Ajuda! Empresa de difícil concretização...

Olá!

 

Bem, já tou registado há um tempão mas como o tempo disponível não é muito, ainda não consegui iniciar a minha vida de RPG e BoardGamer... É uma coisa que me tem suscitado o interesse e se pudesse, já teria jogado muitos jogos... :D

Porém, vida de estudante não permite grande coisa e o resultado está à vista: embora ache interessante e queira, sou completamente "virgem" no que toca a RPG e a BoardGame (bem, de jogos ainda só joguei os comuns! Monopolly, Trivial P., Ludo :P, cromisses dirão vocês :P)

 

Bem, virando-me para o assunto da minha primeira entrada do blog... Resolvi encarregar-me de criar uma empresa/empreendimento difícil...

Criar um RPG...

 

E qual é o objectivo? Usa-lo como método de apresentação... O problema é que não tenho muitas bases e isso tem-se mostrado muito difícil... Bem, venho ver se me podem ajudar... :P

 

Claro que quero uma coisa simples, um RPG do estilo "The Pool" :P (já sei alguma coisa :P)... Somos um grupo de trabalho de 6 pessoas... Dois deles já tiveram contactos com o RPG mas quem avançou com a ideia fui eu... O objectivo era criar um RPG fantástico (mas muito básico) para incutir de forma mais divertida uma "injecção" de informação didáctica...

O tema é "Medicina Convencional vs Medicinas Alternativas" e o que pretendo é basicamente colocar no RPG situações diversas onde os jogadores tenham de se fazer valer pelas medicinas (tanto convencional como alternativas)...

Como grupo, surge um problema... 6 mestres!!! Com turma, surge outro... 10 jogadores!!! Acho um pouco dificl de concretizar... :P

 

Esta odisseia é possível? Não é demasiado "fantasiosa"?

 

Mais, eu gostava de conseguir estruturar um bocado... para poder refutar ideias que têm vindo a apresentar e que se afastam cada vez mais do RPG, e da sua maneira de funcionar...

 

Eu penso ter explicado bem a mecanica do RPG, e mesmo assim, surgem ideias como "criar cartões" para ter as tais situações-problemas... e os dados... para mover "casinhas" num tabuleiro k ja foi feito com o mapa...

Mais, esse mapa, kerem colocar locais com "situações" e outros não...

 

Não sei, estou um pouco confuso... Se me puderem ajudar... e se isto não for uma completa chachada :P

Corrige-me se estou enganado, mas a ideia é explicar "Medicinas Convencionais/Alternativas" a uma turma de dez pessoas fazendo uma sessão de roleplay orientada por um grupo de seis, é isso?

Portanto, é algo neste ãmbito. Em princípio, tudo é possível. Só não tenho a certeza se esse tipo de conteúdos poderá ser transmitido desta forma. Certamente que roleplay funciona para ensinar História, Direito, Psicologia, Gestão de Recursos Humanos, Política, Emergência Médica, etc. mas este tema em específico parece-me que se presta menos.

Nota: Já agora, isto não é "criar um RPG" :) é só organizar uma sessão para algo bastante específico.

Sem perceber absolutamente nada do assunto, vou no entanto pressupõr que se podem criar três tipos de personagem: um médico convencional, um médico alternativo e um doente. Temos 16 participantes no total certo? Vamos fazer cinco grupos de três e põr um orientador de parte para dar apoio.

Cada grupo de três vai "roleplayar" a situação de um doente que tem um determinado problema e vai ter uma consulta com cada um dos médicos. Em princípio, talvez seja melhor começar por os orientadores fazerem de doentes - puxando pelos médicos para entrar no jogo - mas depois podem trocar.

O que achas?

Uma chachada?! Pelo contrário, até parece bem interessante.

O RPG tem um grande potencial como ferramenta pedagógica. Dá uma vista de olhos no site da LUDUS CULTURALIS, uma associação brasileira "que tem como principal objetivo promover qualidade de educação e inclusão social por meio de estratégias lúdicas", nomeadamente o RPG. No separador do meio, à esquerda, com o nome "EDUCAÇÂO", estão um conjunto de ligações que referem alguns conceitos aprofundados sobre a investigação já feita pelos pedagogos brasileiros nesse campo. Caso para dizer que são dos países onde este campo está mais avançado, além dos nórdicos! Espero que te dê umas luzes e alguma sustentação teórica.

