Encontro de Roleplayers: o Local

Bom, e quem está um bocado fora deste assunto do Encontro/Convenção talvez deva começar por ler a discussão anterior. Basicamente está-se a apontar, pelo menos aqui do meu lado, para um formato mais familiar e relativamente pouco ambicioso (apenas reunir uns tantos gajos no mesmo local e pô-los a jogar).

Quanto a um local para isto… não sei se vou apanhar muita gente de surpresa, mas eu até estava a pensar num local ao ar livre!

Acho que era relativamente fácil conseguirmos espaço na Devir para isto, mas há que dizer que o local não é muito cómodo. O grupo do Fernando não gosta de jogar lá (muito barulho dos jovens jogadores de cartas, a cave é abafada, os cheiros e odores da transpiração tornam-se incómodos rapidamente, etc.). Outra hipótese seria a MagicMeck em Cascais, que é um espaço novo e supostamente bem grande (pelo menos dizem que têm espaço para 300 jogadores!), mas ainda não tive oportunidade de dar uma espreitadela lá para ver as condições.

Anyway, a minha ideia até era ficarmos dependentes apenas de nós próprios, e ao mesmo tempo quebrar os estigmas dos jogadores como pessoas fechadas que nunca vêm a luz do sol e respiram ar puro. Porque não um espaço agradável ao ar livre? Desde que o tempo não interferisse com os jogos (i.e. as folhas de personagem não voassem com o vento), o espaço fosse agradável, tivesse acesso relativamente fácil, e houvessem mesas e cadeiras nos sentarmos, não vejo porque não! :slight_smile:

Eu no outro dia fui passear para o Parque dos Poetas com a minha miúda e aproveitei para ver lá as condições. Infelizmente não são grande coisa:

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As mesas são um pouco baixinhas e, pior, só dão para quatro pessoas ao mesmo tempo, o que não chega para um grupo normal de jogadores. Também são muito apertadas para os jogadores e os mestres de jogo mais dedicados pousarem a sua tralha toda ao mesmo tempo, eheh.

Alguém têm sítios alternativos que possam não estar a abarrotar de gente numa tarde de Verão, que tenham mesas e cadeiras, e que não sejam muito ventosos? Talvez o Estádio Nacional? O Parque Eduardo Sétimo (não me lembro é de ver mesas por lá)? O Parque das Nações (idem)? Se arranjarem fotos das ditas mesas e cadeiras, tanto melhor! :slight_smile:

Da minha experiência, a menos que seja o jardim da casa de alguém, é um pouco constrangedor jogar em espaço público, com gente a passar, a ver e ouvir. Além disso, é um ambiente que distrai bastante; numa bela tarde primaveril apetece estar de papo pro ar ou dar uma volta, jogar a uma mesa é estranho. É possível que funcione melhor se, como é neste caso, for um grupo grande.

Aqui no Porto, estou a pensar em sítios como o Palácio de Cristal ou o Parque da Cidade.

Curiosamente, já fui uma vez à Mek e posso dizer que, a um Domingo, é um local enorme a pedir para ser aproveitado. Falem com o dono, vejam se ele desliga a televisão de ecrã gigante e deve-se estar optimamente.

Gostava de saber como é que isso corre. Em princípio, não poderei participar.

—escrito por Lady Entropy logada por engano como Rick Danger—

Se o dono da MagicMek disponibilizar o espaço de baixo, é optimo… assim ninguem vai ali a n ser os meninos que vêm para o encontro,n há mirones a olher e a babar.

Claro que se for a um sábado ou domingo (o mais provavel) nem eu nem o Rick podemos ir, porque estamos atados a trabalhar na Arena Porto. Chuiff…

Bom, eu aqui tenho a dizer que sou o tipo mais tímido e envergonhado que conheço, e que não estou simplesmente a atirar isto para o ar. Há prós e contras, claro, mas pessoalmente, acho que me sinto melhor ao ar livre.

Dentro de uma loja “da especialidade” o mais certo é ganhares muitos mirones para o jogo. Pessoal que já sabe o que é RPG, pessoal que já ouviu falar, pessoal que está interessado na tua aventura/sistema. Resultado: não sei quantas pessoas a olhar atentamente para o teu jogo e a dar palpites sobre as coisas devem ser feitas; isso deixa-me bem mais desconfortável do que uns simples mirones que estão de passagem e que pensam que estamos a jogar um boardgame qualquer.

