Categorias de jogos na colecção

No seguimento do meu ultimo post no Bode Gueims ( https://bodegueims.blogspot.com/ ) preciso da vossa ajuda para estabelecer as categorias que vão orientar a selecção de jogos para a minha “ludoteca”, que neste momento corre o risco de se tornar uma “Colecção”.

E qual é o problema, dizeis vós espantados? O problema sou eu e a minha mania de querer ser apenas um gamer e não um coleccionador, até porque nunca fui muito dado a coleccionar coisas.

Neste momento tenho uma colecção com cerca de 70 jogos, mas que pretendo reduzir drásticamente, inicialmente para um numero a rondar os 50, e, mais tarde, para cerca de metade (24-26).

Como principios orientadores deste “downsizing” escolhi os seguintes: a) Todos os jogos da ludoteca/colecção terão de ser jogados, e com grande potencial de REjogabilidade; b) Todos os jogos da colecção deverão ser entusiasmantes; Jogando em primeiro lugar a 2, será este u numero base de jogadores que todos os jogos devem ter; c) Todos os jogos deverão ter um tema, ideia ou mecânica originais.

Aceito, no máximo, 1 excepção por jogo a estas 3 regras, desde que os jogos em questão sejam verdadeiramente excepcionais, e quero que o numero final inclua tres “slots” vazios para as novidades de cada ano.

Por fim falta-me decidir que categorias essenciais devem estar representadas na ludoteca/colecção, e para este efeito peço a vossa colaboração. Gostaria que contribuissem com exemplos de jogos e as razões pelas quais acham que os jogos X, Y e Z devem fazer parte da colecção, ou não.

Dou aqui o pontapé de saída, invocando as 5 principais categorias (baseando-me nas pesquisas estatísticas do Matthew Gray no BGGeek):

1 - Core Euro Games (jogos tipo Puerto Rico, Caylus e Power Grid)
2 - Family Euro Games (jogos tipo Carcassone, Settlers Catan e Ticket to Ride)
3 - Complex Euro Games (jogos tipo Tigris & Euphrates, Die Macher e Age of Steam)
4 - Amerigames (jogos tipo Memoir’44, Twilight Struggle e War of The Ring)
5 - Wargames (jogos tipo ASL, Hannibal: Rome versus Carthage, Paths of Glory)

A partir daqui procuro mais detalhe nas categorias, de modo a poder ter um leque de jogos que me permita ter pelo menos 1 jogo fabuloso para cada ocasião e para diferentes grupos de jogadores.

Podem aceder à minha colecção e à minha wishlist através do meu perfil, quer aqui no Abre O Jogo ou no BGGeek.

Eu cá simplesmente classifico os meus boardgames como Light, Middleweight e Heavy boardgames tipo-Alemão ou tipo-Americano ou então Wargames.

“You can not escape me!” he roared. “Lead me into a trap and I’ll pile the heads of your kinsmen at your feet! Hide from me and I’ll tear apart the mountains to find you! I’ll follow you to hell!”

Pois… por acaso por cá estamos com problemas temporários com as comunicações, tanto com os feeds do agregador de notícias como com o BGG, mas pronto… já chateiei o serviço de alojamento, e espero que me resolvam isso num instante. Vamos ver.

Pergunto-me se não estarás a abordar isto da maneira errada. Dizes que queres ser um jogador e não um coleccionador, mas depois o teu downsizing NÃO VAI ser baseado nos jogos que mais jogas, nem nos que mais gostas de jogar, nem nos que mais te apetecem jogar, nem nos que achas mais fixes para viciar novos parceiros, nem nos que os teus parceiros habituais não têm, nem nos que se podem jogar quando tens 15 min livres ou quando tens 6h livres e queres um jogão de “longo-prazo”, etc.

