Há uns meses falei no meu blogue (https://www.abreojogo.com/blog/jrmariano/2008/11/redes_sociais_de_roleplayers) acerca de “em como as redes sociais de jogadores de RPG afectam não só a experiência de jogar como também a disseminação e divulgação do hobby.”
Entretanto, de lá para cá, cheguei à conclusão de que usar a Internet na sua versão Web 2.0 para ajudar a reforçar a rede social seria demasiado complicado e precisaria de bastante organização de esforço construtivo o que incluiria alguma habilidade em marketing, design e programação.
Mas heis que dou conta do projecto Bom é Jogar RPG (https://bejrpg.ning.com/):
[quote=BEJRPG]A campanha Bom é jogar RPG é uma iniciativa para que pessoas possam fazer amigos, se divertir e estimular a criatividade através de um jogo fantástico. Unindo cultura, interação social e entretenimento numa só campanha para todo o Brasil.
Participe de nossa rede social e fique informado de tudo que acontecer na campanha, faça amigos, divulgue seu grupo ou clã, ache mestres e ache jogadores.
A campanha Bom é jogar RPG pretende estabelecer encontros em todo o país com mestres e jogadores voluntários, criando uma rede de amigos e pessoas dispostas a se divertir de maneira saudável e respeitosa. Serão estabelecidos também: debates, campanhas sociais em escolas e ONGs e outras formas dinâmicas (online ou não) para que o RPG possa cada dia mais ter novos jogadores e ser mais reconhecido como ferramenta interessante de interação social, cultural e de diversão.[/quote]
Esta rede social está sedeada no NING (https://www.ning.com/) um facilitador de criação de redes totalmente gratuito, e já alcança os quase 600 membros. Este tem um design elegante e simples, uma sala de chat on-line, fóruns, lista de grupos de interesse, patrocinadores (inclusive um documento de apresentação para a angariação destes: https://bejrpg.ning.com/page/patrocine-a-campanha-bejrpg), reportagens em directo da RPGCon, uma convenção nacional, e até deram entrevistas a um estação de tv local.
Isto acontece porque o Brasil tem uma grande população de jogadores o que lhe garante muita expressividade e presença em vários media, um mercado auto-suficiente com produtos profissionais e importância e massa crítica o suficiente no mundo do hobby para ter convenções com convidados internacionais provenientes de editoras estrangeiras.
Contudo a exposição e dimensão que o RPG tem atraíu a atenção
dos jornais e televisões que o associaram falsamente a crimes e foi catalogado como satanista por algumas igrejas. Daí o grande ímpeto desta iniciativa de harmonizar e juntar toda a comunidade de jogadores sobre a ideia de o RPG é um hobby interessante e tão pernicioso como outro qualquer.
Felizmente essa não é uma bandeira sob a qual temos de nos reunir aqui em Portugal. Por outro lado a ideia de divulgar um hobby pouco caro, estimulante da imaginação e capaz de criar uma socialização construtiva deveria ser o suficiente para juntarmos os diversos grupos dispersos por aí e formar uma nova sinergia.
Assim que for temos aqui um bom exemplo e uma mina de ideias a copiar. Que esses tempos venham depressa.