Olá.
A discussão dos jogos tracionais vs outros (“saltar a cerca”) pôs-me a pensar nisto: porque é que a teoria da Forge que tem ajudado tanta gente que posta aqui, a mim não me tem servido de muito? Eu li, discuti e percebi muita coisa. Experimentei jogos e gostei de algumas coisas, mas geralmente são técnicas que facilitam a vida ao GM preguiçoso e aos jogadores independentes. As técnicas para “maximizar o divertimento” têm, para mim, sido todas BLAH…
Pus-me a pensar e acho que tem a ver com a minha agenda criativa e da malta com quem normalmente jogo. Eu aturo o SIMulacionismo mas falta-me paciência. O NARRativismo diz-me pouco, não me envolvo o suficiente para ligar aos stakes. Case in point: já joguei jogos NARR mto satisfatórios (em Vampire quando era novo e tinha tempo de me envolver, mas já joguei campanhas NARR (Amber e PTA vêm-me à cabeça) em que toda a gente se envolveu a fundo menos eu.
Agora, o GAM-Joguismo… Isso anima-me Ainda ontem o Ricmadeira me disse que, se o GM me der um bang nesta campanha que estamos a jogar (com o Nietzsche) eu vou tentar dar-lhe a volta em vez de enfrentar a escolha. Parece-me (e já li isto uma vez) que num jogo NARR a malta gosta de enfrentar escolhas dificeis nos jogos, do tipo “lose-lose”; num jogo GAM a malta odeia estas escolhas e esforça-se em descobrir a situação em que há um “win”
Ora, depois de vasculhar a Forge e ler os jogos que são editados durante alguns anos, parece-me que o site em si e a maioria dos posters/criadores têm um bias NARR. Não tenho nada contra! Mas acho que a maior parte das técnicas e jogos “Forgitas” são desenhados para incentivar e/ou explorar várias facetas do NARRativismo. Exemplos que eu conheça: PTA, TSoY, HQ (não é Forgita mas quase), Sorcerer.
E exemplos GAM? Há o artigo do “step on up”. Alguma informação gira sobre como jogar D&D, mas eu não gosto particularmente de GAM “crunchy” com ênfase no sistema e poderes. Um único jogo, o Great Ork Gods, desenhado para ser jogado no gozo e algo alcoolizado (joguei e é mto giro mas dá pra umas poucas sessões antes de fartar). O “Project Senate” do JMendes também me parece promissor. Mas é muito pobre comparado com a produção NARR e até SIM…
(Mesmo fora da Forge, o único desenho GAM não-tradicional que encontrei é o Capitán Alatriste e só na parte das recompensas)
Ora, eu não tenho seguido a teoria desde que a Forge fechou os fóruns e houve a diáspora. Mas vocês têm
Por isso, as minhas perguntas:
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Há jogos não-tradicionais GAM por aí? Forgitas ou não, tanto faz.
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Há aí alguém a fazer teoria GAM? Interessam-me técnicas, modos, etc.
Espero que acedam ao meu apelo. You’re my only hope
JP