A sessão de Mutants & Masterminds

Hoy, :)

A pedido do plasmas, estou a mudar esta discussão para outro thread, porque:
1) Aquele, no fundo, não era acerca disto
2) As respostas estão a ficar perdidas no meio da confusão

Ok, so, o Jesus matou uma pilha de inocentes. Fine. Também já estabelecemos que o Padeira sabia que os inocentes lá estavam. E também já sabemos que o Jesus ficou arrependido e que o Padeira não.

As perguntas são:

1) O Jesus sabia que os inocentes lá estavam?

2) As consequências de aqueles inocentes específicos morrerem foram apresentadas e/ou discutidas entre as pessoas à mesa?

Espero ter clarificado as perguntas que estava a colocar.

Cheers,
J.

Espero que à terceira seja de vez!

1)
JESUS = Não tinha a certeza, devido à confusão/fumo...
Padeira = Sabia perfeitamente da presença dos inocentes 

2)
Sim. Como consequencia, Jesus foi preso e foi-lhe colocada como castigo temporario uma pulseira que lhe anula os poderes. Penso que o Rui, para fluidez da acção, decidiu adiar um castigo maior para um futuro proximo.

Já tão melhores as resposta?

Mas ao fazeres um novo topico, a ideia era transferir todo o resto das cenas que por lá se escreveu sobre isto! É possivel?

(bolas, tou sem sono! Será que tou a ter remorsos por ter morto alguns estudantes? )

Hey, :)

[quote=plasmas]1) Não tinha a certeza, devido à confusão/fumo...[/quote]

Ah, ok.. Portanto... Nim. :) Pitty. Estava com esperança de um sim ou um não. Ah, espera, mas:

[quote]2) Como consequencia, Jesus foi preso e foi-lhe colocada como castigo temporario uma pulseira que lhe anula os poderes.[/quote]

Para clarificar, tu, Padeira, já sabias que isto ia acontecer antes de usares o poder?

É que se sim, então, esta combinação de respostas é uber cool! :) Se sim, isto é o GM a dizer ao jogador, olha, existem estas duas hipóteses e a história está nas [b]tuas[/b] mãos, e não nas do "teu personagem" (ler, minhas). Se sim, isto é o jogador a criar significado.

Se não... bom, a pergunta era se as consequências foram apresentadas à mesa antes da decisão, e as respostas nim e não não trazem nada de novo...

[quote=JMendes]Se não... bom, a pergunta era se as consequências foram apresentadas à mesa antes da decisão, e as respostas nim e não não trazem nada de novo...[/quote]

Pois, em relação à segunda pergunta acho que é mais uma resposta "nim" ou até um "não" directo, dependendo do teu ponto de vista . Antes de o Tony P. ter acabado por fazer o que fez trocámos umas piadas sobre aquilo ir ser tão mau ou pior que uma Fireball D&D em enclosed spaces... mal sabiamos nós que uma série de pessoas iam ficar transformadas em autênticas poças de goo por causa de um roll desastroso. E também fizémos piadas sobre o personagem do Tony P. se ir juntar ao outro PC que está "de castigo" e usa a dita pulseira.

Mas embora isso fosse previsível, não havia certezas sobre nada a não ser (para nós jogadores, pelo menos) que havia inocentes dentro do raio de acção do poder; não sabiamos ao certo quem eram os inocentes (acabaram por ser todos "nameless" NPCs mas podia lá estar incluído um NPC do cast habitual) nem que aquilo ia ser um autêntico massacre em termos de bodycount e da extensão dos danos corporais às vítimas. Eu, pelo menos, não estava à espera de nada tão grave; pensei que haveria alguns feridos e um morto ou dois, se o GM se estivesse a sentir sádico o suficiente, eheh. É que aquele poder tinha quase sempre sido usado para ferir/incapacitar vilões através do toque, salvo erro só um ou dois vilões tinham sido mortos por ele nestas quase 15 sessões, de modo que nunca me passou pela cabeça que uma carnificina daquelas fosse possível ao usaro poder com efeito de área (embora tenha sido eu a lançar a piada da Fireball em espaços apertados)... mas pronto, ao contrário de mim, o Padeira sabe bem as regras e conhece bem os poderes que tem; ele devia conhecer perfeitamente a extensão dos seus poderes.

