Engraçado como um universo tão negro como o do Call of Cthulhu consegue gerar mais cenas para o gozo que praticamente qualquer outro rpg.
Faz-me lembrar de um cenário de Cthulhu que joguei - baseado muito muito livremente no conto “The Colour Out of Space” do Lovecraft - que foi adaptado para Portugal anos 90, em que uma radiação estranha transformava toda a gente em zombies. A certa altura estando os investigadores barricados numa vivenda em Cascais, são surpreendidos por um ataque vicioso de tias-zombie que não paravam de exclamar: “Rico, junte-se a nós, sei lá!”
Obviamente toda a gente perdeu 1d6 de sanidade imedidatamente!
És do Estoril? Então estás aqui mesmo ao lado, tens de vir rolar uns dados com a malta a Oeiras um dia destes.
Sabes que é por isso que gosto tanto do Lovecraft? Porque é difícil como o #$&%#&$ escrever como ele escrevia e causar algo mais que riso, quanto mais terror a um nível tão vasto. Paródias Lovecraftianas são incrivelmente fáceis de fazer, é só escreveres um história e empilhares adjectivos uns em cima dos outros e usar certas palavras-chave. Fácil!
Agora escrever uma história de terror cósmico como ele… vai lá, vai!
Anyway, eu mestrei há muitos anos uma aventura com a Color Out Of Space… é a que vem no Cthulhu Now, a que começa com um crash do vaivém. É porreirita! Lembro-me que comprei uns daqueles lightsticks pequenos numa loja de campismo, para os meus jogadores pendurarem ao pescoço para puderem ver as caras uns dos outros no escuro, e já agora conseguirem ler as folhas de personagem, mas aquilo não dava quase luz nenhuma. Tenho de experimentar outra vez, eheh.
Curiosamente comecei a jogar RPG em Oeiras e Carcavelos (já lá vão tantos anos que me sinto velho…) numa idade em que o maior problema era encontrar sítio para jogar, hoje em dia o maior problema é mesmo encontrar tempo para jogar
Mas olha que curiosamente as histórias menos “cósmicas” do Lovecraft eram e são as minhas preferidas. “The Rats in The Walls” e “Pickman’s Model” são das coisas mais assustadoras que já li, e a causa de muitos calafrios quando as li à noite no meu quarto.
Confesso que não sou grande adepto dos acessórios em sessões, geralmente atrapalham mais do que ajudam (o teu exemplo é perfeito), exceptuando claro as miniaturas, uma grande ajuda quando se entra em combate, embora em Cthulhu entrar em combate é sinal que a coisa deu para o torto
É estranho mas por muitos rpg’s que eu joguei, incluindo o meu favorito - Shadowrun - não há nada como em CoC teres os dados na mão, e saberes que o destino do mundo depende do roll que vais fazer… e mesmo que tenhas sido bem sucedido, provavelmente mais morrer ou passar o resto dos teus dias numa cela almofadada do Júlio de Matos…
Alguns freelancers de ShadowRun estão neste fórum, incluíndo eu. Se tiveres comentários sobre a nova edição, livros recentes (comecei a escrever no Shadows of Europe), etc, sou todo ouvidos!
Já li mesmo as regras do Babewatch. Que vontade de rir! Dá-me a mesma vontade de rir quando vejo a série (e penso “ridículo!”). Tem a sua piada e é estupidamente simples em termos de regras.
Anuncio aqui oficialmente que estou disposta a mestrar uma one-shot de Babewatch Talvez um dia em que seja preciso enchar um intervalo de Amber, ou isso
A Mestrar: Amber Diceless
A Jogar: Vampire: the Masquerade (PBEM e Tabletop)