Exploração de personagem ou narrativismo?

[quote=JMendes]A pergunta continua a ser para quê é que tu queres as escolhas dramáticas? Para ficar a conhecer melhor o personagem, ou para dizer algo de significativo sobre o assunto?

Pelo que percebi do teu post, tu ainda não decidiste bem qual é que te interessa mais. Ok, cool, tudo bem. Se calhar gostas das duas. Também é cool. Eu, pessoalmente, gosto dos três modos e ainda não decidi qual é que prefiro.[/quote]

Bem, eu sei exactamente o que me interessa mais. O meu maior problema continua a ser defeni-lo por palavras como deve ser. :slight_smile:
Continuo a achar que sou hardcore sim quase quase sempre. Não curto quase nada gam, para isso prefiro jogar um boardgame ou um jogo de pc! Ainda não consegui perceber o gozo do gam em rpg’s! Quanto a nar ainda estou meio trocado e não sei porquê!

Eu gosto das escolhas dramáticas mas definitivamente não é para dizer algo de significativo sobre o assunto. Quando faço uma escolha não quer dizer que essa seja a escolha que eu, jogador, tomasse se a situação se apresentasse a mim da mesma forma. A resposta vem sempre da personagem, embora, como é obvio, tem sempre grande parte de mim. Por outro lado eu não a faço para poder conhecer melhor o personagem. Eu gosto dessa situação porque me permite a mim jogador sentir o momento dramático na pele de outra pessoa, dessa forma protegido das consequências, mas ao mesmo tempo sentindo os efeitos de uma forma pessoal.
Talvez este texto confuso seja uma forma de dizer que as escolhas são uma forma de explorar o personagem ou talvez seja uma forma de dizer que alterno constantemente entre sim e narr nestas situações. Não sei. Nas situações menos dramáticas sou sempre sim, aí não tenho grandes dúvidas. Mas enfim… Ficou a tentativa.

Hoy, :slight_smile:

Er… non-sequitur. Isto não é um requisito.

Por outras palavras, gostas dessa situação porque te permite fazer um statement pessoal sobre o tema. Embora a posição que tu assumas com o teu personagem pudesse não ser a que tu assumirias pessoalmente se lá estivesses tu, foi, ainda assim, uma posição pessoal. Essa é a definição de statement.

Isto não tem grande significado por si só.

Se preferes as situações mais dramáticas às menos dramáticas, esta frase significa que és Nar mas gostas de continuidade e verosimilhança, como qualquer role-player.

Se preferes as situações menos dramáticas às mais dramáticas, então és primariamente Sim, embora gostes de um pouco de Nar de vez em quando.

Se preferes as situações mais dramáticas nalguns temas, mas em outros elas te incomodam um bocado mais, a nível pessoal, então és primariamente Nar, e alguns temas incomodam-te um bocado mais, a nível pessoal. Vive com isso. :slight_smile:

Se claramente preferes as situações dramáticas mas preferes que elas sejam pouquinhas e gostas de bastante filler pouco dramático, então és Nar, mas preferes um jogo mais light. (Ou talvez mais vanilla, não sei bem se se aplica aqui…)

Se ainda não decidiste se gostas mais das situações mais dramáticas ou das situações menos dramáticas, então, ainda não decidiste a tua preferência entre Sim e Nar, mas ao menos, agora, sabes porquê. :wink:

Para terminar, se ainda não conseguiste perceber o gozo do Gam em RPGs, joga Rune. Vais logo perceber. :wink: (Mesmo que não gostes do jogo, vais perceber o gozo que pode ter.)

Cheers,

J.

Exacto. Eu tento jogar narrativista mas a maior parte dos bangs n pegam, por comparação com os outros jogadores. Acho q isto é uma questão pessoal.

Isto varia com o tempo… Acho q um gajo n tende só pra uma preferência permanentemente. No meu caso, foi Sim durente mto tempo e virou Gam por causa do meu doutoramento (onde estamos sempre a tentar “ganhar” debates, avivou-me o gosto pró debate competitivo em RPGs!)

Acho particularmente dificil um gajo determinar as suas próprias preferências, em especial qdo flutuam no tempo… Vcs sentem isto?

JP

[quote=JMendes]Hoy, :slight_smile:

jpn wrote:
Quando faço uma escolha não quer dizer que essa seja a escolha que eu, jogador, tomasse se a situação se apresentasse a mim da mesma forma.
Er… non-sequitur. Isto não é um requisito.

[/quote]

Sim, mas isso foi o que eu disse. Deves ter lido o meu comentário ao contrário porque digo exactamente o mesmo que tu! :stuck_out_tongue:
Enfase minha!

Um pequeno pormenor, esses textos eram meus, B0rg, não do jpn! :stuck_out_tongue:

Acho q há pouca malta a assumir-se como Gam neste género de fóruns, talvez pq n quer ser conhecido como munchkin ou coisa assim.

Agora, eu gosto principalmente de Gam e n acho q seja parecido com um jogo de PC ou com um boardgame. Isso são jogos de estratégia com regras definidas, gestão de recursos etc. Em particular, são jogos q n permitem um grande desvio das regras estabelecidas.