Anyway, o verdadeiro resultado da acção dele (em termos da extensão da destruição causada) foi determinado pelos dados com dois rolls de Save: um para os vilões e outro para os inocentes; segundo o GM que os rolou (até porque eu perguntei a brincar "não podes trocar os resultados?") os dois resultados foram ambos desastrosos.

De resto, uma das consequências da acção do Padeira foi que o director da Academia onde estudamos para ser super-heróis se chateou connosco. Isso não foi discutido antes, mas era perfeitamente previsível (bem mais que o uso da pulseira)... o que eu, pelo menos, não estava nada à espera foi da extensão da raiva do homem. Foi o meu personagem, sozinho, quem teve de o ouvir a quente (a ferver!) e foi o meu personagem quem saiu de lá com as orelhas a arder e esticadas até ao chão... por causa disso, mais do que pelo resultado final da intervenção da sua equipa, o meu personagem pendurou a armadura (que é a única fonte dos seus poderes; sem ela ele é um adolescente lingrinhas) e desistiu de quaisquer sonhos de se tornar um superherói (pelo menos até vir o próximo plot twist em que só ele pode ajudar a salvar o mundo/namorada/gato da vizinha e é obrigado a regressar ao activo ).

Para mim, foi realmente intenso lidar com as consequências e o aftermath da decisão do Padeira (thanks, Tony!). Devia haver várias cenas destas, com a história a pegar nos personagens pelos proverbiais tomates, em cada sessão.

Minha visão sobre isto:

1) Jesus sabia perfeitamente que os inocentes lá estavam
2) As consequências não foram discutidas

Mas!, já tinha havido em jogo situaçoes muito parecidas onde a confusão da luta nos corredores chama pessoal para perceber o que se passa: lembro a luta do Paul Guerin contra o Bill, quando o Bill sai com o rabo entre as pernas, o corredor tá cheio de malta que o vê a fugir em forma humana. Quando houve a confusão dos "hulks" à solta na Academia, toda a gente fugia para o corredor. Quando a Alicia e a Kay resolveram pregar-vos a partida da água e vocês saíram a espumar de raiva, toda a gente veio para o corredor perceber o que se passava. Para resumir, numa residência de estudantes, quando há barulho e confusão no corredor, as pessoas acordam para pelo menos tentar perceber o que se passa; talvez alguns saiam para tentar mandar calar os desordeiros; talvez alguns tenham conhecimento do que os jogadores são e saiam para tentar ajudar, ou porque o corredor é a forma mais rápida de chegar a uma saída segura. Para resumir, eu acho que o Jesus e o Padeira sabiam que estavam lá inocentes.

Lembro situações onde vários poderes do Jesus foram usados muito para além do seu alcance normal: o mass heal que ele fez na outra dimensão, o mass drain, e julgo que já houve uma ocasião onde ele usou um mass corrosion, embora agora não me recorde exactamente. É normal para ele usar o Extra Effort para ganhar mais um rank de alcance, usando depois o poder nele próprio para curar a Fatigue daí resultante. Se a isso acrescentar-mos que, segundo as regras, os estudantes eram menos que Mooks, então podemos dizer que, mais uma vez, o Padeira sabia exactamente o que estava a fazer.

Mais!, já havia antecedentes de sobra com as acções do Bill, e até do grupo, para o Director Summers estar lixado da vida com isto: primeiro, o Bill é um desastre ambulante (nunca percebi muito bem as escolhas do Rocha em jogá-lo assim...), segundo, os "hulks" levaram demasiada publicidade não desejada à Academia e ao projecto do Director, terceiro, as mortes daqueles alunos, com as consequentes investigações e explicações aos pais deles, levaram o homem a um estado de nervos por ver o seu projecto começar a ir por água abaixo, e quarto, o Director sabe perfeitamente quais os poderes de cada um. Se somarmos tudo, temos um homem que ao chegar lá, vê não só a reputação da Academia ir por água abaixo, como o seu projecto pessoal, como as esperanças que ele tinha em vocês, porque para ele não foi dificil concluir quem tinha sido o responsável por todas aquelas mortes. Consequência rápida porque se estava a meio da noite, foi colocada uma pulseira inibidora de poderes ao Jesus e posto na mesma sala do Bill. Para resumir, as consequências das suas acções não foram discutidas à mesa, mas já havia antecedentes prévios que apontavam para uma resolução assim.

