Dinamizar o hobby, introduzir novos jogadores, espalhar a palavra.

Essa do porta voz ser um geek quarentao, barbudo de oculos é mesmo estereotipo.
É precisamente isso que me parece que tem de ser combatido. Ou seja, a ideia a passar é que os jogos de tabuleiro sao jogos q toda a gente pode e deve jogar. Aliás, parece-me que se uma pessoa ler um artigo e aparecerem fotos de gajos geeks, feiosos e de barba, ninguém se interessa. Agora se aparecerem fotos de pais de familia, de fato e gravata e com um aspecto completamente normal, o impacto é diferente. É mais real, porque dos jogadores que conheço, a maior parte é assim e nao cromos fanáticos da guerra das estrelas.
Mas ao ler o teu post veio-me à memória os artigos que tenho lido a falar de RPG e daqueles jogos de internet ou mesmo jogadores de video, retratam as pessoas duma forma negativa como se fossem anti-sociais a viverem num mundo só deles etc. O tipo de coisa que se ve nos filmes americanos e que nao corresponde nada à realidade.
O que me parece, e atendendo um pouco ao teu post que alertou para isso, é que se o preço a pagar for esse, mais vale nao se entrar por essa via.
Se é para dar uma imagem negativa ao hobby e aos jogadores, não me parece muito proveitoso.
Seja como for deêm um aolhada aqui:

https://www.ludusluderia.com.br/

A ludus é uma loja/Bar de jogos e vejam a forma como a imprensa os tratou. Assim parece-me a forma mais correcta de abordar os jogos de tabuleiro.

Sobretudo no caso dos RPGs, que são muito mais difíceis de explicar que os boardgames. E vulgarmente os alvos das piadas e estereótipos são mesmo os role players (só assim de memória já vi os RPGs serem tratados como hobby de geeks em coisas tão diferentes como um filme da série ‘Nightmare on Elm Street’ e no ‘Family Guy’). Sendo assim, se um dia aparecer um jornalista, mais ainda se vier acompanhado de fotógrafo, não sei valerá a pena levar o fato e gravata, mas definitamente a t-shirt de Anthrax é um faux-pas. E levem as mulheres e os putos e o cão e o gato e deixem-se fotografar só num sítio luminoso e não não numa cave bolorenta cheia de restos de pizza e embalagens de McDonalds. A imagem é tudo… Na verdade não é, mas a imprensa é fútil.

Hugo, junta-te ao grupo, a gente continua as discussões por lá.


A slumber did my spirit seal;
I had no human fears,
She seemed a thing that could not feel
The touch of earthly years.

A minha limitada experiência coma imprensa, neste caso, não me deu uma imagem tão negativa da receptividade ao hobby. Creio que os artigos que foram publicados a propósito do encontro do Porto do ano passado foram geralmente positivos.

Pelo que conheço dos grupos que têm particpado nos encontros nacionais, também não me parece que tenhamos que recear uma imagem negativa. Apesar de eu ser um tipo feioso e de barba e achar que fato e gravata é roupa de vigarista, a maioria da malta que vejo nos encontros é simpática.

Os gajos são, como é lógico em gajos, todos feiosos. Mas até temos miúdas muito giras a participar... a minha namorada, por exemplo.É muito gira...

Creio que maioria destes estereótipos que definem são o resultado da nossa exposição a produções norte-americanas. Aí sim os estereótipos são muito presentes e a discriminação social bem mais marcante que por cá... pelo menos para já. Não é à toa que acontecem coisas como Columbine...

Acho que, se formos naturais, se fizermos os nossos jogos e, acima de tudo, estivermos abertos a que os outros participem também, estaremos bem. Também não interessaria dar-nos a conhecer se, para isso, tivermos que dar a conhecer algo que não somos.

Mallgur, junta-te ao grupo também, lá podemos discutir isto melhor.


A slumber did my spirit seal;
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The touch of earthly years.

Acho que realmente, como já bem disseram, as pessoas não jogam, porque não conhecem. Quer dizer...há realmente as pessoas que não têm paciencia para qualquer jogo a não ser uma coisa tipo Tsuro....(aqueles que não gostam mesmo de meter o cérebro a funcionar), mas depois há um grande nicho de pessoas que se divertiria imenso com os nossos jogos, caso os experimentasse...

Ás vezes dou por mim a pensar quem seriam "potenciais vitimas" lool para convidar para uns joguinhos. E andam por aí...as vezes há aquele receio de convidar, porque tememos que a pessoa nos faça uma cara do tipo "estas a convidar-me pra monopólio?".....Mas não podemos esquecer que as pessoas desconhecem mesmo outros jogos, só depois de os verem, poderão perceber que afinal gostam.

Ainda ontem.... de momento estou a trabalhar num lar (como psicóloga), e como tenho estado também a dar alguma ajuda nas tarefas da animadora sócio-cultural, já andava a pensar se não seria possivel levar uns joguinhos...só que com os idosos há muita dificuldade (não sabem ler em ingles, alguns nem em português, quanto mais...dificuldades de visão, e alguns já não conseguem ter capacidade cognitiva suficiente para aprender a jogar...). No entanto, tal não foi a minha surpresa quando a animadora me falou em jogar-se werewolf com os senhores. Foi um "WOW conheces werewolf", seguido de um "bora lá a isso".

