Dilbert: The BoardGame - Uma Review

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Em Dilbert The Boardgame tomamos controlo de um dos vários empregados na companhia, que quem segue a série ou já a leu facilmente os reconhece. Começamos com Dilbert obviamente, Wally, Ratbert, Asok, Tina e a Alice podendo ainda a meio do jogo aparecer o Ted, the generic guy que basicamente só serve para estorvar.

Os componentes do jogo são bastante bons e estava realmente a espera que a qualidade fosse perdida devido a ser baseado num comic, tal como esperamos que um filme baseado num videojogo seja mau ou vice-versa, mas surpreende pela positiva neste caso.

Como na série todos os empregados raramente se encontram felizes ou perto disso e portanto lógico que no jogo a premissa para ganhar é quem tiver mais felicidade no final. Claro que isto de ser feliz a trabalhar não é tarefa fácil.
Cada personagem tem uma habilidade especial e vários atributos que ao longo do jogo podem ser mudados para nos ajudarem ou prejudicarem, pois é os outros também podem alterar os nossos atributos para se ajudarem.

Os atributos interessam porque é o que vai determinar a que projectos os vários empregados vão ser alocados. Estão abertos 6 projectos e as penalizações podem ser desde de -1 de felicidade a -2 a ser impossível ganhar o jogo enquanto se estiver alocado ao projecto. Isto implica que todos tentam fechar certos projectos, uma coisa boa no meio disto tudo é que se ganha felicidade quando um projecto fechar independentemente se estamos alocados lá ou não o problema é quando um se fecha abre logo outro e há uma nova alocação dos empregados.

Para fechar projectos temos de arranjar as várias assinaturas dos vários tipos de departamentos da empresa, desde dos consultores, ao chefe passando pelo marketing e afins. E assim percorremos a empresa pelos corredores apertados em busca de assinaturas para se poder fechar os diversos projectos, e pelo meio usamos umas cartas de memo que pode ser para afectar qualquer jogador e ainda existem as Consultant Cards que afectam o jogo todo e os jogadores.

O que falta falar é do humor do jogo e esse está presente em todo o lado desde das memo cards com pequenos snips das comic strips ao que as consultant cards obrigam a fazer e a evitar. O jogo mantém imenso o humor dos desenhos e obriga a todos a terem um cuidado especial ao que fazem e a quem fazem, ou então inda se arriscam a levar com uma “harassment card” por mexermos no token de alguém do sexo oposto (no jogo) a sermos obrigados a passar uma ronda de turnos debaixo da mesa pode parecer estranho mas provoca sempre uma onda de gargalhadas.

O jogo é simples mas diverte, aconselho a ser jogado para o fim da noite com amigos dispostos a rirem-se e não com gente demasiado séria é uma óptima maneira de terminar um serão a rir.

Pontos negativos:
- Pode demorar um bocado demais para o que é (o meu primeiro jogo demorou mas estávamos a jogar mal, mesmo assim foi a rir do inicio ao fim)
- É muito dependente de linguagem (para mim não é um ponto de negativo porque o jogo traduzido perdia a piada toda, mas nem todos gostam de coisas em inglês e eu concedo este ponto)
- É preciso uma mesa cheia para se apreciar o jogo bem (no mínimo dos mínimos 4, a melhor experiência é com 6 jogadores obviamente)
- É preciso estarem todos +/- com o mesmo espírito para se divertirem