Se isto é uber-cool ou não para ti, honestamente e nesta altura do campeonato onde já foi dito e escrito tanta coisa, é-me perfeitamente indiferente, mas lá que foi uber-cool em jogo, isso foi! E para mim é só isso que interessa.

Já agora uma palavra ao Ricardo: a sessão "Jesus" ainda estava para chegar, por isso o Padeira sentia-se meio inutil à mesa de jogo, criando assim esta situação - o jogador sabe perfeitamente onde se está a meter. A sessão "Daniel" foi logo das primeiras, e mesmo que não concordes, para mim tiveste issues mais que suficientes lá e nas sessões seguintes para o teu personagem poder sentir-se agarrado pelos tomates (não só nas relações com a Kay, embora essas sejam as mais óbvias, mas também em todas as consequências dessa sessão); honestamente e sem me querer meter contigo, não percebo como não as viste, ou se viste não agiste sobre elas. Se quiseres podemos conversar sobre isto em pessoa!

Sobre os tais "nims" e "não não"... Eu acho que vocês andam a ler tudo mal!
E com o rui a escrever "1) Jesus sabia perfeitamente que os inocentes lá estavam" ainda mais confusa deve de estar esta malta toda.
Então é assim. Tal como o Ricardo disse, o meu poder de CORROSION tinha sido usado ultimamente só via toque, incapacitando muito rapidamente os maus. Creio que já o tinha usado uma vez em modo AREA, mas tb os mauzoes apenas ficaram magoados. Acho que foi uma surpresa tanto para o jogado como para a perso qd o resultado final foi um MASSACRE, tanto dos maus como dos inocentes!
Sobre o JMendes perguntar se a historia estava nas mão da perso ou nas mãos do jogador, é OBVIO que está sempre nas mãos do jogador! Podes é inventar desculpas, umas mais plausiveis do que outras, porque é que ele fez assim ou assado.
Neste caso especifico, tive a hipotese de não fazer nada, usar um poder que apenas os enfraquecia (TRANSFER > STRENGH), mas que eles continuavam a disparar, magoando tanto os herois como os outros estudantes que estavam pelo corredor, ou então ARRISCAVA, usando o mais poderoso ataque CORROSION. E já que estamos com "desculpas esfarrapadas", poderemos assumir que naquela fracção de segundo que Jesus lançava Corrosion, ele pensava: "no final de tudo, poderei sempre cura-los/ressuscita-los"...

Por isso considero a minha resposta (ao 1) foi mais um "sim", mas minimalista, pois ele pensava que estava tudo sobre o seu controle.

E agora o jogador a responder às 2 perguntas de rajada. Fiz uma decisão que não agradou a todos durante o jogo. Mas matematicamente era uma decisão muito simples (e claro, cheia de problemas morais). Temos a hipotese de apenas alguns morrerem/ficarem feridos, ou entao de muitos ficarem feridos/mortos, incluindo alguns do nosso grupo de herois.

E continuo sem me arrepender da minha escolha (isto tanto o Jesus como o Padeira), mas claro, temos uma perso cheia de remorsos e com visões de alunos feitos em papa no corredor do local onde dormia. Como é que ele irá enfrentar o mundo no final da aventura? E será que ele algum dia será perdoado, por mais boa-acçoes que faça? Não perca os proximos episodios, porque nós, tambem não! (ah, bons momentos que era, ver o Dragonball... )

[quote=ricmadeira]Anyway, o verdadeiro resultado da acção dele (em termos da extensão da destruição causada) foi determinado pelos dados com dois rolls de Save: um para os vilões e outro para os inocentes; segundo o GM que os rolou (até porque eu perguntei a brincar "não podes trocar os resultados?") os dois resultados foram ambos desastrosos.[/quote]

Ok, agora tou a perceber melhor, portanto aqui voltamos a este post, o resultado da acção do padeira não tava nas mãos dele, nem das do GM, tavam unicamente nas do sistema, supondo que o GM n o subverte.