Em vez disso, queres ter os melhores dos melhores, os mais originais dos orginais, e representando todas as categorias e com espaço para as novidades estrondosas do ano… parece-me que isso é que é de coleccionador, LOL, um coleccionador com orgulho em ter apenas o créme de la créme de la créme e nada de palha. :slight_smile:

O meu conselho é que não te deves sentir culpado/envergonhado pelo tamanho da tua colecção (seja ele grande ou pequeno). DEVES é sentir-te culpado e envergonhado por comprares jogos sem os experimentares primeiro ou então por fazeres uma compra nova sem teres jogado várias vezes, se possível até à exaustão, a última compra. Parece-me que o grande problema desta malta quase toda é que não joga o mesmo jogo mais do que umas vezes antes de passar ao próximo, e com isso perde… e muito, na minha opinião. O Xadrez é um jogo simples, mas nem 100 anos de jogo constante chegariam para o dominar ou explorar completamente, eh!

Quanto a reduzir da colecção… se um jogo não te entusiasma mais, se não o jogas mais, se não serve para nada (em certas ocasiões dá jeito ter aqueles jogos mais curtos, ou mais simples/directos, ou mais “viciáveis para novatos”), então vende-o. Mas só se tiveres mesmo a certeza. Vais ver que daqui a um ano, dois anos, três anos, dá-te a nostalgia e vais reaquirir alguns daqueles jogos “imperfeitos” porque te trazem boas memórias, sentes saudadezinha deles (como um bom Português), ou porque te sentes mais assim ou mais assado a jogá-los do que aos grandes jogões do TOP de Excelência.

Repara que colecções grandes têm as suas vantagens. Podes emprestá-los, organizar um evento praticamente sozinho com várias mesas a correr simultaneamente aqueles jogos que o pessoal já sabe jogar. Podes, assim, usá-la para repagar ao hobby alguma da diversão que ele te tem dado, e ajudá-lo a reunir mais gente.

Ricardo,

Tenho a certeza de que NÃO há uma maneira certa de fazer as coisas. Há aquela com que nos sentimos mais à vontade.

Quanto ao downsizing ele vai de certeza basear-se nos pressupostos que enunciei, que se resumem em jogar, ter prazer em jogar, adquirir o máximo conhecimento possivel sobre jogos.

Quando refiro que quero ter os melhores, os mais originais, etc, implico um processo de selecção que só eu posso levar a cabo, ao fim, de como dizes (e eu concordo em absoluto) alguma experimentação.

Não me sinto, de modo algum, envergonhado, nem dos jogos que possuo nem do facto de os ter comprado sem experimentar. Sinto apenas que desejava ter mais tempo para os jogar a todos e não tenho. Sinto raiva de ter um Die Macher, um El Grande e um Game of Thrones a olharem para mim do cimo da estante e duvidar que vá poder jogar nos próximos meses. Percebes a diferença?

Coleccionar é muito fixe, toda a excitação de abrir uma encomenda acabadinha de chegar da Alemanha, o box-fart etc. Mas no fundo, e isto é PARA MIM (cada pessoa é diferente e aceito na boa perspectivas opostas), eu tenho que me sentir confortável com os jogos que tenho, o que neste momento não acontece.

E não acontece porquê? Porque tenho demasiados jogos que AINDA NÃO pude experimentar. E se estamos assim aos 70, se eu não fizer nada agora, daqui a pouco será aos 100, 300, etc.

O que me interessa, Ricardo, é, nos poucos momentos que tenho para dedicar aos jogos de tabuleiro, não perder demasiado tempo a pensar o que hei de jogar. Se conseguir encurtar a minha colecção como pretendo, para além de ficar apenas com os bons jogos que me dão prazer jogar, ganho um sentido crítico mais apurado para discernir onde há verdadeira qualidade, e quais os jogos que verdadeiramente me interessam.

Aprecio os teus argumentos na defesa das colecções, mas o facto é que tendo muitos ou poucos jogos, se tiver os jogos certos (para mim) vou continuar a poder cativar novos jogadores, emprestando ou organizando eventos, ou mesmo continuar a escrever sobre este hobby no blog e nestes fórums.

