2011 em revista - Fevereiro

29 partidas, 20 jogos diferentes, 6 novidades

Olhando para os números vê-se que este foi um mês com grande variedade.

Começou praticamente com mais um efeito do Projecto Refresh. O Meuterer voltou à mesa com menos sucesso que o Tempus do mês passado. Parte da culpa foi minha pois não tinha as regras tão bem estudadas como deveria e isso prejudicou a experiência a todos.
Neste mês voltaria no âmbito deste mesmo projecto o Clans que já foi mais bem sucedido, sendo jogado duas vezes seguidas.

Os testes com o novo exército para o Manoeuvre continuavas, assim como a sensação de que os Japoneses eram o saco de boxe desta expansão. O Mijnlieff continuava a agradar sendo o jogo mais jogado do mês.

Nas novidades teríamos:

Jerusalem - Uma nova abordagem à mecânica de controle de área que resulta muito bem para alguém que, como eu, gosta deste tipo de jogo. Oferece algumas linhas estratégicas diferentes, uma das quais me agradaria muito usar para ganhar numa partida mais à frente.

Merchants & Marauders - Pirates! em versão tabuleiro... Ah! Que saudades das horas passadas em frente ao Amiga a jogar isto! Esta implementação em tabuleiro está interessante para quem gostava desse jogo de computador. Se o analisarmos friamente, olhando as mecânicas e outros aspectos menos sujeitos ao capricho do gosto ou disposição momentânea, encontraremos alguns problemas, especialmente a influência da sorte em grande parte do jogo. Por outro lado, este é um jogo que, tal como a versão em computador, assenta na possibilidade de constituir uma fonte de narrativa. É um jogo que vive do tema e sobrevive se não o levarmos demasiado a sério.

Jager und Sammler - Mais um exemplo da capacidade técnica do Dr. Knizia. Regras simples, duração média e bastantes possibilidades estratégico-tácticas. Podem dizer quantas vezes quiserem que os temas são colados a cuspe, mas que interessa isso se o jogo é realmente bom? Uma compra feita um bocado às escuras, com pouca informação e muito pouco alarido feito à volta do jogo em Essen mas de que não me arrependo nada.

Senji - Uma das (quase) decepções do ano. Quase porque já estava avisado de que o jogo tem alguns problemas na sua versão normal. Existem aqui conceitos brilhantes que merecem que se arranje uma forma de funcionarem em pleno. É uma pena que o ponto em que foi lançado não tenha sido o melhor. Acredito que com mais algum tempo de testes surgissem alterações à regras que o teriam tornado um grande jogo. Os ingredientes estão lá... falta um bocadinho assim.

Isla Dorada - Um jogo tipicamente familiar. Muito bem apresentado, com regras suficientemente simples e uma boa dose de caos para que diferenças etárias se esbatam nas possibilidades de vencer. Não é um jogo para gamers e mesmo descontando algo sob essa perspectiva, não é um jogo para mim. Jogo-o outra vez se a oportunidade surgir, mas não vou andar a pedinchar para o fazer.

Origo - Mais um jogo de controlo de áreas do Sr. Kramer. Funciona? Sim. Vale a pena ter se já se tem o El Grande? Não. Então porque o tenho na minha colecção? Porque estava (muito) barato e porque tem um aspecto curioso de tratamento dos locais onde podemos exercer influência. Talvez vá para uma Math-Trade no futuro.

Merece ainda destaque um regresso ao Die Macher... Algo a colocar nas resoluções deste ano: "Voltar a jogar Die Macher".

A seguir, o que andei a jogar em Março