Do que eu percebi o Padeira queria que o seu personagem lança-se o ataque e que ferisse ou mata-se inocentes, para envolver o seu pc num dilema moral e ético. Agora isto de facto aconteceu, mas aconteceu pq o sistema do jogo para esta situação, devolveu um resultado de dano do pc e de save para os restantes que permitiu o que ele queria, mas agora podemos também imaginar que o roll podia ter dado outros resultados, os inocentes podiam ter morrido todos e os vilões não, os vilões podiam ter morrido todos e os inocentes não, podia não ter morrido ninguém, podia... podia... podia ter acontecido muita coisa, mas fosse o que fosse era ditado apenas pelos resultados do sistema e não pelo desejo dos jogadores e GM.

Um sistema diferente, que ou põem na mão do jogador o poder para narrar eventos ou para escolher uma série de resultados concretos para as suas acções, irá permitir mais facilmente que os desejos do jogador, em termos de sequência narrativa, se concretizem efectivamente, uma vez que o sistema se baseia na resolução da cena e não na resolução de atributos. No estilo de PTA o padeira podia, por exemplo, fazer um roll para a cena e decidir que se tivesse sucesso então o seu ataque mataria os vilões e os inocentes também, caso contrário (e se quissesse mm enterra o personagem) o seu ataque mataria apenas os inocentes e os vilões ficavam na boa. Também já vi para ai um sistema com moedas, que permitem ao jogadores ter o controlo narrativo duma cena durante uma sessão, numa coisa parecida com essa o padeira poderia simplesmente escolher o decorrer dos eventos, e dizia q o seu personagem usou o poder, matando inocentes e vilões.

A vantagem disto, é que as consequências das acções do pc deixam de estar sujeitas a coisas exteriores a ele, como neste exemplo um roll de dano e save, deixar de ser o jogador a ter que se alinhar aos resultados do sistema para ser o sistema a alinhar-se com a vontade do jogador.

Nota: espero tar a postar no tópico certo e ter percebido a ideia do post que coloquei ali em cima hehe.

Sim, o sr RPL tá quase lá, o resultado é dado pelas guidelines do sistema, e ultimamente interpretado pelo GM. Tal e qual como nos tribunais, onde nós temos as regras da nossa sociedade em inumeros decretos, no final é o Juiz que decide como a deve de aplicar. (severamente, ou com uma palmadinha na mão... digamos que desta vez o "juiz" foi severo com o culpado por ter querido protagonismo no "assalto" )

E se isto tudo teria sido melhor em PTA... humm... tendo já jogado PTA (e tambem para quem já teve o prazer de jogar comigo em PTA), sei que este foi um momento classico-padeiresco, onde uma monotona historia tornou-se interessante em deterimento de um declinio emocional e pessoal do meu perso. Sim, concordo, em PTA e afins isto seria muito mais facil e muito mais sobre o meu controlo, mas tambem com um risco de tal n acontecer! Afinal tb há cartas em PTA, e mesmo deitando 6 cartas em cima da mesa e o meu adversario apenas 3, poderia sempre perder a narração e o sentido da historia, para antes o produtor brilhar com outro segmento do seu interesse. Pelo menos aqui, em MnM, sabia que tinha muito mais hipoteses de acertar (falemos num nº por alto... sei lá... uns 80-90% de acontecer o que aconteceu) do que em PTA (creio que a formula matematica será de 6/52 para 3/52, no exemplo que dei)! 

Ahoy, :)

Hm... Gostava que não misturássemos as coisas a especular sobre como é que esta cena específica se poderia ter desenrolado no sistema X ou Y. Essa discussão é boa para cenas imaginárias, quando se está a falar de sistemas, mas corre o risco de estar viciada quando falamos de cenas concretas.

Gostaria agora de endereçar um outro aspecto:

[quote=Rui]lá que foi uber-cool em jogo, isso foi![/quote]

But of course! Mas, pergunta seguinte: essa opinião é unânime à mesa?

P.S. Tenho imensos comentários ao post do Padeira, mas não os posso fazer sem entrar numa onda de juizos de valor, pelo que os vou deixar para o meetup, onde o pessoal pode ver pela minha cara que a onda não é essa...

[quote=JMendes] (...) essa opinião é unânime à mesa?[/quote]

Outra boa pergunta... sobre isso n te sei dizer muito, só especular um pouco, pois n se falou sobre o que aconteceu, e no final da sessão fomos todos para casa.

Sei que o Rui e o Ricardo gostaram, pelo que li aqui... A Ines (Jane) pareceu-me surpreendida, e o Zé (Carlton) pareceu o unico que n gostou da minha atitude... mas ele tb podia estar concentrado sobre estar o maximo de tempo possivel em ficar in-character, e claro, o seu perso fez logo o juizo moral do meu perso, pensando que este era mais outro "holligan" desta dimensao.

