Combat Commander VS Conflict of Heroes

Caríssimos,

Foi há pouco mais de dois anos que vim a este fórum saciar as minhas dúvidas sobre dois jogos semelhantes, pelo menos na temática, em que acabei por optar pelo Memoir'44.

Volvido este tempo e depois de bastantes jogos de MM'44 inclusive Campanha, vou "despachar" o MM'44 para terras do Kaiser e optar por algo mais "completo"!
E para essa tarefa preciso da vossa sapiência! Wink

Como já referi, tenho um interessado em ficar com a minha colecção de MM'44. Não o estou a vender por não ter gostado do jogo, antes pelo contrário, gosto bastante do jogo... mas penso que é altura de "evoluir" para um jogo mais completo, mais denso. O MM'44 é um jogo engraçado mas é só isso. Preciso de um jogo de guerra envolvente, com liberdade táctica que não consigo ter no MM'44.

Então, e o que há por aí?!
Para além dos dois jogos que se encontram no título do tópico, existem ainda o clássico ASL, um noviço Band of Brothers e o embrião Pocket Armies. Bem como outros que desconheço por completo!


Então do que vi, o que me criou interesse/desinteresse (+ é positivo, - é o inverso; isto baseado nos vídeos sobre os jogos e respectivas reviews)?!

Combat Commander
+liberdade de Deploy. É um conceito dos jogos com miniaturas e como tal algo que me é familiar e gosto!
-ser um jogo unicamente concebido para Infantaria
+por outro lado a caracterização das unidades de Infantaria está muito bem concretizada, com Líderes, Armas Especiais, possibilidade de fazer stack de múltiplas unidades num Hex
+Objectivos Secretos
-certas acções parecem muito aleatórias, como o facto de disparar para uma unidade e despoletar um tiro dum Sniper mesmo não existindo o Sniper na mesa.
-decisões por cartas. Foi uma das razões que me causou desinteresse no MM'44, ou seja, chega-se ao ponto em que se quer tomar certas acções tácticas e não é possível porque não temos aquela carta!
-randomização por cartas. Outra razão que me levou a desfazer de um jogo como o Runewars, por causa do efeito Corey e da randomização por cartas, que à medida que o jogo avança as possibilidades de randomização diminuem.
+parece ser um jogo com boa aceitação geral e encontra-se bem cotado no Ranking

Conflict of Heroes

+Tanques, Transportes, Armas Estáticas, Fumo
+Gestão de Action Points e CAPs
+Aspecto e qualidade dos Mapas/Componentes
+Randomização por dados
+/-sistema de Dano. Parece-me engraçado mas por outro lado... acho que o - é mesmo só pela estranheza.
-cenários pré-concebidos com posições de tropa pré-definidas. Gosto do Deploy livre e este jogo parece montar cenários tal como o MM'44
-receio que tal como o MM'44 os cenários possam favorecer um dos lados, em vez de um "equilibrio".
-as unidades de Infantaria terem uma Frente e Laterais. Compreendo e estou completamente de acordo com esse factor nos blindados/veículos, mas na Infantaria?! À escala em que se joga não existe o efeito "Tunnel Vision".
-algumas cartas que permitem acções especiais
+ e um G'ANDA MAIS para 1939!! (Early War YEAH!)


E pronto... são estes os pontos que gostei e não gostei do que vi em ambos os jogos. Gostava de experimentar ambos, ou os outros que referi, antes de tomar uma decisão. Para o CC:E já tenho quem me queira convencer a abraçar esse jogo mas para o CoH ainda não encontrei ninguém, pelo menos no nosso grupo.

O que eu realmente gostava de encontrar num Wargame?!
*Randomização por dados
*Deploy Livre (dentro do espaço permitido)
*Objectivos Secretos
*Sem cartas, ou apenas cartas que servissem apenas de referência
*a possibilidade de se criar o cenário/missão a jogar, bem como um sistema de criação de exércitos para se jogar
*que permitisse reacções às acçõe e não fosse somente IGO-UGO



Eu sei que é pedir muito e quem sabe se um dia não aparece um jogo assim... mas por enquanto peço a vossa opinião, pessoal versado nos Wargames, principalmente pontos fortes no CC:E e pontos fracos no CoH, porque dos dois apesar do CC:E estar muito bem cotado e ter boas reviews não me parece que seja jogo para mim.



Obrigado e Cumprimentos,

Carlos

O CoH é mais diferente do Memoir, e mais indicado se não gostas mto de decisões por cartas e acções aleatórias.

Mas só joguei um ou dois jogos de cada.