Ao ar livre, de certeza que não encontras dezenas de roleplayers experimentados. Terás com certeza alguns curiosos, mas aquilo é um local de passagem e ninguém fica ali mais do que um minuto ou dois antes de prosseguir o seu passeio. Por outro lado, não me parece que seja constrangedor estar numa mesa, rodeado de amigos, a gozar a vida numa boa tarde de Verão. Parece-me tão normal como fazer um piquenique ou jogar à bola! :slight_smile:

De resto, normalmente estas mesas & cadeiras estão em recantos dos parques. Não há muita gente que as vá ocupar (não sei, digo eu), portanto acredito que são sítios relativamente sossegados. Depois, como dizes, vamos ser um grupo jeitoso de pessoas, a ocupar várias mesas… acho que assim ninguém sentir vergonha só porque umas crianças e os seus pais passam por ali.

Bom, e como estão com certeza a deduzir desta minha proposição, o meu objectivo não era tanto mostrar alguns jogos novos a um monte de gajos que já sabem o que é um RPG e que são a clientela das lojas. Essa malta, se gostasse o suficiente dos jogos, provavelmente já os jogava sem precisar de um empurrãozinho psicológico nosso. Além disso, acho que podemos trazé-los ao Encontro à mesma simplesmente divulgando o evento pela Internet; se eles estiverem interessados, só têm de aparecer também. Assim separa-se logo o trigo do joio.

O que eu queria era mesmo ir aí para o ar livre e mostrar ao mundo que estamos cá, somos pessoas perfeitamente normais e sãs, e que gostamos de nos divertir; de certeza que iam aparecer dois ou três curiosos com as nossas histórias jogadas que são potenciais novos mestres/jogadores. No fundo, é parecido com um assunto que se discutiu aqui de passagem sobre criar um RPG para vender em todas as livrarias e não apenas em lojas da especialidade, algo que atraísse pessoas que não correspondem ao perfil do gamer típico, algo que desse novo fôlego ao hobby. :slight_smile:

Pois, isso é que já é outra história diferente. Não sei. Para mim é como estar numa esplanada, rodeado de amigos, a diferença é que não estamos a conversar, estamos a jogar. E a divertir-nos à brava. Em grupo. Pelo menos é esse o objectivo, eheh.

A mim a ideia atrai-me bastante. Isto vem-me de umas combinações que tentei fazer há uns anos e que consistiam em ir acampar com outros jogadores para um sítio qualquer porreiro e passar boa parte dos dias a jogar. Porque estes jogos, quando bem feitos, são algo que deve ser celebrado.

Acho que o nosso hobby está a precisar de um abanão; as pessoas estão a esquecer-se porque é que jogam, ou porque é que começaram a jogar. Os jogadores vai envelhecendo e vão desaparecendo, porque já não se divertem, ou pelo menos não se divertem tanto que isso seja motivo suficiente para tentar vencer a inércia e jogar mais jogos, mais vezes, jogar melhor (ou seja, de forma mais divertida). Falta de tempo, amigos, não é desculpa. Há pessoas com casadas, com crianças, com dois empregos, que arranjam tempo para jogar e mestrar; porquê? Porque se divertem à brava.

As pessoas que abandonam o hobby nunca se divertiram à brava, ou então não se divertem à brava há muito tempo. Se calhar não encontraram o jogo certo, ou o grupo certo.

O nosso evento seria uma espécie de celebração dos jogos. Não é para demonstrar novos jogos, novos sistemas, novas aproximações; isso é secundário, pelo menos para mim. Isto seria acima de tudo para demonstrarmos uns ao outros como jogar um RPG é algo de maravilhoso, e como há muitas formas de estrelar um ovo, algumas mais divertidas para algumas pessoas, outras mais divertidas para outras. Pode ser a diferença que vai fazer algumas pessoas ficar no hobbie e ajudar a espalhar o evangelho.