E agora as más noticias, meus amigos. Fui agora informado pelos meus pais que vou passar a pascoa com eles no Algarve, o que quer dizer que vou me baldar ao meetup e consequentemente À sessão habitual de sabado. As minhas sinceras desculpas. 

[quote=JMendes]But of course! Mas, pergunta seguinte: essa opinião é unânime à mesa?[/quote]

Faço minhas as palavras de El Padeiron; eu adorei e o Ricardo também, a Inês (Migraine Jane) pareceu surpreendida, e o Zé não consegui perceber se estava in-character quando mostrou não gostar (já que estaria perfeitamente dentro do personagem), se foi a sua reacção natural como jogador.

Portanto, não te sei dizer se é unânime ou não.

O teu problema é de solução fácil: se tu queres tramar-te e o Produtor quer tramar-te (é talvez a sua função mais importante)... bom, não há conflito, pois não? Logo, não há direito a lançar cartas. Mas um bom Produtor não ficaria por aí e ainda ia arranjar-te um conflito interessante, entre o mal que tu queres fazer desabar sobre o teu próprio personagem e um mal bem maior. Exemplo: se ganhares, matas um monte de NPCs sem-nome acidentalmente... se perderes, meu amigo, matas um monte de NPCs sem nome e a pessoa Y (em teoria um NPC muito importante para ti, possivelmente uma das tuas Connections)... ou, outra alternativa, matas acidentalmente um monte de gente e passas a ser perseguido por tudo o que é força da lei e equipas de super-heróis, ou o incidente fica gravado numa câmara de segurança e passa durante dias na TV em repetição constante para desgosto da tua mamã querida... algo assim, o único limite é a criatividade. ;)

Mas isto é estares a tramar-te numa cena que servia para outra coisa. Se queres tramar-te só tens de dizer, na tua vez, quero que a próxima cena se passe no local X, com os personagens Y & Z, e o objectivo da cena é o meu personagem cometer, sob pressão, uma asneira imperdoável que resulte na morte de inocentes. A partir daí, o Produtor está lá para dirigir/produzir uma cena com essas características. Bom, mas tu sabes isso... e também sabes que se quiseres controlo total, é só fazer um Next Week On e esperar pela próxima sessão onde o que descreveste acontece exactamente assim.

[quote=ricmadeira]e também sabes que se quiseres controlo total, é só fazer um Next Week On e esperar pela próxima sessão onde o que descreveste acontece exactamente assim.[/quote]

Se bem me lembro dos next week ons... e dos pesadelos que era tentar faze-los todos, e de maneira n falsa e plausivel para toda a historia daquele episodio... era um pesadelo!!!

Sim, a ideia dos next week ons é boa, mas tem as suas falhas, como vi a acontecerem no Dirtside 2.5. Tornaram-se num pesadelo logistico, pois estavamos mais preocupados em todos fazerem railroading para acontecer o que estava previsto no "script", do que propriamente descobrir a historia!

E sobre resolver aquele momento em modo PTA... sim, acho que ali o produtor teria inumeras maneiras de me lixar, disso n tenho duvidas. Mas como disse tb algures, eu ali lixei-me e tinha quase o total controlo do meu lixanço, sabia no que me estava a meter e creio que a controlei. Em PTA, poderia tudo sair dos eixos, e o meu lixanço poderia ser muito maior, e n era isso que eu pretendia neste exacto momento. 

Desta forma, provei que em MnM pode haver momentos PTA, e como tal, se neste posso, quer dizer que em qq outro RP tb posso fazer algo semelhante. Ou será que estou errado? 