Boas,

eu tenho os dois jogos, embora não seja pro em cada um deles, já os joguei bastante para perceberem quais as suas dinâmicas e tentar responder ao que procuras:

O CoH é um bom jogo, joguei-o na LeiriaCon 2009 e passado duas semanas comprei-o. Na experiência tinha pouco mais que o Battlelore e o Tide of Iron, portanto o CoH foi uma lufada de ar fresco. O que mais me cativou foi o sistema de dano, especialmente se jogado com a regra opcional de o tornar secreto, o sistema de activação, novamente com a regra opcional de lançamento para se ver quantos pontos estão disponíveis e a possibilidade de resposta a qualquer acção. É um jogo bastante simples de jogar, as regras estão muito bem estruturadas a nível de introdução ao jogo. Nem todos os cenários tem as posições pré-definidas, alguns deles permitem um deploy livre, inclusive com um sistema de unidades escondidas que não são colocadas no tabuleiro. Pelo que me parece, os cenários mais avançados também incluem um sistema de objectivos secretos (não confirmado). Acabei por me fartar do teatro de guerra fixo.

O CC:E comprei-o o ano passado sem o ter jogado previamente e é na minha opinião mais completo. Começa logo que o jogo base enquadra todo o cenário de guerra entre Russos e Alemães (começando em 1939), tal como o Conflict of Heroes, mas com a vantagem de já trazer os americanos para conflitos na frente ocidental. Apesar de não teres só com o jogo base tantos cenários Russos-Alemães como tens no CoH, acabas por ter um Random Scenario Generator que torna o jogo virtualmente infinito a nível de durabilidade. É verdade que não tens tanques ou outros carros de combate mas, não sentes a falta deles. Aliás nunca houve um jogo em que ficasse a pensar, quem me dera que tivesse tanques. Os morteiros, artilharia, explosivos, molotovs, lança-chamas e infantry guns estão lá para quem gosta de acção mais pesada.

O grande ponto negativo que focas são as cartas: esse é o motor do jogo. Nos primeiros jogos as cartas parecem-te muito limitadoras, mas com alguma experiências vais percebendo que as cartas não são tão lineares quanto isso e que há um jogo de comando para além do que é jogado no tabuleiro. Por vezes as cartas podem ser ingratas e limitarem-te nas opções, mas numa batalha nem sempre se pode fazer tudo o que se quer.

Pelo que descreves sobre o que procuras num wargame parece-me que acaba por ser um híbrido dos dois jogos. Aconselho-te a experimentar cada um dos jogos e caso vá à LeiriaCon estou disponível para tos mostrar.

Espero ter ajudado em alguma coisa Ashamed

Boas!

Obrigado pela tua análise! Podes crer que já me elucidou mais um pouco sobre a terrível escolha a fazer.

Desconhecia essa informação adicional sobre o CoH e os deploys livres. Isso certamente que me vai influenciar na escolha, ainda mais quando referes ter também objectivos escondidos! :)

O problema que referes (só Russos VS Alemães) parece ser combatido nas expansões ou versões, pois ainda não percebi bem quais as expansões e versões base do jogo, que incluem outros teatros. Gosto do Price of Glory que é Early War e tem Polacos e já vi que têm programado o Guadalcanal para o Pacífico. Também há rumoures sobre Normandia, por isso é só uma questão de tempo... mas claro que nesse aspecto o Combat Commander já é mais abrangente.

Eu não percebi um comentário teu, o facto de te fartares de um teatro de guerra fixo. Podes elaborar, se fazes o favor?! ;)

Um outro comentário que me deu vontade de experimentar o CC foi teres escrito sobre o Random Scenario Generator. Eu joguei Battlelore e o jogo com o A Call to Arms (uma espécie de gerador de cenários) e o jogo ganhava uma dimensão mais universal do que jogar os cenários base. Isso é uma grande mais-valia para o CC!

De resto, epá, eu percebo a gestão de mão e tudo mais, o sistema de Comando... mas não sei se é isso que procuro. Gostava de algo mais táctico e não tanto estratégico, daí piscar o olho ao CoH, que vai ter Segunda Edição para a primeira caixa - Awaking the Bear.

Mais uma vez, muito obrigado pela partilha de informação... antes que venha a SOPA! ;)

Por teatro de guerra fixo, quis dizer que se passa apenas na frente leste. Não é consensual se pode ser considerado um teatro de guerra independente dos outros, mas eu gosto de distinguir Laughing

Só para relembrar, o free deploy não é em todos os cenários e também não tenho a certeza se existem e como funcionam os supostos objectivos secretos, sei é que há cartas que servirão para isso!

Humm, percebo agora. Por acaso a frente leste não me diz muito...

O que existe para o CoH:

*Awakening the Bear 1941

*Storms of Steel 1943

*Price of Honour 1939 -> gosto deste!

*Guadalcanal 1942 -> também gosto, mas ainda está por sair

*First Men In 1944 -> por sair, Normândia

O chato é cada box ser focada para determinada época/teatro, enquanto isso no CC já não acontece, ou pelo menos o CC é mais abrangente, como já tinha referido.

Isso do free deploy e objectivos tenho de investigar com mais calma, ler os livros de regras e tentar encontrar mais reviews sobre o jogo.

Eu sou de Lisboa e infelizmente não vou à LeiriaCon senão ia dedicar-me à degustação desses dois jogos!

E já agora, outros títulos?! ASL, Band of Brother?!?

Esses não conheço portanto não te posso ajudar Embarassed

não te limites só a ler as regras, de certeza que há em Lisboa quem te possa mostrar o Conflict of Heroes Smile