A minha crítica do livro Sorcerer & Sword, um suplemento para Sorcerer, ambos de Ron Edwards, acaba de ser publicada na RPGnet. A crítica pode ser lida em https://www.rpg.net/reviews/archive/13/13811.phtml e começa assim:
«How good is Sorcerer & Sword, you ask? As good as the next sentence: “Cyrion, Rajan, and Fafhrd aren’t real names. But they sound as if they could be …” (p. 37).»
(A título de curiosidade, a crítica foi publicada no contexto da Fantasy Week da RPGnet.)
Boa crítica, sim senhor. Gostei. Sendo Sword & Sorcery um dos meus géneros favoritos, ou não fosse eu GM de Conan à uns valentes 5 anos, achei a tua crítica muito informativa.
A slumber did my spirit seal;
I had no human fears,
She seemed a thing that could not feel
The touch of earthly years.
A crítica é boa e extensa. Acho que me deu uma outra perspectiva sobre o material que é tão incisiva como refrescante.
Acho que já era tempo dos consumidores de livros de RPG deixarem de ser condescendentes com o autores dos livros e exigirem mais qualidade. Lá pelos designers serem “jogadores como nós” não quer dizer que não tenham de ser profissionais e, atrevo-me a dizer, “bons!”.
Eu li o livro, percebi as ideias, não gostei do tom e como não sou grande conhecedor aceitei sem pestanejar as ideias do autor sobre S&S. Entretanto li umas obras do Howard e li esta review e tenho uma perspectiva mais crítica. Bom para mim!
Não gostei especialmente das defensivas dos autores de alguns posts. A do “domínio da língua limitado” foi especialmente revoltante. :\
"Se alguma vez sou coerente, é apenas como incoerência saída da incoerência." Fernando Pessoa
Olá Mariano. É a velha técnica de desqualificar o outro para o calar. Tenho a certeza de que estes meninos mal sabem inglês e são completamente igorantes de outros idiomas. É a vida.
[quote=jrmariano]Acho que já era tempo dos consumidores de livros de RPG deixarem de ser condescendentes com o autores dos livros e exigirem mais qualidade. Lá pelos designers serem "jogadores como nós" não quer dizer que não tenham de ser profissionais e, atrevo-me a dizer, "bons!".[/quote]Neste caso, o Ron Edwards é um bocado a excepção à regra :) normalmente os designers preocupam-se não só com o seu joguito, mas também com a melhor maneira de o escrever e publicar. O senhor Edwards é mais assim umas ideias, assim umas bocas, assim uns exemplos e siga p'ra frente. A única coisa que se aproveita são eventualmente as regras e alguns conceitos que não são apresentados da melhor maneira.
Eu comprei e já li várias vezes o Sorcerer com a intenção de o mestrar, mas nunca deu para tanto. Devo dizer que a arrogãncia e displicência do autor não me afectam particularmente - pois entre isso há bastantes coisas interessantes - mas é um livro que (ao contrário de outros jogos indy) não chega propriamente a ser um RPG, ou seja, não me leva da teoria à prática.
Assim sendo, dou os parabéns ao Sérgio por ter tido a paciência de dissecar inteligentemente o suplemento "Sorcerer & Sword", mas devo dizer que a crítica não me surpreendeu. Nunca lhe pus a vista em cima, mas já contava que este livrinho fosse uma abordagem ao género muito do ponto de vista do Sorcerer Edward e pouco ou nada a ver com o género em si.
No entanto, imagino que quem tenha jogado e gostado de Sorcerer possa ter interesse no suplemento - e esta é uma questão que acho que o Sérgio deixou sem resposta. A ideia com que fiquei (e com a qual julgo concordar) é que "Sorcerer não é grande coisa, por isso S&S também não". Agora, uma pergunta importante seria: para quem acha que Sorcerer é o best-RPG-ever, vale a pena comprar S&S?
Para uma pessoa que nunca tenha lido sword and sorcery e que não tenha acesso a outras fontes sobre o género o livro até é um ponto de partida (mas há mais e melhor fontes na net que não custam nada). Para quem além de isso gosta de Sorcerer e das teorizações do Ron Edwards, o livro tem mais do mesmo. Para quem alem disso joga Sorcerer o livro tem algo a dar e vale a pena comprar.
Agora, quem tenha um bom domínio do género de ficção e do Sorcerer mas se está nas tintas para as teorizações do seu autor, o livro tem muito pouco a dar.
acho que falhaste o livro completamente. tens para lá alguns pontos válidos mas estão completamente perdidos sob um monte de outros que estão a criticar algo que é completamente diferente daquilo que o livro e o jogo em questão realmente são.
Por exemplo, quais são os poucos pontos válidos? E qual é o «monte de outros que estão a criticar algo que é completamente diferente daquilo que o livro e o jogo em questão realmente são»?
É que dito assim, sem qualquer fundamentação a tua crítica da crítica não o chega a ser. Fica-se por uma ejaculação pretensiosa de quem se alcandora à condição de oráculo do «livro e do jogo», um dos poucos capazes de o entender. Muito longe do pobre de mim (para usar uma expressão alheia), incapaz de atingir tais alturas de entendimento.
Por isso pergunto de novo, importas-te de elaborar?
Admito, excedi-me um pouco. Mas ao fim de várias opiniões e achados como o que tu me apresentaste irrita-me. É que eu li várias vezes, cuidadosamente, pausadamente, e profundamente o livro que critiquei. Fundamentei cada uma das críticas que exerci sobre ele. Não me fiquei por uma opinião passageira ou por atirar barro à parede. Dizeres-me que eu passei completamente ao lado do livro depois disso, e nem sequer teres a decência de explicar por quê irritou-me.
Mas pronto, o assunto está sanado. Passemos à fase construtiva, reitero a pergunta, em que é que eu falhei o livro completamente? O que é que estou a criticar que é completamente diferente do que o livro e o jogo verdadeiramente são?
Não, não pergunto para criar uma guerra contigo, pergunto porque gostava verdadeiramente de compreender como é possível duas pessoas terem duas visões tão diferentes da mesma matéria. Mas para isso preciso de saber como vês o S&S ou fico completamente no escuro.