Dia 1

Não sei. Onde posso queimar os corpos sem morrer intoxicado ou sem ar? Ou sem dar muito nas vistas? Algum forno?

Queimo todos ao mesmo tempo.

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OOC: Existe uma caldeira giganteca na cave que é utilizada para aquecer a casa, podes usar isso para queimar os corpos, até podemos assumir que não é a primeira vez que o fazes.

IC: O forno gigantesco grunhe e regozija com sons metálicos ao ser alimentado pelos pedaços de carne. O calor é libertado pelos tubos, na cozinha a dona Zulmira aquece água para cozer os legumes que deverão ser usados na sopa do almoço, o Mestre mergulha satisfatoriamente numa banheira fumegante, no jardim um gato vadia aninha-se junto da parede aquecida por onde passam os tubos, na cave ouve-se um berro e uma batida repetida vinda do interior da grande caldeira, por fim um grande estrondo.

A rapariga, que estava inconsciente, irrompe aos berros pela portinhola da caldeira tentando fugir das chamas e na direcção de uns baldes de água que estão ali ao pé. As suas mãos e braços estão todos queimados, bem como parte da cara e das costas.

O Wilhelm fica surpreendido e esconde-se na parte mais escura da sala da caldeira. Tenta ganhar coragem para intervir e resolver o problema de uma vez por todas mas não consegue. Ele só deseja que ela saia dali para fora!

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Eu tentei ir ao excel da minha personagem para colocar 1 ponto de love, não sei porque não me está a permitir.... Podes colocar?

Quando puder suspender o hold avisa....

Ela chega aos baldes e derruba-os o seu conteúdo para cima da pele queimada na esperança de lhe aliviar o sofrimento.

Cai para o chão, ainda está viva, notoriamente em sofrimento pelas queimaduras, mas parece que não irá ficar viva muito mais tempo.

Para alterar o excel tens que o gravar no teu PC, fazer as alterações, guardar e depois voltar a carregar na página do abreojogo.

Se não quiserem ter esse trabalho eu posso fazer esse trabalho no fim de cada cena.

Quando chegas à Mansão ouves um berro desumano vindo da cave. Da zona da caldeira.

Wilhelm foge para dentro dos túneis e deixa-se andar por eles sem rumo. Assim que passar um tempo considerável regressa à caldeira, e depois de se dar conta de onde está. Este espera que a rapariga esteja já sem vida para a entregar de volta ao seu triste destino.

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O berro passa-me um bocado despercebido.... estou demasiado ofuscada com a maravilha que trago pelas minhas mãos para o mestre.

Ao chegar à mansão de mãos dadas com a crianças procuro pelo mestre para lhe mostrar aquele especimen e lhe dar a lista.

Ela não está lá. Não vês pistas para onde tenha ido. Nada.

No chão está apenas uma mancha de carne queimada e sangue onde ela caiu.

OOC Avisa se quiseres fazer mais alguma coisa com esta cena, caso contrário podemos dar por encerrada. Estamos só à espera da resposta do Ricardo para seguir para a cena seguinte.

OOC: Fixe. Não são flores, são ervas, daquelas que ela costuma colher.

Maldizendo os pássaros que debandaram quando mais precisava deles, Razvan cerra os dentes e tenta sorrir para a rapariga enquanto estende para ela as ervas que colheu, o mais gentilmente que lhe é possível. Feliz de a olhar nos olhos assim tão perto, ele tenta dar a entender que a ouviu perfeitamente, mas que talvez seja mudo e não lhe possa responder.

"Não entendo. São para mim?" - ela pergunta cautelosamente e imediatamente o jardineiro acena com a cabeça e olha para as ervas frescas como que a dizer "estas são as melhores para si".

"Peço desculpa, não pode falar?" - ela aproxima-se só mais um pouco e Razvan cora levemente enquanto encolhe os ombros como que a dizer "é assim a minha vida" e repete o seu gesto de oferta. O jardineiro começa a pensar que não poderá manter este silêncio por muito tempo sem ela eventualmente suspeitar que ele trabalha para o Mestre, um risco que ele não está disposto a correr.

"O meu nome é Alina." - ela sorri contente e pega no molho de ervas bem cheirosas. "Muito obrigado, estou a ver que não tenho a mesma experiência que o senhor e agradeço-lhe a ajuda. É camponês aqui perto?"

Razvan sente que esta pergunta é a sua deixa para se ir embora e, por isso, dá um passo atrás, olha em volta, faz-lhe uma vénia, sorri novamente e dá a entender que tem de partir. Acena-lhe e afasta-se antes que ela possa fazer mais perguntas, tentando não mostrar quão triste fica por ter de deixá-la tão cedo. Corre para longe da vista dela e pega no outro conjunto de ervas que recolheu para as levar até ao ervanário e trocar-las pelo pó de rosmaninho.

Corre furioso em direcção à vila, frustrado pela sua condição servil e pela sua natureza monstruosa.

É sempre uma felicidade para Razvan quando vai ao ervanário, principalmente devido aos passarinhos que ele gosta de ter em pequenas gaiolas de madeira, espalhados pela sua loja.

Bom dia meu caro, então o que o trás por cá hoje? É lá, essas ervitas que tem para ai dão-me jeito para uma fórmula que estava a experimentar, o que é que quer por elas?

Já mais calmo quando chega à vila, Razvan apercebe-se que o tempo aperta e, sabendo que não é boa ideia testar o mau-humor do mestre quando mais uma experiência corre mal, não chega sequer a passar pela casa da senhora Brigita. No entanto, quando se vê dentro da loja do ervanário, não deixa de respirar fundo para sentir a mistura de cheiros que a caracteriza e de perder-se um pouco a vislumbrar a grande variedade de plantas que o velho homem guarda em frasquinhos e saquinhas. Distraído por momentos, Razvan acaba por lhe responder, não disfarçando a admiração que nutre pelo ervanário:

"Senhor Stefan, se precisa de ervas como esta ou de outras, já sabe que pode contar comigo para as arranjar."

O jardineiro coloca-as com todo o cuidado no balcão do ervanário.

"No entanto, desta vez, vou precisar de lhe pedir algum pó de rosmaninho em troca, isto é, se não lhe fizer falta."

O velho homem sorri enquanto acaba de põr àgua no bebedouro de uma das gaiolas dos passarinhos, limpa as mãos no avental, pega num saquinho guardado numa das suas prateleiras e põe-no no balcão ao lado das ervas de Razvan.

"Não há problema nenhum, aqui tem. Está com alguma dor de cabeça?"

"Err... não..." - Razvan coça a cabeça - "A verdade é que gostava de aprender tanto sobre plantas como o senhor e, por isso, tenho-me metido em algumas experiências... mas não sei muito bem o que ando a fazer."

"Ah, sim?" - Stefan olha-o um pouco desconfiado enquanto o jardineiro guarda pensativamente o pó de rosmaninho. Razvan acaba por dizer:

"O senhor Stefan já alguma vez pensou em ter um aprendiz? Alguém que lhe fosse buscar todas as ervas que precisasse, alguém com quem pudesse partilhar os seus extensos conhecimentos?"

Pondo as mãos atrás das costas, o estranho jardineiro olha-o suplicante.

OOC: Overture ao ervanário ou já estou a abusar? Wink