7 de Fevereiro -Dinheiro e morte

Entre o fumo de charutos cubanos e o aroma dos melhores whiskeys de malte, sentados em sumptuosas poltronas de couro e envoltos em elegantes fatos de Saville Row, cinco homens conversam sobre os resultados da recentemente terminada grande guerra.

- Acho que, lá no fundo, todos nos portamos muito bem. Evidentemente que aqui o Neonaeon foi o mais bem sucedido... Quanto fizeste? - Perguntou Mallgur.

- Cerca de 126 milhões. - Responde Neonaeon com um sorriso... - Mas os teus 93 também não foram nada mal!

- Na verdade o único que não lucrou tanto foi ali o PCC1972. - Diz Mig-L...

- É verdade. A minha aposta na Grã-Bretanha não se revelou das melhores. Aqueles bananas só fizeram barcos e mais barcos que perderam constantemente contra a França ou a Alemanha. Foi preciso estarmos já perto do final da guerra para os conseguir convencer a avançar para a península escandinava. Mesmo aí já o GoldenClaw estava a puxar os cordelinhos...

- Realmente era o melhor que podia ter feito depois de o Neonaeon ter lançado a devastação nos Autro-Hungaros e falido esse país que controlei desde o início. - Murmurou GoldenClaw.

- Hehe... Realmente deixei-os de rastos. Para o fim da guerra já só podiam chatear um pouco os italianos, mas não deram lucro nenhum. O Mallgur é que me roubou a Alemanha e a Rússia já perto do fim. Quem diria que iam ser os Russos a chegar à posição de vencedores desta guerra?

- Destas! - Clarificou Mallgur. - Andamos sempre a trocar de alianças... Eu comecei com a Rússia e a França, que arrancou muito bem tomando a península ibérica e um par de províncias do norte de África. Depois acabei por perder a minha influência em ambos... Tive que investir muito para recuperar a Rússia e tomar a Alemanha aqui do Neonaeon. Acho que a minha ideia de os fazer crescer, depois recolher o investimento e por fim os abandonar nas suas guerrinhas dá muita vantagem... Mas a ideia do Neonaeon de procurar controlar governos adjacentes para os usar em conjunto é poderosa. Só perto do fim da guerra me apercebi disso. Em termos militares a Rússia era imbatível já. Nem mesmo a Itália tão bem controlada pelo Mig-L podia aguentar os ataques da França e dos outros que foram lá mandando os seus tiritos. Deu-me bom lucro o controle da Alemanha e da Rússia...

- A mim também... - Referiu Neonaeon.

- Às vezes pergunto-me se poderemos continuar por muito mais tempo a lucrar com fomentarmos estas guerras...

- Ora! Os homens, enquanto grupo, serão sempre fáceis de conduzir... Basta assustá-los ou motivá-los correctamente. O que poderemos é de, no futuro, ter que arranjar novos meios de o fazer. Não me espantaria que estas novas vozes que andam por aí a surgir nos obriguem a ser mais criativos. Talvez seja uma boa ideia começarmos a investir na imprensa... que vos parece?

Os outros meditaram sobre o assunto enquanto agitavam as pedras de gelo no whisky ou sopravam novas baforadas nos seus charutos... Fora do clube exclusivo a população procurava recuperar dos estragos da guerra e arranjar formas de superar a perda de entes queridos e a fome dos que ainda estavam vivos.

----------------------------------------

Este foi o resultado de uma bela sessão de Imperial. Quase quatro horas de manipulação de nações com o objectivo de ter mais lucros no fim, já perto das duas da manhã...

Nas outras mesas o Yspahan foi entretenimento para o JohnnyBeGood, o Nazgul e o AlbinScott. A Pati e a Femme Fatale estiveram a explorar o Carcassonne.

Como sempre, excelente! E nem uma emergente gripe me retirou a capacidade para apreciar o jogo e a companhia.

Para a semana há mais!

 

 

 

Seguindo a minha curiosidade de conhecer jogos com temas Árabes, e depois de experimentar o Through the Desert, neste dia seguiu-se o Yspahan.

Descobri uma pequena pérola neste jogo. Despretencioso, tem uma mecanica fluida e o receio de que é um jogo depedente demais da sorte, devido à quantidade de dados, rapidamente se dissolve nas dunas fustigadas pelo vento nocturno, que cobre as pegadas da caravana de camelos que se dirige, determinada e segura, do caminho que leva à cidade de Yspahan…

Está na lista de compras!

Obrigado albinscott!!

:slight_smile:

_____________________________________________________________<br “Artificial Intelligence is no match for Natural Stupidity.”

Realmente esta foi a 2ª sessão com Camelos à mistura (afinal eu também participei naquele festim de Through the Desert e os seus camelos de cores variadas - demasiado variadas!!!)

Quanto ao Yspahan achei-o um jogo com uma mecanica muito interessante, de início parecia algo intrincada, mas depois deu para ver que é bastante acessível. Claro que a quantidade de dados que vi em cima da mesa no início - e sem saber que iriam ser usados daquela forma - fiquei um pouco de pé atrás.

A dose de sorte está lá, mas claro que também se pode abrir os cordões à bolsa e tentar fâze-la cair para o nosso lado.

O único senão do jogo a meu ver, é que não existe na mecânica, uma forma ou formas assim tão óbvias de poder travar ou debilitar o jogo do adversário. Acho mesmo que só depois de jogar umas quantas vezes é que se podem desenvolver mecânicas de contra-jogo.

Gostei do jogo, se bem que não optei pela melhor estratégia e tirei uma conclusão: a primeira semana do jogo é muito importante, e se se falhar é muito dificil recuperar.

Isto foi enquanto na mesa ao lado se discutiam milhares de Imperiais... a sede com que fiquei, principalmente porque nos atiraram para o Deserto....

Mais uma imperdível descrição do evento.

Com o proveito da especulação "imperial" bem que pudemos dar-nos ao luxo de fumar os cubanos e de provar o néctar britânico oferecido pelo PCC1972...Embarassed