De resto, e quanto ao design, existem aqui alguns "carolas" que insistem em querer fazer jogos de RPG, onde eu, obstinadamente me incluo. Podes encontrá-los no grupo de Designers de RPG, aqui no Abreojogo.

Acho que um jogo com um tema tão restrito é fazível e bem simples de jogar. Contudo precisas de especificar sobre o que é o jogo, o que os jogadores fazem no jogo, o que os personagens fazem na história, e igualmente importante, porque é que jogar o jogo pode ser uma experiência lúdica e pedagógica?

"Se alguma vez sou coerente, é apenas como incoerência saída da incoerência." Fernando Pessoa

Como tinha dito, nunca joguei um RPG pelo que, ando um pouco à nora, especialmente de como incluir a "matéria"...

Daquilo que percebi do RPG, e na sua parte mais simples, baseia-se nuam "saga" num mundo fantasioso, criado para esse propósito e com especificações de ambientação, etc (personagens e as suas caracteristicas benéficas, etc).

Ou seja, do que percebi, e aplicando ao que pretendo fazer, seria como que basear essa saga nas Medicinas.

 

O tema é em si é simples: confrontar a Medicina Convencional (aquela do médico) com as Medicinas Alternativas (Acupunctura, Reiki, Yoga, Macrobiotica, etc).

A minha ideia com o RPG seria pegar nas pesquisas que temos, nas informações que temos de antemão, e contrapor a Medicina Convencional com uma ou várias Medicinas Alternativas...

Ultimamente pensamos basear o RPG num tema muito específico, neste caso seria uma doença, como a obsidade... Aqui, o objectivo seria achar formas de tratar a situação de ambos os lados mas torna-se muito mais complicado (do meu ponto de vista) de se desenvolver um RPG.

A duração máxima é de 90 minuto.

Agora respondendo à pergunta de jrmariano: "porque é que jogar o jogo pode ser uma experiência lúdica e pedagógica?"

Bem, se conseguir-mos mostrar à turma o quanto pode ser divertido uma sessão de RPG... Penso que assim seria praticamente plausível justificar-me perante a pergunta e dizer que sim! é uma experiência lúdica e pedagógica e isso feito de uma forma mais divertida, confortavel e informal (ao invés de apresentações de acetatos, powerpoint ou palestras...)

Conclusão, pensei num RPG de contornos muito simples, fácil de "administrar" numa turma de pessoas que desconhecem termo "RPG" e que não sabem nada do funcionamento do mesmo.

 

Não sei se é possível, mas acho que uma boa ajuda seria saber como poder iniciar a estruturação de um RPG, como que um guia que os mestres usariam... Algo que tivesse incluidas as "situações-problema", as resoluções mais prováveis, como inclui-las facilmente independentemente do roteiro tomado pelas decisões dos jogadores... Algo fléxivel às mudanças...

Acho que não é complicado, mas para mim, cujos conhecimentos do RPG são meramente teóricos (e reduzidos), torna-se uma saga... :P

Qual o conteúdo que vai ser transmitido?

Eu acho que uma das possibilidades interessantes do RPG é permitir viver a experiência, aprender conceitos de maneira "empírica", mas usando somente a imaginação.

Dependendo do embasamento teórico do mestre de jogo seria possível criar experiências de laboratório, consultas a médicos, viver e conviver com a doença.

Mas vai depender muito do que vocês querem transmitir, esqueça a parte do RPG, para isso dá para contar com a ajuda das pessoas que entendem dessa parte. Depois do RPG, o que as pessoas que jogaram precisam ter aprendido com a experiência? Qual é o objetivo a ser alcançado?

Sabendo disso, fica mais fácil saber se o RPG pode ajudar, ou não.

Bem, é só para dizer que a ideia ficou de molho o tempo suficiente para já não ser possível realiza-la...

Claro que com tempo, pode-se sempre concretiza-la para uma tarde de amigos, mas parece-me cada vez mais uma matéria de difícil inclusão...

 

Obrigado a todos na mesma ;)

Rui Valente