Uma parte dos RPGs Gamist pode ser descrito assim, mas mesmo qdo têm em conta factores semelhantes aos jogos de PC (digamos o ShadowRun) têm um GM a criar um desafio bem maior. Um GM q trabalhe cuidadosamente num desafio bate, acho eu, qq jogo de computador aos pontos.

Por outro lado, um RPG Gamist permite aos jogadores inventarem respostas inovadoras “fora do sistema”, pq o GM humano as pode adjudicar. Um shoot-em-up de Trinity nunca iria permitir q nós convencessemos os ETs q somos uma casta superior da raça deles com uma combinação de debate, poderes Psi e demonstração de outros poderes…

Eu o q prefiro no modo de jogo Gamist não é o combate táctico. É mesmo o processo estratégico q vai do principio ao fim de uma “missão” (um desafio, criado pelo GM ou pelos jogadores) e q inclui reconhecer os objectivos e problemas, e identificar formas de os ultrapassar. Em ShadowRun, inclui reconhecimento e desactivação de sistemas de segurança, identificação e negociação com aliados, e de vez em quando um combate.

Nota q às vezes é dificil distinguir um grupo Gamist por causa da cena do role-play vs. roll-play. Num dos grupos com q jogo (Cthulhu), sempre evitámos o roll-play: n havia combates, as regras eram pouco usadas, o q interessava era a interpretação dos personagens, etc. Isto é Sim jogado em modo de imersão, certo?

Errado (acho). Pq o foco do jogo era, por um lado “resolver o mistério”, por outro “dar a volta” a um NPC particular. O GM tinha os NPCs com a sua vida própria e o q tinha piada era descobrir o q os fazia mexer e dar-lhes a volta com base nisso. Responder ao desafio, sem mtas regras nem palavras - podes quase chamar a isto “debate competitivo”.

Eu acho q isto é Gamist, mas n tem nada a ver com jogos de PC ou boardgames.

JP

Hhmmmmm, sim. tens razão nesses aspectos.
E embora sejam tudo coisas que eu aprecie, heck até gosto mesmo do combate táctico e de ter milhentas opções à minha disposição, etc, nunca são a minha prioridade.

Vejo os desafios no rpg não como o verdadeiro objectivo do rpg mas como apenas mais uma situação para a personagem viver. Conversas em que existe um objectivo de se conseguir alguma informação podem ser muito interessantes mas conversas em que esse objectivo não existe são-no de igual forma! :slight_smile:

[B0rg]

We r all as one!!
We are The Borg. We are Eternal. We will return. Resistance is Futile…

If freedom is outlawed, only outlaws will have freedom!

Hoy, :slight_smile:

Nope. Eu li bem. O que me pareceu foi que estavas a tentar usar essa frase para argumentar que não estavas a jogar Nar. Se não foi isso, ignora-me. :slight_smile:

<Heavy blushing!> :open_mouth:

E no entanto, faz-se luz. :slight_smile:

Also, JP, os teus comentários estão na mouche! Very cool! :slight_smile:

Cheers,

J.

Se substituíres nessa frase “rpg” por “simulacionismo”, concordo plenamente contigo - se eu jogar só pela imersão no personagem, claro q qq conversa serve pra explorá-lo.

JP

Sim, tens razão! :slight_smile:

Mas como tava a falar da minha opinião e gosto nos rpg’s tenho desculpa, ou não? :}


[B0rg]
We r all as one!!
We are The Borg. We are Eternal. We will return. Resistance is Futile…

If freedom is outlawed, only outlaws will have freedom!

Numa Partida de RPG o que me interessa é a fluidez do jogo, e o “filme” que eu vejo na minha imaginação, se para que o script seja “bonito” e que o meu personagem é heroi guerreiro, ele deve correr atacar 100 gajos armados até aos dentes, evidentemente de forma suicidária, (o que o EU real nada é SUICIDÁRIO) assim seja ele corre :slight_smile:

Se os Outros jogadores, jogarem de forma fluida, o que não quer dizer que tenham que abreviar as suas descrições, que tenham 1 ou 100 páginas de background, não me interessa muito…

AHHH! bons velhos tempos do AD&D donde havia ORDEM e CAOS e um jogador, conforme o seu tipo de jogo, podia mudar de slot!!..
E já sabíamos que um player Caótico podia nos bater a qualquer momento :)))

Resumindo, a maneira de jogar depende muita vez do estado de espírito do grupo, por vezes o filme é rebuscado outras vezes mais bate neles…

Pessoalmente ao principio só jogava personagens que tinham a ver comigo, depois o desfio foi colocar-me na pele de outros que podiam ser o extremo oposto do meu EU!

e isso é que é bonito no RPG ensina a tolerância, agilidade de espírito e enriquecimento da imaginação…

HEUUU! kê isso não tem nada aver com este tema !!!
mas eu nem sequer li o tema, demasiado complicado e extenso para mim ! :))

Ab Imo Pectore

U L I S S E S
~~~~~~~~~~~~~