Dias de chuva

O cidadão comum, à chegada dos dias ensolarados, sai do seu casulo de betão para se transformar num quase assumido «bom vivã»: não há, por exemplo, esplanada que não se transforme no íman perfeito para atrair as legiões de melancólicos e domingueiros em busca de entretenimento. Parece, assim, para bem desta gente entristecida, ter chegado a louvada oportunidade de espairecer que, como a graça divina, chega sem pré-aviso. Creio que, sem querer abusar no meu juízo de valor, imputar à falta de sol a responsabilidade de uma vida enfadonha revela pouco menos que uma assumida falta de ideias. Decerto alguns considerarão o meu argumento exagerado, talvez porque (felizmente!) se esqueceram de como era viver sem Boardgames. Ora, eu não me esqueci, dado que de Março a Novembro não vai assim tanto tempo. Tanta vez ouvi, sobretudo nas tardes de domingo, a pergunta retórica “o que é que se faz hoje?”, que pouco mais era que um manifesto da impotência perante as largas horas sem entretém à vista. Por minha parte, esta era a oportunidade para convidar os amigos a experimentar determinado mecanismo para algum protótipo que me andava “na pulga”. Apesar de desconhecedor acerca do autêntico mundo dos Boardgames, lá estavam eles para me auxiliar no guarnecimento de muitos fins-de-semana. Ora, e partindo agora para a generalização, sou forçado a assumir que, como eu à época do meu relato, hoje mesmo, milhares e milhares de portugueses se sentiram à deriva e desincentivados. Ainda por cima choveu, o que amplia exponencialmente o factor aborrecimento. É praticamente intuitivo ler, nas entrelinhas, a minha mensagem e o meu estado de espírito: não há dias aborrecidos quando se tem a oportunidade de jogar! E dou na conta que (espantosamente), também sou fã de dias de chuva! Talvez a minha reflexão nada acrescente àquilo que, para vós, é, desde há muito, evidente. Mas não pude deixar de enfatizar o meu sentimento de júbilo por ter descoberto este recanto de mundo ao qual sempre pertenci especulativamente, mas, só há bem pouco, como «modus vivendi». Abraço a todos! Happy Meeple

Qual cidadã comum, em dias de chuva muitas vezes dei por mim a arranjar soluções de entretenimento. Ora, apesar de só recentemente também ter descoberto a quantidade “monstruosa” de jogos de tabuleiro que existem no mundo, o Monopoly em pequena foi o jogo que me deliciou, horas e horas, em família ou amigos. Era já um sinal de que, mais tarde, eu iria alimentar este novo vício que me satisfaz e preenche Happy

Sabia que voces haveriam de ser mais 2 convertidos. E a Sara vai pelo mesmo caminho Evilgrin

Na na na...eu já era...só não sabia que existia outro mundo "besides Monopoly"!!!!Confused

[quote=GeoPot]

Na na na...eu já era...só não sabia que existia outro mundo "besides Monopoly"!!!!Confused

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Eu foi mais o Risco! Cool

[Não há homens mais inteligentes FELIZES do que aqueles que são capazes de inventar jogos. É aí que o seu espírito se manifesta mais livremente. Leibniz]