Em 2023 joguei pela primeira vez cerca de 70 jogos.
Desses fiz uma selecção dos que me pareceram ter hipótese de figurar num top 10 e esse segue agora:
#10 :
Adquirido muito recentemente, agradou à pequenita e isso faz com que seja dos jogos que posso esperar jogar várias vezes no futuro.
#9:
Em boa verdade, já o tinha jogado antes no BGA. É um jogo de duelo bem interessante com um número muito considerável de combinações possíveis entre as várias facções para explorar. Já tem uma expansão que traz coisas interessantes também… Se calhar ainda vem parar à colecção.
#8:
Um divertido jogo de vazas com um twist muito inspirado sobre a gestão de mão…
#7:
Uma excelente abordagem ao tema e também uma excelente implementação da mecânica de movimento oculto.
#6:
A mecânica de escolha dos dados é muito interessante e o resto do jogo traz algumas decisões curiosas. Normalmente este tipo de jogo em que se tentam encadear acções dentro de acções e ir buscar pequenos bónus aqui e ali para sair do constrangimento de um número limitado de jogadas não me agrada muito, mas aqui até funciona bem e o jogo é curto o suficiente para que não se torne aborrecido.
#5:
Mais um que beneficia do interesse da minha filha.
É um cooperativo engraçado e leve que pode envolver toda a família e oferecer uma experiência “Legacy” sem necessitar de grande complexidade acrescida.
#4:
Foi só uma partida, mas deixou a ideia de estar perante algo original e interessante… Estou muito interessado em voltar a este título.
#3:
Um título na linha Undaunted que leva as coisas para outro patamar… A campanha promete muito, mesmo estando ainda no primeiro terço da mesma.
Procuro agora um novo companheiro de aventura para reiniciar tudo e levar até ao final desta vez.
#2:
Mais um que cai naquele espectro de jogos em que uma acção pode espoletar múltiplas pequenas sequências de micro-acções e bónus que, normalmente, me enfada rapidamente…
Aqui a coisa funciona razoavelmente bem e está ali no limite de poder ser “demasiado”, mas não me aconteceu ficar farto do jogo ao ver os outros a fazer turnos “intermináveis”, ou a fazê-los eu.
Estranho muito a relativa falta de “barulho” à volta deste jogo… Para o género, parece-me bem mais interessante que outros saídos na mesma altura.
#1:
E sim, o jogo que estreei em 2023 e que me parece o design mais interessante é de 1998.
Tem 25 anos este título do Martin Wallace e é ainda brilhante.
Tenho que o voltar a pôr na mesa e rapidamente.
Depois da partida que fizemos, fiquei a pensar no design durante algum tempo e cheguei à conclusão de que este título é, muito provavelmente, o grande antecessor dos Pax deste mundo.
Tal como na série de jogos Pax, neste título nós não estamos propriamente do lado de nenhuma das facções em conflito. Aquilo que nos interessa é ir influenciando as coisas para estarmos “credores” do lado certo quando chega o momento de ver qual dessas facções domina… É uma espécie de alegoria muito interessante sobre a relação entre o poder e a luta pelo poder, e aqueles que procuram lucrar com essa luta, ganhe quem ganhar…
Menções honrosas:
Não consegui terminar nenhuma partida e o jogo tem requerido um esforço considerável para solidificar as mecânicas na minha cabeça… Mas a partida inacabada e o estudo do jogo deixam antever um excelente jogo de guerra.
Talvez o jogo que joguei mais vezes e que sempre funcionou perfeitamente em qualquer grupo onde o apresentei.
Decepção do ano:
“Decepção” talvez não seja o termo mais correcto pois eu sei que há muitos Splotter que não ligam bem comigo.
Este é demasiado fiddly, com componentes de má qualidade e, francamente, o jogo em si não é muito interessante…
A parte mais difícil, o puzzle da fábrica, rapidamente perde o interesse. Para fazer puzzles, faço puzzles. Para fazer algo deste género, há ofertas bem melhores (muito mais interactivas) no mercado… Patchwork, por exemplo.
O resto, o controlo da ordem de turno, o roubar uma venda aqui ou ali e o ter ou não acesso a certas peças para o puzzle antes referido está giro, mas nada de extraordinário e, francamente, desnecessariamente opaco.
Mesmo jogando maioritariamente online, sem a chatice dos pedacinhos de cartão foleiros e o terror de que alguém espirre e acabe com o jogo, não cativa durante o tempo que demora (muito dele a rodar e ver onde encaixam as pecinhas) e, para mim ainda pior, não justifica o preço exorbitante que cobravam por ele.
Bem sei que não é uma opinião consensual e que muitos têm enorme dificuldade em olhar de forma tão crítica para um título desta editora, especialmente se pagaram pelo jogo, mas nem todos podemos valorizar o mesmo e eu não valorizo muito este. Não foi por falta de tentativas, mas as vezes que o joguei (6) chegaram. Não me vejo a voltar a este título…
Naturalmente que houve outros títulos significativos e de qualidade ao longo do ano. Mas um top 10 é sempre limitador e, em certa medida, injusto… Se fizesse o mesmo exercício num outro dia, é bem provável que o resultado final variasse bastante.
E vocês? O que jogaram pela primeira vez este ano e o que vos agradou mais?