Um “movimento” destes precisa de um manifesto. Vamos acabar com os tipos que vêm jogar só para socializar; vamos acabar com os atrasos, faltas de comparência e desrespeito geral pelos colegas jogadores e mestres; vamos deixar-nos de jogos/sessões que são assim-assim ou suficientes; vamos deixar-nos de jogar só por jogar e deixar-nos de jogar só por hábito. O lema é “jogar de propósito”.

Portanto vamos deixar-nos de jogar apenas para criar/imitar/seguir histórias de ficção ou ser fiéis à realidade. Vamos é jogar para nos divertirmos à brava em todas as sessões e, na medida do possível, em todos os momentos de jogo. Inalcansável? Impossível? Utópico? Tretas, digo eu, é perfeitamente possível. Jogo todas as semanas com pessoas que atingem esses objectivos com a regularidade de um relógio suíço.

De modo que, para começar a rebentar com os estereótipos do que é um RPGs, de quem são as pessoas que os jogam, etc, nada melhor do que começar por uma mudança radical de cenário! :slight_smile:


“You can choose just who you are.”

Parece-me óptimo. Onde é que assino?

A eterna questão é apenas se o meu divertimento acaba onde o do outro começa, ou seja, há que agrupar quem se diverte com as mesmas coisas.

Quanto a jogar melhor, pouca gente conheço que jogue roleplay, de facto, como um hobbie, ou seja, como uma forma de entretenimento onde continuamente se investe esforço para tirar maior gozo.

Aliás, pouca gente conheço que tenha um hobbie, qualquer que seja. Nos dias de hoje, um hobbie não deixa de ser visto com o seu estigma de isolamento da sociedade. E quanto mais restrito for, pior.

É por isso que estas iniciativas chegam a ser essenciais. Tem que haver identificação e afirmação. Ou se joga ou não se joga. Como diz o Miagi do Karate Kid: “When walk on the road. Walk on the left side, safe. Walk on right side, safe. Walk middle? Sooner or later you get squashed, just like grape.” ^^

Jogar de propósito!

(como é que se diz isto em latim? ^^ )

Se acabas com o jogar para criar/imitar/seguir histórias de ficção ou ser fiéis à realidade acabas com o meu jogar para divertir!

Daí que [quote=“Rick Danger”]A eterna questão é apenas se o meu divertimento acaba onde o do outro começa, ou seja, há que agrupar quem se diverte com as mesmas coisas.[/quote]

Não é assim tão simples! :wink:


[B0rg]
We r all as one!!
We are The Borg. We are Eternal. We will return. Resistance is Futile…

If freedom is outlawed, only outlaws will have freedom!

[quote=Borg]Se acabas com o jogar para criar/imitar/seguir histórias de ficção ou ser fiéis à realidade acabas com o meu jogar para divertir![/quote]A palavra chave aqui é o apenas onde o ric diz “vamos deixar-nos de jogar apenas para”. Teoricamente, existe sempre um limite para o nível de realismo, um ponto a partir do qual deixa de ser divertido. Esse ponto pode estar é mais acima ou abaixo, de acordo com as pessoas.

Olá a todos!

Como alguns sabem eu sou um dos sócios do restaurante Rodízio das Massas aqui em Linda-a-Velha, no Centro Comercial Central Park, na Rotunda das Sereias mesmo a saída da A5.

Apesar dos seus defeitos o centro comercial possui uma enorme praça de alimentação coberta por vidros, o que mantém o ambiente agradável em qualquer época do ano. Além disso o local é enorme e possui algumas dezenas de conjuntos de mesas.

A Galeira todos os sábados e domingos promove eventos especiais na praça de alimentação. O meu restaurante por exemplo já conseguiu fechar o espaço para uma demonstração de Ju-Jitsu mas são comuns eventos com crianças, concertos de bandas e outras actividades.

Não creio que eu teria muitas dificuldades em fazer com que a administração do Centro Comercial aprovasse a utilização do espaço para que fizéssemos um evento durante um sábado ou um domingo. Até porque poderíamos contar com o auxílio da livraria Bulhosa que há no edifício e que poderia sempre fazer um trabalho de divulgação de livros de fantasia e de romance histórico.

