Há muito, muito tempo, numa galáxia longínqua… Ou seria em minha casa?
Anyway, tinhamos um grupo constituído por um charmoso GM, um casal de namorados nosso amigo, dois garbosos moços que se recusavam a formar um casal (apesar da minha insistência. Diziam-se hetero, imaginam?), eu e o meu Namorado. O grupo tinha-se formado porque o meu Namorado insistia que eu precisava de hobbies e já que eu gostava de RPG deveria voltar a jogar. O GM e os dois pequenos foram encontrados na esquina (leia-se saudoso CJS do Saldanha), o casal era nosso amigo. O jogo chamava-se AD&D 2nd Edition e mais detalhes não vêm ao caso.
Formado o grupo, em breve se instalou a confusão. Segundo o meu Namorado, o GM tinha uma paixoneta por mim e estava a favorecer-me de uma forma desavergonhada e óbvia. Dizia ele que eu ganhava os XP, os objectos mágicos, tinha o protagonismo todo e as aventuras eram feitas já a pensar em favorecer-me. A cada sessão de RPG seguia-se uma discussão subordinada ao tema: a queridinha do GM. Em breve, as discussões iniciavam-se já durante as sessões, perante o silêncio embaraçado dos outros jogadores e as tentativas, por vezes infrutíferas, do GM para apaziguar a situação. Eventualmente o namoro acabou e com ele o grupo, após ano e meio das melhores sessões de RPG que alguma vez joguei. Serve isto para perguntar:
- Já foram namoradas do GM?
- Sentiram-se favorecidas?
- Acusaram-vos de serem favorecidas?
- Ele levava os NPC todos para a cama? (Ok, a esta podem não responder…)