2 e 9 de Outubro - O comboio até Alhambra

Nas duas últimas sessões do grupo do Porto pude experimentar aquelas que serão talvez as sensações mais gratificantes para um boardgamer. Por um lado conheci um jogo novo, por outro revisitei um clássico que não jogava havia algum tempo.

No dia 2 o Dugy trouxe a sua prenda de aniversário, o enorme Railroad Tycoon. Montou os três tabuleiros, espalhou aquela quantidade de plástico magnificamente esculpido, separou as cartas e as notas e os tokens e os cubos e explicou-nos o jogo. Para lém de mim, a Femme Fatale e a Cristy e o Asur foram alunos atentos, mas o jogo não é tão complexo como a dimensão fará pensar. Na realidade achei o jogo bastante simples.

Devo dizer que me parece exagerado e sobre produzido para o que na realidade é... Um Euro disfarçado de Ameritrash, para quem gosta dessas distinções. Pessoalmente acho-as absurdas e este jogo creio que me vem confirmar essa opinião.

O jogo correu bem, levou cerca de duas horas e foi ganho pelo Dugy. A minha estratégia ficou um bocado estragada por pensar que as linhas não se podiam cruzar, mas isso não foi o motivo porque não ganhei. Simplesmente o Dugy aproveitou melhor as oportunidades de rentabilização disponíveis. Quando vi a ferocidade com que se discutiam as ligações mais para o leste do mapa, pensei em fazer uma ligação grande que estava nas cartas, isolando-me assim no oeste e tentando depois disso fazer mais ligações. Como a minha carta de objectivo indicava que deveria ser o que tinha mais dinheiro no final, fui parcimonioso nos gastos e cheguei mesmo a tentar não fazer coisas no meu turno porque a ligação grande implicava turnos dedicados exclusivamente à construção e bastante dinheiro disponível. Enfim... um terceiro lugar já não foi mau.

No dia 9, revisitei o Alhambra. A minha última partida registada de Alhambra antes desta foi em Novembro de 2007. Quase um ano. À nossa chegada (eu mais Cat Ballou, Hello Kitty, Zenaida e Zeristoff) já se estavam a preparar outras mesas. Numa o Johnny Be Good explicava o Stone Age ao Jorge e à Manuela, novas visitas, que iriam jogar com a Femme Fatale e a Cristy. Noutra o Asur ex+plicava Santiago à Marta, também nova visita, à Carla e ao Dugy.

Entretanto, depois do Johnny terminar a explicação, estávamos seis para jogar e Alhambra era quase a única coisa que tinha no meu saco que comportava esse número de jogadores. Ainda por cima seria uma novidade para o Johnny e para o Zeristoff. Estava decidido.

Foi excelente. Estava com saudades deste jogo, mesmo sem o saber. Finalmente joguei como deve ser, focando as compras em duas ou três cores de edifícios colocando em segundo plano as compras com valores exactos. Isso permitiu-me ir controlando dois tipos de construção (os dois mais baixos, vermelho e azul), até perceber que já não perderia a maioria em nenhum deles, e com alguma sorte também consegui obter uma terceira maioria (no branco, do grupo dos médios) mesmo antes da última pontuação.

Creio que todos gostaram de o jogar e que isto deve ter servido para fazer com que o Johnny passe a ter este jogo na sua lista de comprados ao invés da lista de jogos a comprar... hehe.

E pronto, mais duas noites muito bem passadas com a malta...

Até breve e joguem muito!

Boas,

Concordo com o exagero na produção (aquelas locomotivas na tabela de pontuação/income são um exemplo, bem como os marcadores de cidades "vazias" de cubos) mas não o achei assim tão simples (não é um brainburner é certo).

Permite algumas estratégias (objectivo oculto e objectivos comuns) bem como alguma luta pelas melhores ligações (coisa que o sistema de leilão para o starting player resolve de uma forma bastante simples).

O facto de se começar sem dinheiro algum também obriga a uma gestão equilibrada de crescimento.

E vê-se, de facto, a nossa "obra" a crescer... e isso é muito interessante.

Espero que o jogo tenha pelo menos agradado ao ponto de poder contar convosco para próximas jogatinas... Nem que seja uma vez por entre outra...

E mais uma vez... excelente session report Mallgur!

Abraços