Olhas e percebes que eles tem umas pequenas feridas no corpo, da forma de moedas; as feridas vêm-se nas partes visiveis do corpos (mãos, cara), mas pequenas gotículas de sangue na roupa indica que o resto do corpo deve estar no mesmo estado).
A Matilde diz-te:
-És capaz de fazer isso? Toma uma garrafa, mas sê rápido, não sabemos o que fez isto.
Não estou com muita vontade de ajudá-los, mas ainda não satisfiz a curiosidade acerca do que se terá passado. Tento comunicar com alguém das salas para tentar saber alguma coisa.
e consegues reconstituir vagamente o que se passou: faltou a luz, algum do pessoal saiu das salas, de repente veio uma escuridão que se mexia e quem não fugiu a tempo novamente para as salas, berrou que se fartou (e tu sabes que esses devem ser os que estão estendidos no chão com as tais feridas). Agora o que isto significa, é que não sabes (o pessoal recusa-se aliás a sair das salas, estão à espera que a luz volte, a menos que os tentes convencer).
Respondo-lhes que vim da biblioteca e não detectei qualquer perigo desde lá até às salas; afianço-lhes que não há que temer e que vou até à biblioteca reanimar um miúdo que desmaiou. Não faço questão que me acompanhem, mas se quiserem acompanhar-me, que o façam agora.
Vou à frente deles tentando fazer transparecer que estou seguro de mim próprio. Apesar de ser um ano mais velho do que eles, é-me incómodo o facto de estar atrás deles a nível escolar, pelo que tento afirmar-me acendendo mais um cigarro enquanto nos dirigimos para a biblioteca.
Dou a água à dona da garrafa, enquanto vou dando informação sobre o que se passa.
- Há cadáveres por todo o lado. A stôra Margarida também já está morta. O que se passa ao certo, ainda não consegui saber...
Saco da naifa e, esgrimindo-a duas ou três vezes, concluo:
- Vou tentar sair escola. Qualquer Bin Laden em que eu ponha a vista em cima não vai ter vida fácil. Se me querem seguir, reanimem o puto e ponham-se a andar. Quanto a ti, Tânia... - olho para ela com um sorriso maroto - temos um trabalho que eu gostava de acabar, quando bazarmos daqui pra fora... a biblioteca é um bom sítio, mas num quarto também não estaremos mal.