China - um passeio de Michael Schacht

ChinaCHINA (2005 - Michael Schacht)
Desenhado pelo experiente Michael Schacht, este CHINA é uma evolução de um outro jogo do mesmo designer chamado WEB OF POWER. Para além destes, nos últimos anos Schacht desenhou alguns jogos interessantes, dos quais se destacam COLORETTO, HANSA, MAGNA GRECIA, INDUSTRIA e DSCHUNKE.
AMBIENTE
Na sua essência CHINA é um Area Control Game, onde os jogadores encarnam o papel de líderes de famílias poderosas, que procuram espalhar a sua influência por forma a conseguir chegar ao trono de uma nação imperialista e decadente. Estando o tema sempre bem presente em todo o jogo, a sua produção (Abacus e Uberplay) é bastante humilde. O tabuleiro apresenta duas configurações de cada um dos seus lados, e as peças de madeira de razoável qualidade são evocativas da China medieval. As cartas são o patinho feio da família - feias e de qualidade sofrível.
Mas afinal de que se trata CHINA. Como já referi é um Area Control Game com Hand Management e Card Drafting. O jogo tem uma duração curta, jogar-se-á sempre entre os 45 e os 60 minutos e nunca há grandes pausas no jogo. Mesmo jogando com o máximo de jogadores, 5 nunca ninguém vai ter de esperar muito para que a sua vez de jogar outra vez volte. Factor que torna o jogo ainda mais interessante, quer a gamers quer a non-gamers.
ESTRUTURA
O tabuleiro do jogo mostra uma China dividida por 9 regiões distribuídas por 5 cores. Ou seja, existem 4 grupos de 2 regiões que partilham uma mesma cor de fundo (verde, amarelo, vermelho e laranja) e um nono distrito que é o único com a cor lilás. Em cada uma destas regiões existem pequenas cidades onde os jogadores podem pôr casas (uma por cada cidade) e em cada região podem ser colocados emissários num máximo equivalente ao maior total de casas de uma só cor dessa região. A cada jogador são dadas 3 cartas, que representam uma cor e logo um ou dois destinos possíveis para colocar peças. Em suma, na sua vez de jogar um jogador joga cartas, coloca peças no tabuleiro de acordo com estas e volta a buscar cartas para encher a mão de novo. Um jogador pode usar até 3 cartas para colocar até 2 peças em 1 só destino, é a regra 3-2-1.
Ao lado do tabuleiro são colocadas 4 cartas viradas para cima formando um display. Um jogador que no seu turno gaste 2 cartas das 3 que tem, quando acabar o seu turno vai buscar mais duas. E pode ir buscá-las ao display ou ao baralho. E assim se vão preenchendo as casas do tabuleiro. Sempre que uma região fica completa com todas as cidades ocupadas por uma casa, pontua-se essa região: o jogador com mais casas ganha um nº de pontos igual ao total das casas dessa região; o segundo jogador com mais casas fica com o nº de pontos igual ao nº de casas do 1º classificado, e assim sucessivamente. Quando já não houver peças para colocar ou quando o baralho der a 2ª volta, termina o jogo. Pontuam-se as regiões que faltam e pontuam-se os bónus.
NOTA FINAL
CHINA é um jogo rápido e fluido. Tem uma interacção muito grande entre jogadores e obriga-os a ponderar a medio prazo as suas opções, não sendo no entanto demasiado complexo nem ambíguo. Por tudo isto, CHINA é um jogo que agrada a todos, quer sejam jogadores experimentados ou novatos. Tem um encanto especial ligado, claro está, à sua temática oriental.
Pode ser adquirido por um valor que rondará os €26 e é sempre uma boa aquisição.
NOTA: 7
postado em https://oblogdocosta.blogspot.com

Sempre estive interessado no China, mas como tenho o web Of Power nunca me apeteceu muito comprar o China visto o China ser só um update do Web Of Power. Seja como for está na minha lista de boardgames a comprar.


Farewell, leave the shore to an ocean wide and untamed
Hold your shield high, let the wind bring your enemy your nightmare
By the bane of my blade, a mighty spell is made and
Far beyond the battle blood shall fall like a hard rain.

O jogo é entretido. Joga a favor dele o facto de não ser muito longo.

É um area control game mais light que outros (Liberte) mas tem também alguns princípios de jogo de comboios com a colocação acertada das casinhas para construir caminhos longos.

Gostei

Paulo

Viva,

Não consigo evitar um certo amargo de boca depois de um jogo deste autor. Conheço o China, o Dschunke e o Hansa e são todos jogos ligeiros.

Passo a explicar, a profundidade de cada jogada é muito limitada, não há estratégia de médio prazo (dois a tres turnos) nem muito menos uma estratégia de longo prazo. Tenta-se maximizar cada turno como se fosse o último.

É um estilo de jogo que premeia a sorte em vez de alguma estratégia.

Prefiro passar duas horas num jogo com mais profundidade.

Um abraço transmontano :)

Comprei o jogo por 12 EUR + portes na Loot.

É um jogo simples mas que considero interessante.

Por ser um jogo rápido acaba por ser uma boa opção para jogar quando não se tem muito tempo.