A minha primeira campanha de Conan

E prontos, hoje acabei a minha primeira campanha de Conan e posso dizer que toda a gente divertiu-se.

A base da campanha era uma estoria plagiarizada do Realms of Arkannia. Basicamente os exércitos Khorajanos iam invadir Koth. No entanto, os Khorajanos são muito supersticiosos.

Os PCs entram em cena e são recrutados para encontrarem a Espada do Destino. Ora, a Espada do Destino tinha sido forjada por um feiticeiro e dada a Gramir, um Aesir famoso em Koth. Esta espada têm a fama de ser extremamente mágica e de dar o temor dos deuses a quem a veja. Numa incursão às montanhas de Khoraja, Gramir e quase todo o seu grupo foram mortos. Os sobreviventes desenharam um mapa de onde a espada estaria e depois espalharam o mapa por Koth em vários pedaços. Agora, os PCs são recrutados para encontrarem a Espada do Destino e a enfiar no coração negro do lider Khorajano, aumentando assim o temor que os Khorajanos têm dessa espada, pois eles pensam que é uma espada divina.

Basicamente os PCs percorreram muitas aldeias e vilas e cidades a procura de pedaços do mapa, alguns grandes alguns pequenos. Cada cidade tinha a sua aventura em si. Passadp meses encontraram o mapa e lá encontraram o sitio onde Gramir tinha sido enterrado. So que a campa dele nao tinha lá nada.

Ao pé estava um castelo e lá dentro estava Gramir e o seu grupo, undeads amaldiçoados por um necromante morto. A única maneira de os libertar do tormento é usando a espada para fazer o bem por Koth, que foi o que eles fizeram ao matar o lider Khorajano e impedindo uma invasão Khorajana.

Bem, a estória é plagiarizada do Realms of Arkannia, mas só a estória base, já que 98% da campanha foi à procura do mapa, e isso improvisei à força toda. Ia desenhando o mapa de Koth à medida que o jogo avançava. Aconteceu de tudo nas cidades, desde ganhar inimigos e desecrar tombas até procurar a mando de um padre de Bel uma bolsa roubada.

Foi uma campanha divertida. Eu diverti-me, os jogadores estavam sempre a pedir para continuar a campanha e a dizerem que se estavam a divertir à grande. Um sucesso.

Ah, e a Espada do Destino não era mais que uma espada com muitas runas Nordheimers. Mais nada. De magico não tinha absolutamente nada. No fim, os PCs, principalmente o Aesir, enterrou Gramir numa sepultura e enfiou a espada na no cimo da sepultura.

Agora preparar a proxima aventura e campanha. Este grupo está a ser muito interessante. Os PCs são um Aesir Soldier, um Bossonian Soldier, um Zingaran Pirate, um Zingaran Noble e um Cimmerian Thief. A dinâmica do grupo é boa e a gente diverte-se. E no fim. é só isso que conta.

Enfim, onwards to the next campaign.

Espero que tenhas consciência que estás a descrever um AP muito bleh, para quem jogou o que parecem ser meses.

Se fazes favor, agarras nas tuas notinhas e apontas aqui tudo por tudinho onde a malta se divertiu, o que curtiram mais, regras usadas que fizeram confusão, house rules se alguma, esse tipo de coisas.

Escrever apenas isso é bleh. :slight_smile:

Leitores interessados querem saber! Queremos um AP da tua campanha como deve ser! :smiley:

Nice!!

E apoio o que Rui disse; dispenso os "bleh", não vás interpretar isso como um insulto (nunca se sabe!), mas apoio totalmente o sentimento génerico de "as tropas ansiosas pelo sangue e ruído da batalha querem saber mais"! Como dizia o meu amigo, júri no Fantasporto para os filmes de terror, queremos mais sangue para poder "molhar o pão"!

Bem, a campanha demorou umas 80 horas continuas, mas foi concluida em menos de um mês.

Eu as notas não tenho aqui. Erm, de facto até tenho poucas notas já que foi tudo à base do improviso e nunca cheguei a ter a necessidade de tirar notas extensas, logo não me lembro agora do nome das cidades e aldeias. Tenho as notas noutro sitio infelizmente.

Basicamente, os PCs vieram de Shem e pararam em Karmeni, em Koth, onde tudo começou. Lá encontraram numa taverna um Aesir de nome Olaf que contou que Koth precisava da espada do destino. Os Khorajanos iam invadir Koth e só a espada do destino podia impedir uma matança ao ser usada contra o lider Khorajano. Olaf deu-lhes as indicações a três lugares onde aparentemente havia alguém com pedaços do mapa que levava à espada do destino.

A partir daqui os PCs foram a várias localizações, concluindo aventuras diferentes e ganhando informações sobre a localização de pedaços do mapa e várias versões da estória de Gramir, o dono da espada do destino.

Eu vou ver se encontro as notas, mas não esperem grande coisa, já que, como disse, foi à base do improviso e quando os PCs acabavam uma aventura numa cidade não voltavam a essa cidade outra vez, logo não tive necessidade de notas extensas.

