Coisas que os jogadores fizeram que os colegas e GMs lhes quiseram bater com uma mesa

[quote=ricmadeira][quote=LadyEntropy]Enquanto que o resto da party e da cidade ficou a ver navios E FORAM APANHADOS DE SURPRESA, porque a menina por algum motivo decidiu ir implorar misericórdia em vez de alertar os guardas, os outros vampiros, a populaça.[/quote]

Errado. Foram apanhados de surpresa porque nenhum das dezenas ou centenas de guardas que deviam estar de sentinela fizeram o seu trabalho como deve ser (ainda para mais quando as tropas de infiltração inimigas pararam o que estavam a fazer para curtirem um bocadinho), porque o responsável pela defesa da cidade não quis manter as muralhas iluminadas, e porque nenhum Vampiro com Auspex o usou para o que realmente interessava, LOL. ;)
[/quote]

Nenhum guarda viu o ataque pois era suposto os Pj salvarem a situação ao serem os únicos a dar o alerta; exceptuando a jogadora em questão, os restantes falharam miseravelmente os lançamentos de percepção (se todos tivessem falhado eu daria-lhes uma hipótese). Como ela conseguiu aperceber-se tanto eu como os jogadores ficámos descansados: ela daria o alerta. Depois fomos vendo espantados o que ela fez...


Normalmente são esses os momentos que mais se prezam nos meus jogos. E tendem a acontecer mais quanto está tudo em jogo, como é o caso. Alguém querer salvar a própria pele e trair tudo o resto… just your average everyday stuff. :slight_smile:

Honestamente a cena da violação em si passa-me um bocado lado, a não ser que tenham acordado não abordar esse tipo de cenas na vossa campanha não vejo interesse nesse acto especificamente e acho que o Rui também não estava a falar disso, por isso vou tentar esclarecer um bocado as coisas com umas perguntas:

1) Depois de ela dizer isso rolou alguma coisa para ver se funcionava o truque ou foste tu que decidiste que era isso que acontecia?

2) Se a resposta à 1) for "Sim" ela depois teve alguma oportunidade rolar para escapar (ou algo parecido)?

"the drunks of the Red-Piss Legion refuse to be vanquished"

[quote=Dwarin]Troll (tanto personagem como pessoa): Estou farto desta porcaria de sessão. VOU AVACALHAR![/quote]Alguém lhe perguntou porquê é que ele estava a achar a sessão uma porcaria?

"the drunks of the Red-Piss Legion refuse to be vanquished"

O que leva à pergunta e conseguiu?

"the drunks of the Red-Piss Legion refuse to be vanquished"

O que é que aconteceu depois? conseguiram aleijar alguém? escaparam com vida? morreram em nome dos seus ideais rodeados pelos corpos sangrentos e decepados dos seus inimigos?

"the drunks of the Red-Piss Legion refuse to be vanquished"

[quote=Rui]Na aldeia, acabei por matar o chefe goblin à cabeçada.[/quote]Parece-me o fim mais merecedor dessa acção hehe.

"the drunks of the Red-Piss Legion refuse to be vanquished"

Olha lá, agora é que não estou a perceber nada…

Qual truque? Não havia truque. Não havia explicação. Não havia nada…

A situação era a seguinte…

Cidade armada, poucos guardas, mas tinha um portão que se fechava em caso de emergência e ninguém entrava quando ele fechava. Grupo grande de soldados inimigos aproximam-se. PCs estão nas muralhas, GM manda fazer lançamentos de perception, todos falham menos a PC cigana, que… ao ser informada que soldados inimigos se aproximam, desce das muralhas sem dar cavaco a ninguém, sai da cidade, atravessa o rio aproxima-se dos inimigos, cai de joelhos, pede para não ser violada.

Isto a MUITOS metros da cidade, ou seja ninguem a ouve nem ninguem se apercebe do que se está a passar.

  1. E sobre escapar, sim, claro que teve, mas ela (vampira novinha com merda de poderes) estava contra tipo 5 gajos, treinados para combate (leia-se força 3 no minimo, contra a força 1 dela)

Depois de ler todos os teus posts nesta thread, quer-me parece que te está a passar um bocado ao lado a intenção do poster original e de todos os que colocaram aqui as suas situações. Não nos interessa reavaliar as causas do que aconteceu mas antes, de uma maneira divertida, relembrar situações que fizeram com que o GM escondesse a cabeça atrás do shield e pensasse: "Pôrra, o que é que deu na cabeça ao jogador A ou B para fazer aquilo?"Laughing

Quanto às intenções do jogador troll, sei lá eu. Levantou-se mal disposto? Estava chateado com alguma coisa off-session? Rebentou-se-lhe uma veia no cérebro? O que interesse é que nada justifica aquilo que ele fez. Ponto final. E depois da sessão, que nem tinha nada a ver com os problemas pessoais que o jogador tem, descamba num combate entre personagens por causa do mesmo, mais vale ir para a rua ver o sol e os passarinhos, não é?

