2009 - Olhando pelo retrovisor do meu Viper

Pois uns fazem resumos das suas aventuras "hobísticas" (não existia o termo, passa a existir), outros um balanço dos jogos que mais lhes agradaram ou apenas um resumo listado e opinante daquilo que jogaram.

Eu vou fazer algo diferente!

Sentado no meu Viper e olhando o infinito da escuridão inter-estelar, enquanto me dirijo ao encontro do desconhecido, olho pelo retrovisor e mergulho em memórias que não se vão apagar de forma alguma.

Por mais experiências que tenha passado no ano que passou, e por mais variadas que estas tenham sido, não se comparam à parafernália de emoções, discussões, triunfos e derrotas, proporcionadas pela epopeia chamada: "Battlestar Galactica".

Para uns não se trata de um jogo, para outros o Jogo do Ano. Para mim foi a experência lúdica, social e cultural do ano.

A grande vantagem do BSG é poder ter 6 ou 7 participantes e acima de tudo ser um jogo de confianças e atitudes, mais meta-jogo do que jogo.

As pessoas menos extrovertidas terão alguma dificuldade em participar e aqueles que levam as coisas mais seriamente serão altamente penalizadas, pois podem encontrar alguém suficientemente sádico para fazer de tudo para os irritar e desconcentrar.

Pessoalmente, quando participo numa aventura de BSG, sou sádico, assumo, mas sou o mais humano possível dentro do jogo.

Curiosamente este jogo foi controverso desde o 1º dia que parou numa mesa no grupo do Porto, para depois ser um dos preferidos. A bem dizer foi o jogo que mais novatos recrutou e mantém um fiel grupo de seguidores.

O que mais me fascina é o potencial intemporal das aventuras, pois estas não terminam ou pausam nos intervalos para um cigarrito. Muitas vezes o efeito perdura de uma aventura para outra ou mesmo para os jogos seguintes.

Alguns desses momentos intemporais são a primeira experiência do Dugy, as ídas prematuras para a Brig do Baltar, o Baltar passar um jogo inteiro na Brig, desde o 1º turno, as execuções dramáticas do Mike através de Air lock e o famigerado jogo que durou 40 minutos (incluindo montagem, jogar e guardar o jogo).

Definitivamente o Battlestar Galactica foi o jogo que mais tempo me levou a estar sentado à volta da mesa com os amigos em 2009 e também o que mais gozo me deu.

Outro jogo que me levou a muitas jogatanas foi o Dominion. Este na sua versão on-line no BrettSpielWelt. Se quisésse jogar ao vivo tantas vezes como on-line, levaria alguns anos e não conheceria outros jogos. Talvez já o tenha jogado mais de 5.000 vezes (o que até nem é barbaro no BSW), mas comparando com a viabilidade de jogar ao vivo, é uma barbaridade.

Não é jogo que conste da minha coleccção, nem irá constar por não gostar do tempo que demora nem pela necessidade do constante baralhar, mas é um dos meus preferidos para jogar no BSW.

Uma vantagem de o jogar on-line, é que o posso fazer com os mais improváveis dos adversários, como o Pombeiro, Daciano, Dugy e tantos outros que nem conheço e são de terras mais bem distantes.

2009 não foi um ano de abundância de jogos interessantes (no que me toca), mas foi um ano com meia dúzia de coisas boas.

Foi o ano em que joguei Roads & Boats, Tales of the Arabian Nights, Brass, Steam, o protótipo do Vital - Vinícola, Vasco da Gama e Hansa Teotónica, todos eles me fascinam numa medida ou outra.

Não falo das coisas menos boas pois essas, tal como as ervilhas, arrumam-se para um canto.

Assim sendo, e malograda a escassez, 2009 foi um ano agradável, quer pelas jogatanas, quer pelas novas amizades e novos parceiros de jogatana, como também pelos encontros a que fui. Infelizmente no que toca aos encontros, não deu para ir a todos, mas aqueles a que fui valeram a pena, e desses destaco Bragança, não pela afluência, mas pelo empenho da organização e pela hospitalidade.

Agora que se vislumbram silhuetas no horizonte escuro, deixo o retrovisor do meu Viper e concentro-me nos novos desafios que se avizinham, mas sempre sentado no meu Viper.

O destino, esse quem sabe se o alcançamos, mas continuarei a tentar uma e outra vez enquanto existirem resistentes com quem contar.

