Ok, isto é bom porque ajuda toda a gente (inclusivé eu) a perceber para onde o jogo vai. Por partes:
1 - não sei; ainda não comecei a escrever o setting; tenho a parte mais gira, as mecânicas, e o setting virá depois. Mas posso garantir-te que terá a ver com clonagem, manipulação genética e que tais. De repente tens uma sociedade onde os muito ricos podem viver para sempre, os médicos aceitam cheques chorudos para continuar investigações, e aparecem empréstimos bancários para que os pobres possam aceder ao mesmo tipo de tecnologia, o que não é nada bem visto pelos ricos e etc etc etc. De repente é crime roubar os genes de um rico, porque pode ser clonado e usado como clone sexual (vê os exemplos da boneca sexual da Miley Cirus: uma empresa fez a boneca e ganhou milhões - claro que foi processada, mas ainda não sei os resultados disso). Isto a mim parece-me ao mesmo tempo moralmente questionável e legalmente punível. Talvez o use, talvez não.
2 - Já dei um exemplo disto na parte sobre os Traços; julgo que a minha divagação no ponto 1 pode levantar mais alguns véus, mas no próximo post no blog, onde darei uma lista de Traços, podes encontrar razões para tomar escolhas difíceis; aliás, acho mesmo que algures por aqui já tinha posto algo do género; vou acabar de te responder e já vou à procura.
3 - Porque é noir. Em noir os personagens são alienados, são corruptos, são ciumentos, são velhos polícias desgastados pela corrupção dos colegas, são femmes fatales que se aproveitam da inocência alheia. Não conheces o teu noir? 
Acho que fazes um pouco de confusão entre Memórias e Traços; Memória é a mecânica que leva o jogador a ligar-se mais à personagem, dando-nos uma olhadela ao seu passado, e sendo recompensado por isso (além de ser uma tentativa de ligar aos filmes noir dos anos 40, eles sim cheios de flashbacks); Traço é a mecânica que efectivamente leva o personagem a ser melhor sucedido nas coisas que lhe interessam verdadeiramente (e pelas quais se atraver a fazer apaixonadamente).
4 - Não; primeiro porque a Mecânica é desenvolvida no seu post apropriado, em vez de no post introdutório; segundo porque a grande orientadora das mudanças nos personagens é a mecânica dos Traços; onde vejo que falhei foi ao não incluir este pormaior nessa resposta.
5 - Eu também acho que o down*town tem regras simples (cada um rola um dado e quem tiver mais alto ganha?), o que estou a fazer é acrescentar complexidade à medida que vou escrevendo, e esta complexidade nem me parece assim tão, digamos, complexa (rerolas com um dado adicional se perderes e for importante para ti?).
Falho na apresentação de uma situação inicial, certo; mas, se digo noir, a imagem que te devia imediatamente vir à cabeça é um detective num escritório onde entra uma mulher de vermelho, e se digo futurista, então quando o detective olha pela janela, se calhar vê carros a voar, ou se calhar o computador é holográfico, ou se calhar a mulher é declaradamente um clone, se calhar o próprio detective tem um braço mecânico; principalmente depois de todos os exemplos que dei de inspirações, torna-se um pouco desanimador ler o teu tipo de comentários, e ainda por cima vindo de ti…
Apesar disso, este tipo de conversa torna a minha ideia do jogo mais sólida, ou pelo menos do setting, já que o sistema está todo cá. A novidade vai chegar com as Vantagens, que ainda não escrevi em lado nenhum, parece-me, e depois disso posso dedicar-me efectivamente a criar uma situação inicial e personagens iniciais, antes de passar a uma regra para criar personagens. Quero mesmo que isto esteja feito antes do encontro de rpg!

A jogar: D&D 4th Dark Sun
A escrever: down*town, tech-noir rpg