Isto vem de uma conversa que tive com o Dwarin, de várias conversas que tenho vindo a ter com o Mariano, e de várias threads lidas na rpg.net, o repositório de todo o conhecimento.
Aplica-se à realidade do AoJ: os nossos camaradas boardgamers têm regularmente 4ªs feiras em que se encontram e jogam o que houver mais à mão, e os encontros do AoJ pura e simplesmente acabaram, tendo as várias demos propostas corrido menos que bem (contra mim falo, que nunca fui a nenhuma, e socorro-me da experiência de Mestre Mariano neste ponto com a sua demo de Scion, pois parece que a demo de SotC correu bem).
É uma realidade: os boardgames são mais fáceis de pegar e jogar.
Gostava de perceber porque é isto.
São os rpg’s vistos como mais dificeis? Decerto será desencorajador, quando comparado com qualquer manual de regras de qualquer boardgame (bom, nem todos), que tem entre 2 a 10 páginas, o D&D que tem 3 manuais de base, cada um com 300.
São os rpg’s vistos como mais exigentes? Um boardgame joga-se e está jogado; pode repetir-se aquele jogo, com outros amigos ou os mesmos, para uma experiência diferente, mas um rpg exige que os diferentes intervenientes estejam activamente lá, sessão após sessão.
Será alguma outra razão? As pessoas não jogam porque rpg leva ao crime e à adoração de Satanás? As pessoas não jogam porque preferem ficar a ver a relva a crescer?
Porque é que há tanta resistência em jogar rpg?
De todos os jogos que conheço, apenas um, o MicroCosm do Levi Kornelson, permite aprender a jogar enquanto se lê; todos os outros exigem que se jogue com amigos que já tenham jogado, alguém que tenha lido as regras antes. Nenhum jogo que eu conheça ensina a jogar, enquanto se joga, ao contrário, por ex, do WoW e dos jogos de computador - os meios são diferentes, mas eu acho que é porque ainda não se encontrou a fórmula.
Que me dizem? Porque é que a malta dos boardgames se diverte tanto em tantos dias, e a malta dos rpg’s não?