[quote=plasmas]Se bem me lembro dos next week ons... e dos pesadelos que era tentar faze-los todos, e de maneira n falsa e plausivel para toda a historia daquele episodio... era um pesadelo!!![/quote]

Se era um pesadelo era por tua culpa: em vez de fazeres um NWO de alguns segundos de imagem como mandam as regras, e como fazia toda a gente, fazias 10 vezes isso e depois tinhas de te reger pelo que tu próprio tinhas definido. Em vez de termos três plot points para passar antes de chegar à meta, graças à tua sede de poder directo sobre a história tínhamos dez... sempre a tentar dobrar as regras, este Padeira. ;)

[quote=plasmas]Mas como disse tb algures, eu ali lixei-me e tinha quase o total controlo do meu lixanço, sabia no que me estava a meter e creio que a controlei. Em PTA, poderia tudo sair dos eixos, e o meu lixanço poderia ser muito maior, e n era isso que eu pretendia neste exacto momento.[/quote]

Nunca estás a jogar sozinho (pelo menos espero que não), e toda a gente à mesa mais o sistema/dados tem input na história, qualquer que seja o jogo que estejas a usar... Neste caso tiveste sorte de dois lançamentos de dados terem feito (aparentemente) o que querias, e de o GM não te ter deixado de fora do resto do jogo ou até da campanha.

[quote=plasmas]Desta forma, provei que em MnM pode haver momentos PTA, e como tal, se neste posso, quer dizer que em qq outro RP tb posso fazer algo semelhante. Ou será que estou errado?[/quote]

Se definires o que são "momentos PTA", de certeza que encontras quem fez isso em 1928 a jogar Monopólio ou, no mínimo dos minímos, em 197x com uma das muitas versões do que acabou por se tornar no D&D. :)  Onde queres chegar?

[quote=ricmadeira]sempre a tentar dobrar as regras, este Padeira. ;)[/quote]

yeap, that's me!Mas lembra-me tb que os meus next-week-ons eram sequencias... o prob era depois tu quereres partir essas sequencias, em que aí se traduziam no tal pesadelo logistico, pois passava de 1 mega-next-week-on para uns 4 ou 5 next-week-ons. Mas esse tb n era o prob, o prob mesmo era todos os jogadores terem next week ons diferentes, onde todos eles ocurriam de diversas maneira, e que por vezes tinham de se encavalitar numa já confusa historia. 

[quote=ricmadeira] neste caso tiveste sorte de dois lançamentos de dados terem feito (aparentemente) o que querias, e de o GM não te ter deixado de fora do resto do jogo ou até da campanha.[/quote]

Acho que a pergunta correcta seria: "Tiveste sorte, ou preveste bem o que iria acontecer?"  Em que depois eu te respondia "Bem... Ambos!"

Tudo na vida acontece, ou pq queres e tás ta borrifar para o que acontece depois, ou entao pensas logo no que vai acontecer, medes que vai acontecer isto ou aquilo, e depois é fazer a tua vidinha de acordo com as tuas decisões, fazendo as alterações necessarias para n sair do que tu queres que aconteça. Gosto de chamar a isso micro-management, algo que uso tanto na minha vida pessoal, profissional e pelos vistos, tb em RP. Uso muito o meu instinto, uso probabilidades matematicas e depois é arriscar e confiar nas pessoas, que o resto faz-se tudo sozinho (espero n ter sido muito confuso em todo este paragrafo... é que se fui, vai ser muito dificil para mim explica-lo novamente). Claro que este sistema n é bullet-proof, mas funciona na grande maioria das vezes.

[quote=ricmadeira][quote=plasmas]Desta forma, provei que em MnM pode haver momentos PTA, e como tal, se neste posso, quer dizer que em qq outro RP tb posso fazer algo semelhante. Ou será que estou errado?[/quote]

Se definires o que são "momentos PTA", de certeza que encontras quem fez isso em 1928 a jogar Monopólio ou, no mínimo dos minímos, em 197x com uma das muitas versões do que acabou por se tornar no D&D. :)  Onde queres chegar?

[/quote]

 

(exemplo de um) momentos PTA = momentos de controlo absoluto da historia por parte de um dos jogadores, e que poderá entrar em conflito com o script do GM/ST/produtor

Alguem escreveu praqui (acho que foi o RPL, mas posso tar enganado), que em PTA ou algo parecido poderias ter feito esta situação com mt mais controlo. Verdade, mas n necessariamente algo impirico. Chamemos-lhe "Nim" (gostei desta palavra! :P).

A ideia da malta é que em jogos tradicionais, é muito mais dificil do jogador ter controlo da historia e da situação do que em PTA, porque lá és tu a fazer a narração (isto qd a ganhas) e depois tens os (malditos) next-week-ons que praticamente te dão a victoria numa bandeja de prata, se tu assim o quiseres.