E assim foi...lá se fez uma versão muito simplificada, e se meteram 23 senhores e senhoras a jogar....

Ainda estou a pensar levar algo do tipo Saboteur para ensinar a alguns... (para ver se é viável,e se se conseguiria ensinar algo mais complexo (ir passando para Caracassone ou assim=x...).

Se por um lado as crianças seriam o público-alvo por excelencia... este também podia ser um nicho interessante. Porque os idosos precisam mesmo é de coisas para se distrair, e não há melhor que jogos... (e quem sabe não metiam os netos com vontade de jogar com eles depois?=X). Se são os reis da sueca e do dominó, também podiam conseguir algo mais=x (ou então sou eu a sonhar alto =D).

Quanto aos media e tudo mais.... Acho que é de se puxar pelo lado positivo dos jogos:

- Convivio

- Estimulação cognitiva

- Aprendizagem

O conseguir reunir as pessoas umas com as outras, mete-las a conversar, a pensar...

E demonstrações para meter as pessoas a jogar, é mesmo o ideal..

Ois! Junta-te ao grupo que as discussões vão-se mover para lá.

https://www.abreojogo.com/divulgar_hobby

Concordo plenamente com o que dizes. O grande mal aqui é quebrar o preconceito das pessoas verem os boardgames como somente o monopoly e levantar o véu de ignorância das pessoas em relação aos jogos de qualquer tipo.

Como muito bem disseste, se as pessoas soubessem muitas iriam gostar.


A slumber did my spirit seal;
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She seemed a thing that could not feel
The touch of earthly years.

lá estou ;)

 

Excelente ideia. Lá está, copiar ideias de negócios do estrangeiro e trazer para Portugal sempre me pareceu ser o que se faz nesta situação. :slight_smile:

"Se alguma vez sou coerente, é apenas como incoerência saída da incoerência." Fernando Pessoa

Face the Press :slight_smile:

[quote=Starita] Quanto aos media e tudo mais… Acho que é de se puxar pelo lado positivo dos jogos:
- Convivio
- Estimulação cognitiva
- Aprendizagem

O conseguir reunir as pessoas umas com as outras, mete-las a conversar, a pensar…[/quote]Sim. Os meus destaques seriam mais ou menos esses, sublinhando o convívio e o desafio intelectual. Convívio pela facilidade com que pessoas diferentes são colocadas em circunstãncias divertidas. Desafio intelectual porque nenhum jogo é igual ao outro.

Bom. Essen já passou. E eu tinha prometido...

Alguns dos projectos que tinha em mente como acções de promoção do hobby foram avante, não raras vezes pela acções de outros. Mas esta ideia que tenho estava por revelar e já vai sendo hora...

O Natal vem aí. Altura de dar, mais do que de receber, ou pelo menos assim o procuro viver.

A ideia surgiu-me algures em Julho quando a Cat Ballou iria ficar por algum tempo com miúdos do Projecto Tásse, do Bairro da Quinta da Fonte, de Setúbal, que vinham de visita ao Porto. Pediu-me alguns jogos e emprestei-lhe o Pickomino e o Werewolf. Eram bastantes miúdos e esses dois abarcam número interessantes de jogadores. Os miúdos jogaram, gostaram e no fim, no dia em que supostamente ela iria lá buscar os jogos, decidi que eles podiam ficar com eles. Eu comprava novas cópias para mim. Ao que parece ficaram felizes. Não estive nunca com eles, mas disseram-me que sim, e isso chega.

Neste espírito e sempre com a ideia de promover o hobby, gostava de sugerir aos membros do Abre o Jogo e àqueles com quem contactam, que nos juntássemos todos para oferecer uma pequena ludoteca a uma instituição de beneficência, que cuide de crianças.

Já não teremos muito tempo se quisermos escolher a instituição, comprar os jogos, ou doá-los das nossas colecções e traduzir regras para irem com eles.

Que vos parece a ideia? Quem quer participar? Que instituições conhecem que podiam ser os nossos "alvos" este Natal?

Gostava de levar isto avante para este Natal, mas temos que nos mexer...

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"No caminho para o verdadeiro conhecimento, as coisas óbvias são os obstáculos."

Sugiro o mesmo q quando o mencionaste a algum tempo e que a João também conhece, a obra de Frei Gil. É mais uma possibilidade.

Mais um grande passo Mallgur. És o maior, como já disse.

Boa ideia! Outro aspecto é medianizarmos o LeiriaCon o máximo possivel. Se tivessemos um jornal a cobrir a con seria bem fixe, ou uma rádio ou até uma TV com uma pequena reportagem.


No moon is there, no voice, no sound
Of beating heart; a sigh profound
Once in each age as each age dies
Alone is heard. Far, far it lies

Acho uma ideia muito engraçada. Ainda não tenho nenhum contributo muito útil para dar mas proponho que cries um tópico isolado para esta iniciativa. Ficava mais visível e mais fácil de acompanhar e participar.