"You think I'm old and feeble, do you? Well, face my Flying Windmill Kick, asshole!"

Digamos que consegui explicar que um bébé é uma coisa frágil e que os guardas que estavam a patrulhar as muralhas provavelmente iriam dar por isso. Decidimos ir pelas escadas então ...

[quote=Dwarin]Não nos interessa reavaliar as causas do que aconteceu[/quote]Certo, não era isso que estava a fazer hehe, só fiz umas perguntas mais detalhadas à situação do kabukiman porque me pareceu que ele e o Rui estavam a falar de coisas completamente disitintas e não se estavam a perceber.

De resto só quis saber como é que evoluiram algumas das situações, como a do Sgrovi, porque dizer "ai e tal decidimos atirar um bébé de uma prédio em chamas para um gajo cá em baixo o apanhar" e depois não desenvolver é de deixar um gajo agarrado ao ar hehe.

Quanto à tua situação só fiquei curioso sobre o porquê da reacção do jogador, para perceber melhor o contexto da coisa porque pareceu-me uma cena um bocado saida do nada. Enfim... cusquices hehe.

"the drunks of the Red-Piss Legion refuse to be vanquished"

[quote=LadyEntropy]Qual truque? Não havia truque. Não havia explicação. Não havia nada....[/quote]Manipulation+Empathy 3 sucessos a 9? por exemplo hehe.

Acho que aquilo que o Rui estava a falar era sobre isto, o jogador não teve oportunidade de tentar pôr a sua ideia em prática e levou logo com uma mesa na cabeça hehe.

De qualquer modo isto está a ficar fora-de-jogo, se alguém achar que vale a pena continuar isto o melhor é abrir outro tópico.

Quanto à outra situação que o kabukiman apresentou: [quote=kabukiman]Bem, nem tentam abriar a tampa (que era apenas retira-la, nem lançamentos era necessário): atiram directamente a urna a uma parede para a partir para ver se encontram joias.[/quote]Já devias saber que em D&D pensa-se sempre com a carteira primeiro hehe.

"the drunks of the Red-Piss Legion refuse to be vanquished"

Esta aconteceu-me há pouco tempo, e só agora me lembrei dela. Sem dúvida apeteceu-me mandar 1 porta a cada jogador.

Vampire: the Requiem, party multi-clan, multi-covenant é chamada à presença de um elder que quer falar com eles, mas o elder disse apenas que estava no Hospital. Eles chegam e decidem esperar no parque de estacionamento. Pensei que tinha de despachar isto, por isso fiz com que um deles recebesse 1 sms a dizer para entrarem pelas urgências. Eles vão para lá e descrevo que o único sitio onde podiam ir era para uma porta guardada por 1 segurança. Sala pouco cheia, algum movimento, um segurança. Eles decidem esperar que alguém lhes diga qualquer coisa. Nada acontece, eu sugiro que vão perguntar por ali. Perguntam pelo nome do elder, as enfermeiras não o conhecem. Passam minutos em que eles não sabem o que fazer, eu dou mais uma abébia: uma enfermeira vem trazer um envelope com uma mensagem: "Já entravam, não?" Não conseguem seguir a enfermeira e lá se convencem que têm de passar pelo guarda e entrar sem autorização para o bloco médico. Um diz que saca da faca e quer atacar o guarda, os outros saltam-lhe em cima. Grande discussão acerca de estar farto de esperar, lá o convencem que entrar a cortar não é a maneira ideal. Um dos personagens com isto decide que não quer ter nada a ver com aquilo e volta para o carro. O pouco que falam com o guarda (que não estava a fazer mais nada e até era fácil de conversar com ele) só descobrem que só alguém autorizado pode passar. O Ventrue lá se decide a "convencer" o guarda a ir-se embora, e ele vai. Eles não entram. Porta completamente livre e sem guardas. Não entram. Ninguém lhes ia dizer nada. Pronto, decido dizer que um novo guarda chega, estão de novo na estaca zero (bem feita!). As duas personagens que não tinham jeito nenhum para isto decidem meter mãos á obra, enquanto os que tinham inteligência para facilmente entrar por ali a dentro fogem da cena, com medo que aconteça mais porcaria. Com uma leve distracção dum dos que fugiu, lá conseguem entrar e em 5 minutos encontram o gabinete e falam com o elder, que se mostra muito divertido com o que acabou de ver.