O que os jogadores gostaram mais? Bem, diria que foi a primeira sessão e a possibilidade de explorarem Koth a fundo. A ideia de procurarem um mapa e fazerem trabalho de investigação foi recebida muito bem. O entusiasmo deles durou quase a campanha toda. Eles queriam que os PCs andassem à porrada, mas raramente houve lutas nesta campanha. Talvez a melhor parte tenha sido uma luta de bar em que o Aesir do grupo usou tudo, incluindo apanhar membros da party e joga-los como se fossem cadeiras, contra os clientes da taverna, e depois sentou-se e bebeu cerveja até ficar bebado, e depois andou outra vez à luta. Também gostaram muito do Net, um feiticeiro Stygio que era padre de Ibis. Um feiticeiro Stygio simpatico, agora isso é que é um paradoxo. Eu gostei também do Net, foi um NPC muito interessante a caracterizar. Basicamente era um homem extrovertido, um pouco hiperactivo e muito amigável, o que é o contrário de que um feiticeiro deve ser.

A malta divertiu-se bastante durante a campanha, estavam sempre a querer jogar mais. Embora a ultima parte, eles encontrarem a espada, não tivesse tanto entusiasmo como a princípio, mas eles no fim gostaram muito.

Não houve complicações com regras, mesmo tendo em atenção ao facto que estou a usar as regras de todos os sourcebooks. No entanto tenho uma house rule que uso em todas as sessões de Conan desde o ínicio. Basicamente, quando se rola para um Skill, se sair um natural 20, deixo o jogador rolar outra vez e somar os valores. Isto reflecte a hipótese de que, por vezes, uma pessoa faz algo tão bem que quase atinge a perfeição no que está a fazer.

Mas, seja como for, os jogadores e eu divertimo-nos. E isso é tudo o que posso pedir quando jogo RPGs hehehe.


Farewell, leave the shore to an ocean wide and untamed
Hold your shield high, let the wind bring your enemy your nightmare
By the bane of my blade, a mighty spell is made and
Far beyond the battle blood shall fall like a hard rain.

Viva MGBM.

Quero agradecer o facto de teres "fechado" com chave de prata um processo que tenho vindo a acompanhar de àgua na boca, desde o post "Porque adoro a Era Hyboriana", a participação no post do ZPP sobre "Conan que suplementos ?" e finalmente este "relatório".

Por "arrasto" de ser fã de Lovecraft, descobri que aquela BD de Conan a que eu achava imensa piada era fruto da obra do Robert E. Howard, amigo do HPL. Foi uma descoberta do caraças! E daí a perceber com outros olhos os filmes (sim, eu sei que não são a reprodução fiel nem dos livros nem da BD, mas já tinha uma explicação para a agressividade) foi um pequeno passo.

Anos mais tarde descobri, com um pequeno sabor a desilusão, o GURPS Conan. Digo isso porque sou mais fã, em sistemas generalistas, de HERO SYSTEM, e porque o próprio conteúdo falhou em induzir qualquer pica.

Agora, e graças ao teu post, encontrei aquilo que julgava não existir. Pensava que seria o Conan mais um heroi a ver-se transposto de um modo inglório para o mundo dos RPG (a la Indiana Jones) mas parece-me pelo que tenho lido que afinal é um setting à altura. E não é por ser d20, que não me seduz por aí além, que perde alguma coisa. Já está na minha wish list.

Apenas uma nota final: Fazer isso em 80 horas é obra, ainda mais num mês! Só quando estava na faculdade fazia coisas assim...mas...well...aquilo era um bocado lasso em definição de roleplay, até no comboio se jogava, e em bares no B.A.. Mas sabes que mais? É como dizes, desde que o pessoal se divirta à brava, os meios são justificados :):):)

Que a boa sorte continue a acompanhar-te na tua próxima campanha! Parabéns a ti e aos teus jogadores.

Como diz o título.

Obrigado! :slight_smile: Não sou lá o melhor escritor mas tentei o melhor a descrever o RPG.

Aconselho-te a mandares vir da Del Rey as estórias completas do Howard sobre o Conan. Se gostas das BDs, então as estórias vão-te fazer pular de alegria! :smiley:

O grande mal do GURPS Conan foi o seguinte, era tudo baseado em pastiche. Pastiche sendo estórias que não são escritas pelo autor original. Esse foi o grande mal do GURPS Conan, algo que muita gente não gostou mesmo.

O Conan RPG faz justiça às estórias originais. Não se perde nada e o Vincent Darlage, o principal escritor dos sourcebooks, é um adepto ferrenho do Howard e um grande conhecedor da Era Hyboriana. Os sourcebooks dele são perfeitos a capturar a atmosfera do Howard. Brutal, cruel, evil. Tal como deve ser.

Fazes bem em comprar o RPG, é realmente mesmo muito bom.

:slight_smile: Eu fiz isso em menos de um mês porque toda a gente estava disponivel e toda a gente queria jogar. :smiley:

Obrigado! :smiley:


Farewell, leave the shore to an ocean wide and untamed
Hold your shield high, let the wind bring your enemy your nightmare
By the bane of my blade, a mighty spell is made and
Far beyond the battle blood shall fall like a hard rain.