Estou certo que se reduzir o numero de jogos na minha colecção, desde já, vou criar uma certa imunidade a essa nostalgia que referes. Até porque a maioria poderei sempre jogar no(s) clube(s) e convenções, e tendo comigo o que realmente aprecio e dou valor, o resto passa a ser secundário.

Como digo, isto é uma experiência. Uma curva de aprendizagem. Se vender 20 jogos e depois me arrepender, serão apenas 20. Se fossem uns 200 ou 300 seria mais preocupante.

Eu já comprei cerca de 80 jogos e já vendi 10, metade dos quais não cheguei a jogar. Arrependo-me, nesses 10, de ter vendido 3 deles, pela simples razão de que na altura em que os vendi a minha mulher não ligava aos jogos. Neste momento já liga mais um bocadinho, e esses 3 que vendi são jogos que aparentemente resultam bem com 2 jogadores.

Entretanto, os tais bugs já foram resolvidos e estamos de volta a 100%.

Eheh, okay.

Mas não era mais simples tomares uma New Year’s Resolution de estrear todos os jogos na tua colecção que ainda não jogaste (acabavas logo tb com o teu problema de decidir o que jogar)? É isso que o pessoal costuma fazer, LOL, nunca nada tão drástico como reduzir uma colecção para 25 jogos, eheh. Deixa alguns para a tua prole, caramba! :wink:

Ainda por cima se não tens gente para jogar um El Grande (mas que raio de clubes são esses aí em Inglaterra? volta mas é cá para a civilização que esses gajos não pescam nada disto, eheh), não vais ter gente para jogar 3001 jogos interessantes, ergo não vale a pena estares a perguntar, por exemplo, qual dos jogos tipo “El Grande” devias ter na tua colecção porque o Twilight Struggle, por exemplo, é um Area-Control, sim, mas não é por isso que tem algo a ver com El Grande; nenhum jogo com menos de X marmanjos a deitar pecinhas às escondidas para dentro de uma torre nunca vai ter algo a ver com o El Grande, eheh.

Achei que não fazia grande sentido falares em guardar apenas os jogos que mais te interessam como jogador e depois estares a pedir a terceiros recomendações em categorias que provavelmente não são as tuas favoritas ou que nem sequer sabes muito bem se gostas (wargames?) ou que se calhar não tens parceiros com quem jogar; isso é mais de coleccionador, LOL. Aliás, essas categorias surgiram como categorias de jogadores, não de jogos, o que vem tornar ainda mais louco o facto de quereres ter uma selecção de todas, eheh. Segue o teu coração, e não ligues a mínimos representativos; se te incomoda ver determinado jogo a ocupar espaço na prateleira, vende-o e pronto, não importa se é o mais conceituado da categoria ou não, eheh.

Boa sorte, a propósito! Vai-nos dando notícias… e se precisares da ajuda aqui dos Boardgamers Anónimos para reduzir as tuas compras e a tua colecção, podemos sempre fingir que somos gajos com juízo e tentar dar-te uma forcinha. :wink:

Ricardo, acredites ou não essa foi exactamente a minha NYR. Quanto ao numero 25 é apenas uma referência, um marco, um objectivo daqueles que mais do que atingir, serve para orientar a acção, compreendes?

Quanto ao El Grande a questão que se põe é que quando vou ao clube, acabo sempre por jogar outras coisas, mais ou menos pesadas, conforme os adversários e tempo disponível. O que vou fazer é, de tempos a tempos, combinar uma jogatana na minha casa com algum pessoa, e aí já poderei combinar os jogos de antemão…

Tal como o numero 25, as categorias são referências. Se eu conheço pouco de wargames, tenho de me virar para quem conhece e pedir recomendações. Depois, jogo uns quantos e se gostar compro os que gostar mais.

Tal como as categorias, os numeros mínimos e máximos são indicadores. Claro que se não gostar de um jogo vou acabar por me desfazer dele.

Resta dizer-me que a ajuda que os BA dão supera sempre as minhas expectativas mais optimistas!

Para quem quiser acompanhar esta discussão no BGG:

https://www.boardgamegeek.com/thread/150385