E se eu te disser que tb podes ter controlo da situação noutros rps, nos tais referidos como tradicionais? Claro, te-los numa personagem inicial é quase que impossivel, e acho que aí o PTA ganha a conversa, mas numa personagem mais madura, já com alguns episodios espalhados, e que saiba já os cantos à casa, consegue-se controlar melhor e mais sabiamente a historia do que alguma vez podias imaginar em PTA. 

[quote=plasmas]Mas esse tb n era o prob, o prob mesmo era todos os jogadores terem next week ons diferentes, onde todos eles ocurriam de diversas maneira, e que por vezes tinham de se encavalitar numa já confusa historia.[/quote]

Temos tudo documentado através das tuas anotações e as da Raquel aqui; só faltam as da última sessão. Os NWOs de toda a gente são de introdução simples e directa num pequeno pedaço de cena menos o teu, que está separados por "flashs", e que, se o interpretarmos generosamente, só envolve a existência de 2 cenas diferentes mas que estão completamente scripted do princípio ao fim envolvendo fortemente um PC que não é controlado por ti. Visto que só deste detalhes sobre os acontecimentos e forneceste zero de indicação sobre o local onde eles decorriam, e cumprindo até com o que acontece com a série onde foste buscar a inspiração para o formato do teu NWO, fomos introduzindo os vários flashs em cenas separadas para não sobrecarregar nenhuma delas e manter o suspense sobre o que ia acontecer... eu gostei muito do resultado!

Tenho pena que nao tenhas gostado mais, mas pronto, é assim a vida; não era nada que não esperássemos. Mesmo nos jogos "tradicionais" do Nietzsche os nossos gostos de temática favorita roçam o incompatível, eheh.

[quote=plasmas]E se eu te disser que tb podes ter controlo da situação noutros rps, nos tais referidos como tradicionais? Claro, te-los numa personagem inicial é quase que impossivel, e acho que aí o PTA ganha a conversa, mas numa personagem mais madura, já com alguns episodios espalhados, e que saiba já os cantos à casa, consegue-se controlar melhor e mais sabiamente a historia do que alguma vez podias imaginar em PTA.[/quote]

Palavras fortes... Mas não consigo conceber o que estás a falar, caríssimo. No meu dicionário, um controlo indirecto exercido apenas e só através das consequências das acções de um personagem (que estão quase sempre ao cuidado do GM ou de um dado) fica muito aquém do mesmo controlo aliado a um controlo directo (não é permamente, mas é exercido a intervalos regulares) sobre todos os níveis da história... e isto nem inclui o facto de que um jogo de PTA é um jogo onde é suposto toda a gente emitir as opiniões/sugestões sobre tudo a toda a hora e ver as suas grandes ideias incorporadas. A mim parece-me lógico e incontestável, mas posso estar maluco... ah, quem é que estou a enganar, eu sou maluco, mas mesmo assim...

Hey, :)

[quote=JMendes]Gostava que não misturássemos as coisas a especular sobre como é que esta cena específica se poderia ter desenrolado no sistema X ou Y. Essa discussão é boa para cenas imaginárias, quando se está a falar de sistemas, mas corre o risco de estar viciada quando falamos de cenas concretas.[/quote]

I hate it when I'm right...!

[quote=ricmadeira] um controlo indirecto exercido apenas e só através das consequências das acções de um personagem (que estão quase sempre ao cuidado do GM ou de um dado) fica muito aquém do mesmo controlo aliado a um controlo directo[/quote]

Fica ou não aquém dependendo daquilo que se quer conseguir. Se o que se pretende é exactamente esse controlo então sim. É apenas lógico! :)

Se por outro lado, o que se pretende conseguir for outra coisa qualquer, isso pode ou não ajudar, da mesma forma que pode ou não prejudicar! 

[quote=B0rg]Fica ou não aquém dependendo daquilo que se quer conseguir. Se o que se pretende é exactamente esse controlo então sim. É apenas lógico! :)[B0rg]

Tudo certo, mas o meu argumento que citaste não era essa a alegação que estava a combater. Falou-se em "controlar história" no geral, sem especificar ou particularizar. E no geral, ganha o método que permite maior abrangência de intervenção, digo eu. ;)

Bem, já agora depois de tanta conversa fique curioso de saber como é q se resolveu a situação do Jesus.

"the drunks of the Red-Piss Legion refuse to be vanquished"