Tudo isto me parece uma cena muito fixe e Conanica! (... pq não), agora que a cena está mais fria fazia-te um pedido, não queres escrever essa aventura e publica-la aqui no portal? acho que seria uma cena muito fixe e util para todos os que se interessem pelo jogo ou que estejam a começar a interessar-se, como eu por exemplo hehe.
Só tenho umas dúvidas:[quote=MGBM]Eles queriam que os PCs andassem à porrada, mas raramente houve lutas nesta campanha.[/quote]Isto aconteceu pq os PCs simplesmente desistiram de andar à porrada ou pq n houve situações para tal?[quote=MGBM]Embora a ultima parte, eles encontrarem a espada, não tivesse tanto entusiasmo como a princípio, mas eles no fim gostaram muito.[/quote]O que é que aconteceu para o pessoal ter perdido o entusiasmo?

Hmmm, vou tentar encontrar as minhas notas mas infelizmente não posso prometer muito, como disse aquilo foi mesmo muito à base do improviso e algumas coisas já esqueci. No entanto, sempre posso escrever a estória base, embora quem tenha jogado ao Realms of Arkannya: Blade of Destiny sabe a estória de cor e salteado hehehehe.

Acredita, eles gostam muito de andar à porrada! Foi mais é que nao houve situações de luta. Era mais trabalho de investigação, embora quando houve luta os adversários eram bem mortais. O Soldier de nivel 7 teve muitas dificuldades em lidar com eles, e ele é o tanque do grupo. Embora, claro está, tenha havido uma cena de luta numa taverna hehehehe.

Ai a culpa foi mesmo minha, eu cheguei e disse, malta é provavel que a campanha seja terminada hoje. Eles se calhar queriam continuar um pouco mais a campanha, mas o entusiasmo era bastante à mesma!


Farewell, leave the shore to an ocean wide and untamed
Hold your shield high, let the wind bring your enemy your nightmare
By the bane of my blade, a mighty spell is made and
Far beyond the battle blood shall fall like a hard rain.

Sobre isto, e desculpem o threadjack, devo realçar aqui o trabalho que o Kurt Busiek está a desenvolver para transpor a obra o Howard para BD; tenho o 1º volume, The Frost Giant’s Daughter And Other Stories, que é absolutamente brilhante.

Já agora, esta AP também me deu vontade de jogar Conan D20. :slight_smile:

Podes descrever como decorreu esse combate? Pergunto porque julgo saber que o combate em Conan D20 é diferente do combate em D20 (tanto em D&D como em True20 e MnM, por ex).

O combate decorreu depressa. Os combates com oponentes mais facéis aconteceram num instante, com os PCs a darem damage e a usarem o Decapitating Slash para matar os oponentes em menos de 2 turnos.

Com os mais dificeis foi basicamente a party contra 2 ou 3. Os adversários usavam two-handed fighting e rolavam para ataque umas 3 vezes. O tanque só rolava 2 vezes. Os Dodge e Parry da party eram altos mas os dos oponentes também, o que implicava que tinham que rolar mais de 15 no d20 para acertar. Foi um combate equilibrado que durou uns 8 turnos, com toda a gente a dar damage e com os oponentes a verem a sua armadura absorver dano, isto é, até ao ponto em que as armaduras deles partiram-se e ficaram inuteis. Aí, eles fugiram, quase mortos.

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Farewell, leave the shore to an ocean wide and untamed
Hold your shield high, let the wind bring your enemy your nightmare
By the bane of my blade, a mighty spell is made and
Far beyond the battle blood shall fall like a hard rain.

Isso é mesmo “Conanico”. :smiley:

Por acaso o combate no Conan RPG é muito, mas mesmo muito mortal. O unico problema é que pode demorar mais tempo do que devia, o que já não é tão Conanico hehehehe.

Mas com os Combat Maneuveres, que são acções que podem ser usadas como free actions durante o combate, as coisas ficam muito mais interessantes. Há muitas combates maneuvres e todas elas fazem coisas muito fixes, como saltar por cima de alguém e enterrar a espada nessa pessoa e coisas assim. Muito bom mesmo, e dá uma nova dimensão ao combate.


Farewell, leave the shore to an ocean wide and untamed
Hold your shield high, let the wind bring your enemy your nightmare
By the bane of my blade, a mighty spell is made and
Far beyond the battle blood shall fall like a hard rain.

Ah, e devo dizer que a minha party toda agora tem a feat Carouser, que basicamente implica que, de beberem muito, tornaram-se mais ou menos resistentes ao alcóol. Já não se embebedam tão facilmente. Logo, foi a melhor desculpa para a party passar a beber o dobro do que já bebia. :smiley:


Farewell, leave the shore to an ocean wide and untamed
Hold your shield high, let the wind bring your enemy your nightmare
By the bane of my blade, a mighty spell is made and
Far beyond the battle blood shall fall like a hard rain.