2011 em revista - Novembro

33 partidas, 24 jogos diferentes, 7 novidades

Novembro foi principalmente marcado pela LisboaCon e, para mim, nesse evento, marcado especialmente por mais um Here I Stand. Este evento também me deu oportunidade de experimentar algumas das novidades registadas neste mês.

Wildlife - Obtido numa Math Trade há já algum tempo, levei finalmente este jogo à mesa. Foi uma boa surpresa. É mais um area-control do senhor Kramer e resulta muito bem. Parece-me que este é um daqueles que ficou algo perdido por aí e que não é devidamente apreciado. Sendo uma edição da Uberplay, entretanto falida, poderá estar fora do radar da maioria dos jogadores mas merece ser experimentado.

Last Will - Uma das novidades conhecidas na LisboaCon. Um jogo que assenta na premissa geralmente oposta à dos jogos envolvendo dinheiro. Aqui a ideia é gastar o mais possível o mais rápido possível. O jogo tem componentes muito bonitos e é simples de jogar, oferecendo algumas opções de caminho para a vitória. Recomenda-se.

Walnut Grove - Também experimentado na LisboaCon este pareceu-me mais uma mescla de mecânicas que um design estruturado. Tem um bocado de Carcassonne, tem um bocado de Caylus, tem um bocado de outras coisas... Resulta? Sim. Fascina? Não. Essencialmente porque não traz nada realmente novo. Para quem conhece poucos jogos, até pode parecer algo muito inovador ou surpreendente, eu tive sempre a sensação de estar a jogar um bocadinho de vários jogos que conheço.

Betrayal at House on the Hill - Este título não é bem um jogo... É mais uma espécie de gerador de histórias. Os jogadores não têm muito que decidir, isso fica a cargo dos dados, e ao fim de algum tempo vão ver uma história (literalmente) que separa um deles dos restantes. A partir desse momento é um contra todos mas, mais uma vez, não há muito que decidir... As história até me pareceram engraçadas mas, para uma boa história, leio um livro... Se as decisões dos jogadores tivessem mais peso, poderia ser um título muito interessante. Assim, já posso dizer que o conheço e que dispenso voltar a jogá-lo.

Carrom - Estava disponível na LisboaCon para se jogar. Já conhecia genericamente as regras e gostei de experimentar este jogo de destreza. Prefiro Crokinole, é certo, mas este também é engraçado.

Panic Station - Este jogo sofreu imenso com a falta de cuidado na escrita das regras e com as mudanças das mesmas num curto espaço de tempo. A ideia do jogo é brilhante e a implementação não está má. Prometia mais do que é e depende ao extremo do grupo com que se joga, como qualquer outro jogo cuja essência resida na paranóia induzida e na desconfiança entre os jogadores. Quando resulta, resulta muito bem. Quando falha é uma seca...

Before the Wind - Outro título obtido via Math Trade. No fundo é um jogo de leilões. Os leilões, porém, estão implementados de uma forma estranha e algo contra-intuitiva. A minha primeira experiência com o jogo não foi grande coisa mas creio que grande parte disso se deve à forma como as regras estão escritas. Gostaria de o experimentar de novo.

E pronto, estamos quase no final desta revisão do ano. Dezembro e com ele uma visão geral do ano seguem em breve...