia que o introduzir.
Depois de explicadas as regras e os mecanismos, começámos a lançar aqueles dados todos. Os estreantes decidiram apostar desde cedo nos Bairros, no sentido de fazer alguns pontos. Como é normal nas primeiras experiências deste jogo, a importância dos camelos e da construção dos Edifícios não ficou imediatamente apreendida, muito por culpa minha, que não relevei esses 2 aspectos. A Caravana também foi sendo negligenciada.
Os novatos foram apercebendo-se que estavam a ficar para trás na construção no final da 1a semana e corrigiram o passo, mas tratando-se do primeiro jogo, nem sempre tiraram proveito dos edifícios que iam construindo. O grosso das contribuições para a Caravana era eu que o fazia, começando a tirar vantagem a partir da 2a semana. Por essa altura fez-se uma luzinha na minha memória de pevide e lembrei-me de uma regra que não tinha explicado antes: a da possibilidade de trocar uma carta por um dado adicional na altura de escolher o grupo de dados. Perante o protesto (bem disposto) generalizado, o PCC1972 livrou-se logo de uma carta morta.
Para o fim, os tabuleiros dos Edifícios dos vários jogadores já estavam mais compostos, o Hélder tinha uma pequena e agora - que já não lançaria mais os dados - inútil fortuna amealhada, a Caravana estava na última fila com o grosso das minhas peças e os Bairros bastante ocupados por todos nós. Nesta altura já toda a gente tinha uma noção das necessidades neste jogo e o resultado final pouco interessa. Pena foi que já não houvesse tempo para uma segunda partida "a sério", para eles aplicarem os conhecimentos adquiridos.