ALIEN: Fate of the Nostromo - Análise

No espaço, ninguém te consegue ouvir jogar… :alien:

Breve descrição:

A Kosmos tem vindo, ao longo dos últimos anos, a lançar alguns jogos sólidos, com um delicado equilíbrio entre desafio e jogo familiar, abraçando o tema da cultura pop, tentando cativar um público familiar abrangente (avós, pais e filhos). Exemplo disso é o Horrified.
O que se deve fazer quando temos uma boa solução?
Mantemos o caminho melhorando e adaptando a novas franquias, tentando captar mais e melhor.
Assim, neste jogo, com muitos elementos comuns ao próprio Horrified, revivemos o 3º ato do filme original, Alien, tentando sobreviver por todos os custos a uma forma de vida alienígena, cuja biologia, comportamentos e motivações desconhecemos por completo. Apenas sabemos que nos quer para almoço…ou talvez um lanche ajantarado.
Tentaremos melhorar a nossa sorte construindo alguns equipamentos mas, como em todos os bons filmes de horror quase cósmico, nada nos podia preparar para o que estava por vir.

Número de jogadores e escalamento:

Neste jogo, para de 1 a 5 jogadores, ao contrário do que acontece a inúmeros outros, quantos mais jogadores, mais desafiante se torna. O tempo parece que se dilui pelos vários jogadores, o marcador de moral galopa a toda a velocidade até ao fim, e o jogo acaba.

É um excelente jogo solo e até 3 jogadores é um jogo regular. Descobrimos que com 5 é extremamente difícil, mas, ao mesmo tempo, também o foi para a tripulação original da Nostromo.

Duração:

A duração das nossa sessões rondou os 60 minutos leves, sendo que consideramos um bom jogo para intervalar algo mais pesado.

Componentes


Aqui temos a miniaturas mais procuradas da galáxia, a tripulação da Nostromo, o Alien (algo inclinado (plástico/moldagem?) e o oficial de ciência, Ash, com um stand in de cartão?! Deve ter acabado o orçamento por aqui e havia que manter o valor do jogo no nível dos jogos familiares, talvez.

O tabuleiro está dentro da imagética do filme, bem como todos os itens.

E o que dizer quando se abre a caixa pela primeira vez?

Delicioso, tal com no Horrified. (Não vou comentar mais para não estragar a surpresa.)

Integração temática:

Este jogo é o filme Alien (3º ato) numa caixa. Consegue capturar, de forma mais simples e acessível, o desafio e ansiedade emergente de fuga da situação e de desolação e falta de esperança quando percebemos que já estará tudo perdido.

Rejogabilidade:

Tendo vários objetivos que são baralhados e dispostos aleatoriamente, com vários caminhos para a resolução do problema, este torna-se, na sua essência, um problema de matemática.

Quantas ações até completar este? E se for por outro lado e levar aquele item?

Permite uma boa rejogabilidade mas não contem jogar muitas vezes de seguida. A sua simplicidade joga contra ele neste aspecto. Este é um jogo leve, quase familiar, bom para momentos especiais.

Este jogo é para mim?

Se o teu grupo é fã de ficção científica, horror, e, em especial, de tudo Alien, este jogo é para ti. Vão reviver momentos do filme e tentar perceber como tudo poderia ter sido diferente com as diversas personagens. Tem alguns bons momentos de calculismo e programação de jogadas. Cuidado com o alfa player!

Se o tema não te atrai muito, podes sempre tentar o Horrified (continua no campo do horror, menos ficção científica)…

Custo/Benefício:

Como já aqui disse, este jogo encontra-se a valores acessíveis, proporcionando boas horas de diversão.

Pontuação:

Mais informações:

ALIEN: Fate of the Nostromo (BGG)

2 Curtiram

Olá.
Gosto de ler as tuas análises, mesmo que algum versem sobre jogos que não me cativam. As categorias estão bem distribuídas e acho o gráfico/tabela final bem interessante, apesar de ter que puxar dos óculos :smiley:
Apenas dois achegas. Acho que faltam imagens para haver algum colorido a intercalar o texto e para ilustrar melhor o que estamos a ler. Falta também um link para o BGG para facilitar o salto para quem quiser saber mais sobre o jogo.
De resto, continua que terás aqui um leitor atento!!

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@lbaixinho Obrigado pela resposta.

Destes sugestões interessantes que vou incorporar nas minhas análises já feitas e futuras.

Este mundo dos jogos de facto está de tal modo alargado que é fácil existir inúmeros jogos que não nos cativem, com a “agravante” de que, muitas vezes, o grupo faz o jogo.
Mal comparado, é como gostar de cinema. Gostamos de alguns estilos, alguns toleramos, outros nem os podemos ver, no entanto, podemos continuar a definir-nos como apreciadores de cinema.

No meu caso concreto, grande parte da minha experiência é vivida cá em casa, com a família: esposa, filho ensino básico e filha adolescente. Esta última está numa fase expansiva, a querer experimentar jogos cada vez mais complexos. Temos é sempre que balancear o tempo, cada vez mais reduzido e as finanças, cada vez mais apertadas.

Sinto que tem sido um evoluir por este mundo, atravessando vários estilos e tipologias de jogos mas, os “familiares” têm estado sempre no centro.

Obrigado pelas palavras…

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Em relação ao gráfico final de Pontuação eu, no computador, consigo ver uma versão maior clicando nele.

Não sei como será noutros computadores/tablet/telemóvel… :man_shrugging:
Vou tentar colocar a cor no score na tabela a ver se ajuda a legibilidade…

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Também leio no computador e por grande nabice, nunca tinha clicado na imagem…
A tipologia familiar é semelhante à minha, no entanto a minha filha deixou completamente os jogos de tabuleiro :frowning: … Por isso as minhas jogatanas limitam-se ao solo, família reduzida à minha companheira e filho no 1º ciclo e alguns encontros ocasionais em Viana ou Vila do Conde.
Eu gosto é de ler e assim conhecer jogos que, por vezes, chego à conclusão que não me cativam. Claro que pode ser uma conclusão errada já, como dizes, muitas vezes o grupo é determinante. No entanto, há tantos jogos que é inevitável que deixeimos passar ao lado coisas interessantes.

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Sem dúvida.

É bom saber que não sou o único a sentir estas “dificuldades” que, ao mesmo tempo não o são e são apenas etapas da vida.

Não tenho é nenhum grupo regular aqui perto ao qual me possa juntar.
Já tentei, por várias ocasiões criar essa dinâmica mas é difícil.
Tenho um grupo de amigos aos quais apresentei o Catan há algumas semanas. Ficaram maravilhados.
Depois apresentei o Sagrada e ainda gostaram mais, mas daí a se tornarem regulares em sessões de jogos ainda vai um longo caminho e não me parece que estejam para aí virados.

Vou tentar ir a umas convenções a ver se mato o bixinho.

A de Lx era impecável, ainda por cima mais perto de casa, mas agora não se tem realizado.
A LeiriaCon está já marcada!

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