Armando Bufo

ARMANDO “BUFO”, Male Law Enforcement, Tough Hero 2:

Definitivamente, a polícia não era para si. Não se sentia bem debaixo daquela imensidão de regulamentos e regras que protegiam mais os criminosos do que outra coisa.

Quando deixou de ser polícia, Armando andou por aí em devaneio, sem saber muito bem qual o seu papel. Mas agora, a partir da sua sala de visionamento, ele tinha a certeza de que é um dos poucos destinados a ser segurança. Zelar pelos outros; pelos bens dos outros. Ser a primeira barreira contra os malfeitores.

E, para Armando, o próximo malfeitor podia ser qualquer pessoa. Por isso, mantinha-se sempre alerta ao longo de toda a noite.

Os colegas, desde aquela exposição sobre aves nocturnas, começaram a tratá-lo por “Bufo”. Mas não estavam a referir-se àquela vez, enquanto Armando ainda estava na força, que não fechou os olhos à corrupção dos seus colegas — nada disso! Referiam-se ao facto de fazer a ronda sempre com os olhos mais que abertos — atento a todo e qualquer movimento estranho — e, de aqueles remoinhos no cabelo lhes fazerem lembrar do cartaz da exposição.

Às 6h da manhã, quando despegava ao serviço, entretinha-se a observar os transeuntes no caminho a casa. O barman do bar da esquina, o padeiro da ruela lá do fundo e, às sextas-feiras, aquela freira apressada a entrar na capela ao lado do seu trabalho — outras aves nocturnas, tal como ele.