Já bem entrados em 2009, com as ressacas do açucar do Natal (as filhóses, meu deus... as filhóses) e dos copos do ano novo (vodka para mim que champagne é bebida mariconça), o grupo do Porto voltou a reunir-se no Cristal Park.
O Zeristoff estava desejoso de uma repetição de Domaine e eu não me importo nada de o jogar, por isso juntamente com a Hello Kitty e a Cat Ballou, preparámo-nos para ver quem conseguia maior domínio durante a ausência do rei, algures nos mares, dizem as más línguas que para fugir aos maus-humores da Rainha, juntamente com alguns nobres e respectivas aias. Seja como for, estes quatro ambiciosos senhores e senhoras (coisa inaudita...) feudais começaram a disputar regiões, a estabelecer domínios, a receber dividendos das minas que se encontravam nos seus terrenos e a lutar pela hegemonia.
Esta luta seria fortemente marcada pelas traições de alguns cavaleiros, principalmente entre as senhoras e Zeristoff. Eu não me meti nesse barulho, até porque não me saíram muitas cartas para isso. Além do mais, estes cavaleiros estão cada vez mais caros e querem depenar um tipo para simplesmente mudarem de campo... uns chatos!
Seria, mesmo com essas traições dos cavaleiros, Zeristoff quem obteria a posição mais forte quando se anunciava o regresso do rei, mas eu e a Cat Ballou estavam mesmo, mesmo ali pertinho. A um ponto de ser ele próprio coroado, Zeristoff tinha apenas um ponto de vantagem sobre mim e dois sobre a Cat Ballou.
E nesta noite não deu para mais...
Uma semana depois lá estávamos de novo. Tinha, desta feita, um outro pedido a satisfazer. Apresentar o Manoeuvre ao Nazgûl.
Fui recordando as regras também um pouco para mim enquanto lhe explicava como se desenrola o jogo, as formas de ganhar, de resolver os combates, enfim, tudo o que é preciso saber para apreciar este excelente jogo de guerra.
O terreno estava escolhido. Seria um local algo acidentado, com dois lagos e um pântano à mistura, algures no coração de uma zona definida por algumas vilas periféricas, onde os exércitos da Áustria e do Império Otomano se defrontariam.
Os Otomanos tiveram oportunidade de escolher o local por onde se aproximariam do campo de batalha, mas descuraram essa escolha em favor de uma maior celeridade no início da batalha. Ficou assim o lado com mais e melhores posições defensivas para os Austríacos. O que contribuiu para o equilíbrio da batalha... O exército Austriaco está mal treinado, os seus líderes são fracos. Por isso não me restava grande alternativa, enquanto consultor estratégico, para além de aconselhar a tomada destas posições defensivas e aguardar o ímpeto dos Otomanos, com todas as suas unidades de cavalaria. Talvez depois fosse possível contra atacar se eles se desgatassem muito.
A primeira unidade a cair seria, de facto, dos Otomanos. Mas logo depois também os Austríacos perdiam uma. Depois deu-se um pequeno volte-face e os Austríacos conseguiram ganhar alguma vantagem eliminando mais duas unidades inimigas. Configurava-se a possibilidade de uma improvável vitória dos Europeus sobre um exército melhor, ainda por cima por eliminação de unidades antes do cair da noite. Mas o contra-ataque austríaco teve um preço elevado. Algum tempo depois a vantagem Austriaca era de apenas uma unidade e acabaria por se esfumar ficando ambos os exércitos à beira do esgotamento. O primeiro a perder mais uma unidade teria que se dar por vencido.
Nas últimas horas do dia os homemns da Áustria tentaram por 4 vezes eliminar unidades Otomanas. Em dua ocasiões estes retiraram e depois contra atacaram perigosamente. As unidades Europeias aguentaram-se com dificuldade. Tentaram também usar os canhões para bombardear uma unidade já enfraquecida, mas falharam quando tinham cerca de 60% de hipóteses de vencer. Finalmente organizaram uma emboscada a essa mesma unidade e... voltaram a falhar.
A noite caiu e a posição dos Otomanos era ligeiramente vantajosa. Pela mais pequena das margens, o general Otomano vencia a sua primeira batalha...
Dizem que os velhos deuses estão mortos. Que a falta de adoradores os enfraquece e faz definhar... pelo menos já li algo sobre isso (em American Gods de Neil Gaiman, para quem quiser saber. um excelente livro).
Mas Odin está vivo! E os seus dois corvos estão em plena forma... pelo menos um deles. A verdade é que Nazgûl apostou num deles e venceu-me categoricamente por 13 - 4, nesta corrida entre os agentes de Odin. Algo se passou comigo, nesta noite. Nem um corvo consegui fazer andar depressa!
Mas foi excelente na mesma... Bons jogos, bons amigos... Que mais se pode pedir?
Até breve!