Design de jogos como assunto de uma TEDx Talk

Os designersKevin Spak e Sam Liberty participaram na TEDx Talk em Boston e, apesar de alguma sensação de ser algo bastante ensaiado, apresentaram e representaram o hobby creio que de uma forma bastante positiva.



Aqui fica o vídeo:



Pedro, não vais acreditar, mas este vídeo foi postado no facebook e gasp gerou uma discussão interessante :slight_smile:

https://www.facebook.com/eduardo.caetano.5/posts/259966004113327



A questão é que o processo de aprendizagem do jogo também tem de ser divertido ou inexistente. Candyland (ou até mesmo Monopólio) é divertido porque ninguém precisa de aprender como se joga, basta ver os outros jogar. Curiosamente, os designers de boardgames (e de RPGs) ainda pouco se preocupam em fazer um tutorial divertido (exceto talvez Dungeon Lords?).

[quote=Rick Danger]A questão é que o processo de aprendizagem do jogo também tem de ser divertido ou inexistente.[/quote]



Divertido concordo mas inexistente é impossível. Nem o jogo do galo se joga sem que alguém o ensine.


[quote]Candyland (ou até mesmo Monopólio) é divertido porque ninguém precisa de aprender como se joga, basta ver os outros jogar.[/quote]



Discordo.

É como dizer que toda a gente sabe as regras de futebol. Por muito omnipresente que o jogo seja na sociedade, tem que ser aprendido. Pode acontecer que isso ocorra por habituação e recolha de informação gradual, como é o caso com o futebol em Portugal. Muita gente fala disso, a televisão não dá quase nenhum outro desporto e por isso vais aprendendo sem ter uma sessão específica de ensino. Mas ninguém nasce ensinado e pensar que todos sabemos jogar Candyland ou Monopólio de forma inata é um absurdo. Há até muito quem jogue Monopólio há anos e o faça de forma errada, se calhar até é a maioria…

Aprender aprende-se sempre, mas pode não existir um processo de aprendizagem propriamente dito. Se eu olhar para os meus amigos a jogar futebol, ninguém precisa de me dizer nada, estão todos a dar pontapés na bola e a tentar meter-la entre dois postes, ou seja, há uma rotina operacional que me permite entrar no jogo sem necessariamente saber as regras todas. O mesmo acontece com qualquer jogo da glória: um dado é rolado e uma peça é movida um número de passos igual ao que saiu no dado. É tudo o que eu preciso de saber para me sentar a jogar, o resto aprendo enquanto rolo o dado e copio o que os outros fazem. O Pictionary, por exemplo, é a mesma coisa, mas também é o Jenga.



Nós pertencemos a um nicho de pessoa que gosta de aprender coisas novas, mas a generalidade da população acha que aprender não é divertido, é uma canseira. Por isso, não querem saber se estão a jogar com as regras erradas do Monopólio, o que lhes interessa é jogarem algo que não tenha de ser propriamente ensinado ou aprendido, porque pensam que isso dá trabalho e é uma seca. Os grandes vendedores de jogos como a Hasbro sabem disto e por isso continuam a distribuir sempre a mesma coisa.