down*town rpg: Uma visão do futuro

Hey, excelentes questões; mais uma vez, vou responder por ordem:

1 - Sim; mas mais uma vez te aponto que a minha intenção é recriar uma característica dos filmes noir, atrair o jogador para a ficção de jogo e recompensá-lo por isso. A mim parece-me bem recompensar por recriar o estilo.

2 - Ok, se calhar confusão minha; tu falas especificamente em Memórias mas depois referes a mecânica dos Traços, e eu respondi-te num quando tu querias saber do outro?

3 - A comparação que faço com o Blackbird é “jogo simples”; tudo o resto já foi explicado. Precisas de ler o setting para perceber as mecânicas? Se bem que um ajude à compreensão do outro, pode perfeitamente extrapolar-se e imaginar exemplos onde as coisas se mexam, ou não?

E depois não te esqueças que te tenho como excelente crítico (além de amigo, embora distante - caralhota FTW), e não é de agora. O facto de eu não conseguir fazer-te chegar a mensagem entristece-me, daí ir buscar o exemplo do Blackbird. E, por falar nisso…, “estes personagens estão nesta nave, agora joguem!” :-/

4 - Onde é que disse que eram comentários pouco produtivos? Disse que eram desanimadores, não pouco produtivos.





A jogar: D&D 4th Dark Sun
A escrever: down*town, tech-noir rpg

Em termos de referência visual acho isto fantástico:

https://www.cracktwo.com/2011/04/25-abandoned-soviet-monuments-that-look.html

Isso parece mais tirado dos protoss do starcraft.

" Robot durante o dia, vegetal durante a noite"

Entretanto, acrescentei Às TrÊs Questões a parte que faltava, sobre Subir a Parada. Parece-me bastante mais completo, agora.

Estou a pensar escrever um post sobre future-noir numa cidade exótica, antes de entrar imediatamente numa outra lista de Vantagens, mas falho em perceber que cidade usar - Casablanca parece ser uma ideia gira, até pelo próprio filme em si, que não é exactamente noir; até que ponto existiria investimento estrangeiro lá? Por exemplo, seria viável que uma crise levasse a que as grandes empresas europeias se mudassem todas para Casablanca? Como veria a monarquia marroquina este tipo de investimento? Será que a família real teria vontade de ver dinheiro estrangeiro entrar no país, e assim nas suas contas? Como seria a segurança dessas empresas? E será que a cidade atraíria o mesmo tipo de personagens que atraiu durante a 2ª GM?





A jogar: D&D 4th Dark Sun
A escrever: down*town, tech-noir rpg

Qual Casablanca! A cidade a escolher é Luanda. Presumo que o jogo decorre daqui a umas décadas. Luanda é o centro da União Banto Ocidental, agrupando Angola, o Congo, o Zaire, a Zâmbia, São Tomé e Príncipe, etc. Essa posição foi conquistada à custa do dinheiro do petróleo e da exploração desenfreada de matérias primas. É o porto de entrada no sul da África pelo ocidente, com ligações de comboio, estrada, etc., em todas as direções. É um centro financeiro e uma megalopolis multiétnica onde se cruzam negros, brancos locais, europeus, americanos, sulamericanos, orientais de toda a Ásia. É também um centro de corrupção e de todos os tráfegos e tráficos. Aí se cruzam todas as religiões, crenças, práticas esotéricas. Há riqueza e pobreza extremas.

A grande vantagem de trabalhares com Luanda é que vais trabalhar com algo que te é mais próximo e fácil de desenvolver de forma "realista". Do ponto de vista de uma publicação internacional, como queres fazer, tem a vantagem de ser algo absolutamente inovador.

Luanda, digo-te eu.

PS E escuso trocadilhos com a expressão 'noir'...

Em toda a honestidade, e sei o quanto isto pode ser um ponto sensível, mas Luanda diz-me tanto como Casablanca. No entanto, tudo o que escreves faz sentido; aliás, lembro-me de várias histórias de corrupção ao mais alto nível, todas verdadeiras e verificáveis. E lembro-me de uma, para demonstrar a riqueza do país: estavam a construir um novo aeroporto, e no meio das obras descobriram um depósito de diamantes…

Então e porque não o Rio de Janeiro? Tem practicamente tudo o que apontas, tirando se calhar as riquezas naturais, o Brasil está a crescer a olhos vistos e ameaça tornar-se a megapotência da América do Sul, e o Rio tem as favelas mesmo ali ao pé.

Sempre podia pedir ajuda aos nossos irmãos brasileiros. :slight_smile:

Olha, e queres mandar-me mais notas sobre a tua visão de Luanda nos anos 2050?





A jogar: D&D 4th Dark Sun
A escrever: down*town, tech-noir rpg

Já vi um pouco da série de TV sul-africana Charlie Jade (https://en.wikipedia.org/wiki/Charlie_Jade) e mistura technoir com Capetown e três dimensões da realidade ao mesmo tempo.

E já deste uma vista de olhos na versão BD do “Do Androids Dream of Electric Sheep?” da Boom Comics? Talvez te inspire. :wink:

sopadorpg.wordpress.com - Um roleplayer entre Setúbal e Almeirim

Ludonautas Podcast - Viajando, sem nos

Compreendo que Luanda te diga pouco mais do que Casablanca mas, como sucede com qualquer país lusófono, tem a vantagem da língua e do acesso a informação.

O Rio de Janeiro tem vantagens e desvantagens:

Vantagens, mais material disponível (literatura, cinema, etc.), mais pessoal para apoiar no projeto, como tu dizes.

Desvantagens, é muito menos exótico, vai haver muito mais gente a criticar porque te enganaste no detalhe X na página xx e no detalhe Y na página zz.

Uma das vantagens de Luanda é a de que a podes levar num de dois sentidos que correspondem a convenções do género: metrópole que mistura riqueza extrema com pobreza extrema (a LA de Blade Runner); ou então sítio atrás do sol posto onde nunca ninguém pensou ir (a Casablanca do filme omónimo).

Pessoalmente, como nasci lá, fiz lá a 3ª e 4ª classes, visitei em adulto, prefiro francamente Luanda ao Brasil. E, depois, é um sítio em que ninugém iria pensar, o que te dá a vantagem da novidade total (sobre o Brasil há material para vários jogos).

Outra vantagem de Luanda, há alguns escritores angolanos residentes no nosso país, como o Águalusa. Às tantas consegues interessar um deles em escrever para o projeto...

Quanto à minha visão... não existe, nunca tinha pensado no assunto, mas agora deixaste-me a pensar. Se puser alguma coisa interessante de pé mando-te por email.

Muito bem, vendido!

Então se não te importares com a colaboração forçada, breve te enviarei mail com alguns pontos que gostava de ver, assim poderás começar a por os pensamentos em ordem. :slight_smile:

Muito bom!





A jogar: D&D 4th Dark Sun
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Ok. Eu alinho no projeto também. Não sei se quero propriamente ser apenas o “Editor” pois é um trabalho exigente e muito reativo. Acho que me apetece também escrever alguma coisa de ficção ou algo parecido.

E sim, Luanda parece-me refrescante!

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Ludonautas Podcast - Viajando, sem nos

Epá, mas isso é excelente!

Venham coisas, venham! :smiley:

Vou tentar por amanhã um doc de jogo, com uma versão já jogável, e depois peço-vos comentários!

Obrigado!

Luanda, sim! Estou entusiasmado!





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