Ah, esqueci-me de vos dizer quanto tempo de jogo esta simples situação ocupou: uma hora. Sim, tiveram uma hora para passar por uma porta, e mesmo assim não passaram todos, só as duas personagens que tinham menos jeito para falar com o elder. Talvez isto se compreende-se se fosse uma das sessões do inicio de uma party de novatos, mas não era o caso.

"Sai uma rodada de portas na cara para a mesa do canto!"


Light allows us to see, Darkness forces us to create...

 

Realmente, raio de jogadores!

:stuck_out_tongue:

Estou do vosso lado, eheh. Raio mas é de GM, LOL. :wink: Diz que tem pressa para chegar à cena, ah e tal, mas depois anda para ali a pisar ovos, ah e tal, e coloca obstáculos no caminho que obviamente os jogadores não podem saber se são mesmo tão fáceis como parecem, ah e tal? Eheh. :wink:

Um “fade-out, fade-in”? Ou em vez das inúmeras setinhas luminosas In-Character que falharam uma e outra vez, uma simples, clara e directa benção Out-Of-Character do GM para que continuem em direcção ao que importa e que desta vez não é um ranhoso guarda mortal mal-pago e em part-time que precisa de preocupar os nossos vampiros com super-poderes. :slight_smile:

(Melhor) scene-framing e/ou comunicação 4 da win!

Sim, já era tempo de alguém começar a dizer algumas de GMs, aqui.

Tragedy is whem I prick my finger, comedy is when you fall down a hole and die.

- Mel Brooks -

Agradeço as dicas para fazer as coisas correrem melhor, mas fiz a cena exactamente como queria. Sim originalmente era para ser uma cena rápida, mas quando vi a falta de jeito que a party estava a mostrar, decidi ver até onde é que iria. OK, se calhar até mereço uma porta na cara também, mas naquela sessão tinha visto jogadores pouquíssimo preocupados com o que se passava à sua volta, que não tomavam qualquer iniciativa, e que esperavam que eu dé-se a solução para tudo. Eu não dei ajuda nenhuma de propósito, para testar a esperteza deles e lhes tentar desenferrujar o cérebro. Eu não dou ajudas out-of-game porque sei que mais tarde ou mais cedo os jogadores ficam preguiçosos, prefiro meter-lhes pequenos desafios fáceis de ultrapassar. Esta porta era um deles, e claramente se viu que algo estava mal.

É certo que um GM tem de manter as coisas interessantes para que os jogadores não se distraiam, e eu tenho isso sempre em mente. Tenho sempre todos os canais de comunicação abertos, e tento que os jogadores também. Infelizmente vejo muita falta de comunicação porque no entender dos jogadores as PCs deles não têm que partilhar informação com os outros. Por mais que eu faça (e acreditem que tentei de tudo) isto tá sempre a acontecer, e plot hooks que facilmente seriam resolvidos transformam-se em segredos privados ou notas de rodapé. Por isso não é de estranhar que uma simples porta possa por um obstáculo tão grande a um grupo de jogadores, que no fundo não sabem jogar juntos nem o querem fazer.


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Ora, não te preocupes; estava só a brincar contigo, eheh, e a mostrar que costuma haver duas faces para cada moeda. :wink:

Sei que este tópico já tá enterrado há uns meses (e não me levem a mal por o “resuscitar”), mas lembrei-me de uma situação que decidi partilhar convosco que pode resultar numa boa gargalhada…

1997… andava há meses a querer experimentar D&D (na altura ainda ADD), mas não conseguia arranjar pessoal que me ensinasse a mim e aos meus amigos que queríamos aprender.

Farto de estar à espera do dia de são-nunca-à-tarde decido avançar eu para DM - isto sem nunca ter jogado ou visto jogar, e apenas com o PHB!!!

Na primeira sessão, mesmo ao início do jogo, decido começar pelo que me parecia lógico, e com base no pouco que tinha lido na net e na Dragon Magazine: “Vocês chegam a uma cidade, dirigem-se a uma taberna, yada yada yada” - e eventualmente alguém lhes daria a ultra-secreta missão.

Lá vou eu, todo satisfeito a fazer role-play, e a personificar o Taberneiro chego à mesa e pergunto:
“- Boas noites nobres viajantes, sejam bem-vindos à cidade de XPTO… Desejam alguma coisa para a vossa refeição?”

E um dos jogadores vira-se para mim e responde:
“- Não, obrigado… nós trazemos comida de casa!”

(…)

Creio que em todos estes anos nunca voltei a ficar tanto tempo petrificado a olhar para um jogador sem saber o que responder…

Foram assim os meus primeiros dois minutos de role-play na vida! :slight_smile: