Eternal Winter

Este é o sítio onde vou por as minhas notas para um futuro setting para D&D 4; imagino algo como um soot-punk (à falta de melhor termo…) num mundo pós-apoclíptico numa idade de gelo; influências são o Dark Sun, pelo ambiente, o velho jogo de PC Transartica, e ainda o Fallout. Para os povos deste mundo, imagino-os como uma mistura saudável entre os povos Russos e Nórdicos (Finlandeses, Suecos, Islandeses, etc et al), com as armas mágicas a parecerem algo como uma mistura entre Aztecas e Sumérias. O que aconteceu antes disto ser uma salganhada valente, foi uma guerra brutal entre os dois maiores impérios, onde um dos heróis desses impérios sacou uma de Enola gay e rebentou com o outro exército, na esperança de acabar com uma guerra que estava lentamente a dar cabo de tudo. Infelizmente, os resultados foram piores que trágicos, daí resultando um inverno mágico que dura até hoje. As pessoas vivem em escombros, há lutas de gangs por domínio, há um grande comboio que une algumas coisas, há nómadas, e há “scavenging” às cidades antigas. As raças estão um pouco misturadas, mas ainda mantêm as mesmas distinções: elfos, humanos e anões de um lado, e goblinoides do outro; ainda não sei exactamente onde meter os dragon-born. :slight_smile:

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Ninguém se lembra exactamente dos tempos antes do Inverno Eterno, nem os anões de longa idade nas altas montanhas, nem os elfos imortais nas tundras geladas, muito menos os homens nas suas cidades lançando fuligem para a neve alva. Mas os Irmãos de Ferro ainda têm alguns registos, gastos, desses tempos. Eles sabem da guerra entre os Anti’iikusu e os Maxtla, e de como o herói Xiucozcatl se sacrificou para exterminar os perversos Anti’iikusu ao abrir o Olho de Citlatzin durante a batalha de Gemekaa, saltando do seu quah a dezenas de metros de altura para o meio do exército do general Ugurnaszir. A explosão resultante foi muito maior do que o esperado, e teve efeitos muito mais nefastos do que a simples exterminação de um povo. Por todos os planos se fez sentir o efeito. No nosso plano, o céu ficou coberto de uma espessa e assassina nuvem de poeira, cinza e fuligem, cobrindo tudo num raio de centenas e centenas de kilómetros, bloqueando a luz do Sol durante anos e afundando o planeta numa era glaciar que dura até hoje; nos Planos Exteriores o efeito também se fez sentir, à medida que os deuses morriam ou eram esquecidos, a magia mudava e tornava-se diferente, às vezes letal; várias espécies morreram por completo, enquanto outras se adaptavam às condições, e outras ainda imigraram, não se sabe de onde; demónios apareceram, os primeiros mortos-vivos e fantasmas assombravam os pobres sobreviventes. À fome e doença resultantes, juntaram-se os vários ataques destas criaturas das trevas e daí resultando um decréscimo de população por todo o lado.

A civilização que temos hoje, se assim podemos chamar aos restos daqueles que nos precederam, é uma mescla de pequenas vilas e cidades espalhadas pelos gelos. Sobrevivemos à custa de catar os restos nas orlas das ruínas de antigas cidades, indo apenas de dia para não importunar os seus verdadeiros habitantes, e vendendo depois os despojos nos mercados. Um grande comboio, o Anzhela, une algumas cidades, principalmente Volodymir e Bjargeyjar, distribuindo víveres, notícias, pessoas, animais e carga, mas é muitas vezes alvo de ataques pelas tribos nómadas de goblinoides do gelo.

Nas cidades humanas há um semblante de ordem, mas apenas porque é imposta pelos senhores feudais que se apropriaram delas, governando mais pela força e argúcia que por inteligência ou benevolência. Vários grupos dominam os escombros de Volodymir, resultando em constantes lutas pelo poder, pelo controlo do Anzhela e por influência aos escombros das velhas cidades.