"So say we all"

Ainda estou todo roído de não ter conseguido aparecer no evento do Porto p'ra jogar com as geladeiras do Norte (sim porque isso aí pra cima não são torradeiras :P)

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Para mim foi um ano com alguns jogos, sobretudo em família, o que condiciona as escolhas. Poucas compras (descontados alguns livros de jdp para ler). A melhor foi já no final do ano, o Dixit que animou a semana entre o Natal e o Ano Novo. Nas palavras da minha filha mais nova (5 anos), «este jogo é extraordinário»!

De resto um infrequente Runebound que considero uma chatice mas o meu filho gosta imenso (7 anos). O jogo já é chato mas eu é que tenho que fazer todas as despesas por estar em inglês. O que um pai faz pelos filhos...

Vou ver se ele e a irmã mais velha compram o Descent, pode ser mais giro. Eles? Sim, têm de começar a investir nos jogos em vez de ser sempre o pai.

De resto o projecto mais interessante foi o que comecei há alguns meses. Está a avançar lenta mas seguramente. Notícias mais lá para a frente.

Sérgio Mascarenhas

Excelente compilação retrospectiva desse não muito longínquo ano de 2009.

Parabéns pela tua sempre boa disposição (que contrasta com o meu inconstante humor) a embarcar nestas aventuras. És um verdadeiro bom parceiro de jogatina. Excepção feita no Tichu Tongue out...

Mas esforço-me... as mulheres é que claramente "dão cartas" no Tichu. Aí, nem eu nem tu nos safamos, o caneco vai mesmo para elas.

«Mais vale estar calado e julgarem-te um idiota, do que abrir a boca e dissipar todas as dúvidas.»

O BSG é um jogo completo. Para mim o melhor.

Frack... não sei se me agrada lembrares-te de mim associado ao airlock... :)

(Ao menos tenho a satisfação de ter sido o 1º a levar o jogo para o Grupo)

2009 foi um ano bom em termos de jogos, encontros, convívio... tenho pena de só poder aparecer nos mensais do Porto.

Eu junto-me a ti noutro Viper...

So say we all

Passo só para agradecer o meu baptismo de "BSG" na InvictaCON deste ano!

Aquele abraço.

https://jogoeu.wordpress.com

é só por causa do Airlock que me lembro de ti, sempre que me passa a Laura Roslin pela mão, por exemplo.

E claro que foste o homem que trouxe o jogo, e mesmo se a 1ª experiência não foi boa, já tivémos oportunidade de sanar o assunto com várias sessões muito peculiares.

«Mais vale estar calado e julgarem-te um idiota, do que abrir a boca e dissipar todas as dúvidas.»

No que me toca obrigado por elogiares o Encontro em Bragança.

Já que a malta em Bragança não parece aderir e que sei que é complicado para os mais distantes aparecerem em Bragança a ideia é tornar este um encontro mais "familiar" e com isto atrair o pessoal.

Mas com o tempo espero que o numero de pessoas vá aumentando.

Quanto aos jogos devo ser dos poucos (ou quase o único) do Grupo do Porto que ainda não exprimentou o Battlestar Gallactica.

Mas este ano terá de ser, até porque deve ser uma das compras através da Associação.

[quote=mike.pt]

O BSG é um jogo completo. Para mim o melhor.

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Depende. Dos gostos. Há até quem não o considere um jogo, mais uma experiência.

[quote=mike.pt]

Frack... não sei se me agrada lembrares-te de mim associado ao airlock... :)

(Ao menos tenho a satisfação de ter sido o 1º a levar o jogo para o Grupo)

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Essa 1ª aparição do jogo no grupo do Porto é um dos porquês de te associarem ao airlock... Frakin' Toaster! Cylon ... Kidding. By your command, Mike!

[quote=mike.pt]

2009 foi um ano bom em termos de jogos, encontros, convívio... tenho pena de só poder aparecer nos mensais do Porto.

Eu junto-me a ti noutro Viper...

So say we all

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É pena mesmo. É porreiro jogar contigo. Galactica claro, porque aqui não fazes muito AP... Evilgrin E Brass. Que tal uma partidinha de Brass num próximo encontro, hum ? Forte abraço Mike Happy Meeple

Eu junto-me... com a Colonial One.

Life here, began out there...

[quote=joao104]

Quanto aos jogos devo ser dos poucos (ou quase o único) do Grupo do Porto que ainda não exprimentou o Battlestar Gallactica.

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Isso é algo que se pode reparar Cylon...

[quote=Dugy]

Depende. Dos gostos. Há até quem não o considere um jogo, mais uma experiência.

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Guilty as charged! Mas por isso mesmo recomendo-o fortemente a todos, apesar de pessoalmente não gostar dele.

Só te vejo a jogar com uma personagem: Laura Roslin.

«Mais vale estar calado e julgarem-te um idiota, do que abrir a boca e dissipar todas as dúvidas.»