Entretanto eu já havia dito antes que acho que estas coisas funcionam melhor se começarem por baixo, começando a marcar um pequeno encontro com mesas de jogo uma vez por mês para o pessoal chegar e jogar e conhecer...

Olá Eduardo! Só agora tive tempo para responder!

"Rodízio das Massas"? Isso é interessantíssimo... acho que só fui lá uma vez, tinha o restaurante aberto há uns dias/semanas e ainda trabalhava eu em Carnaxide, a uns 500 metros daí. Pareceu óptimo. Temos de combinar aí uma grande almoçarada/jantarada de roleplayers um dia destes! Se o preço dos pratos ainda é o que eu me lembro, ia ficar bem mais baratos do que alguns restaurantes que já frequentámos depois dos meetups em Lisboa, eheh.

Obrigado pelas ideias! Aquilo que tu chamas "começar por baixo" e "um pequeno encontro" é exactamente o que eu estou a sugerir organizar. Reunir entre uma dúzia (ou mais) de jogadores num espaço com várias mesas e pô-los a jogar uma variedade de jogos durante algumas horas. Mas a pergunta mantêm-se... aonde? Tem de ser um sítio com várias mesas, minimamente agradável e sossegado.

A verdade é que espaço em lojas de RPG não falta... na Devir acho que nem toda a gente se sente confortável, mas também já me falaram na Magic Meck em Cascais, que parece ter mais espaço e melhores condições. No entanto, se a gente evitasse estes locais óbvios e fossemos para um sítio com um ambiente mais descontraído parecia-me melhor.

Que óptimo que gostastes aqui do rodízio!!!! :-)

Bem... é como eu disse... eu falo a qualquer hora com o director do centro comercial e tenho a certeza de que ele vai aprovar o encontro... o centro tem um local óptimo com mesas que é aberto para o céu com uma enorme cobertura de vidro mas ao mesmo tempo tem todas as vantagens de um local fechado.

Pena que não acho o site do centro para colocar aqui... de qualquer maneira já sabes como é...

Se quiseres, ou outra pessoa, adicionar meu MSN, o endereço é [email protected]

 

 

Desculpem lá meter-me na conversa, até porque não sou um jogador de RPG mas tenho alguma curiosidade pelo assunto. Além do mais eu e o meu grupo de jogadores de tabuleiro temos o mesmo problema de espaço.

Seja como for, existe um sitio bastante descontraído para se jogar nas calmas. É a esplanada do Museu de Arte Antiga em Santos que está sempre às moscas e que é uma maravilha de sossegado. Tem vista para o rio Tejo o que lhe confere uma beleza difícil de superar. É uma grande esplanada e normalmente só duas ou três mesas é que estão ocupadas. Este milagre é possível porque para se puder ir para a esplanada tem de se pagar o bilhete do Museu (3 Euros), o que, como é fácil de ver, afasta muita gente. Quem lá vai são os funcionários e um ou outro visitante. Nesta época do ano tem o problema da chuva e do vento, mas se o dia estiver calmo é um óptimo sítio.

Por acaso anda a passar um anúncio na televisão, julgo que da Vodafone, que é filmado aí (um tipo que está numa piscina e outro que está numa esplanada com os portáteis ligados a falarem mal da vida e do trabalho que têm. O gajo que não está na piscina está no bar do Museu. Claro que no anúncio as mesas estão cheias.)

É uma questão de lá irem investigar e falar com a pessoa que está a cuidar daquilo para a possibilidade de lá irem jogar.


É verdade... eu já fiz uma série de trabalhos no sistema informático deste museu e conheço bem o local. É muito giro mas, infelizmente, para mim é um bocado frio nesta época que o calor começa a diminuir...

Na minha opinião esta discussão não vai levar a lado nenhum... acho que seria mais simples simplesmente marcar um joguinho, durante uma tarde, em algum lugar... pode ser aqui no shopping ou em outro lugar qualquer... mas acho que já se discutiu o que se baste.

Por exemplo podíamos marcar de se encontrar agora no segundo sábado de Novembro aqui no central park, pelas 14:00, e dividir os jogadores em mesas de acordo com os mestres. Eu me comprometo a mestrar um jogo de maneria que uma mesa já tem mestre...

Por mim é para vançar