Feliz Ano Novo

É fim de ano e por isso nada melhor do que fazer um breve balanço sobre os meus primeiros 365 dias de jogador.

Dou a conhecer, a todos os que aqui vêm, que fiz o meu primeiro jogo pós Risco no dia 1 de Janeiro deste ano. Tinha conhecido, na passagem de ano, o mestre de todas as coisas, Zorg e também o David, pelo que a conversa andou sempre à volta dos jogos de tabuleiro. Claro que levantei logo as orelhas e recordei o tempo do Risco que, aliás, já mereceu aqui o devido destaque.

Por sorte o David tinha recebido como prenda o Vinci e combinámos logo uma jogatana na minha casa quando chegássemos. Apesar do jogo nem ser dos mais originais, conseguiu despertar uma atracção, não só em mim, mas também no camarada Shaim que, no mesmo dia, também se iniciou nesta arte de lançar os dados.

Apesar dos sobressaltos, e da febre inicial, passei muitos meses sem tocar na chincha. Ultimamente a febre voltou e com o Blog a importância do hobby aumentou e já prometi a mim mesmo que, para além de deixar de fumar e aprender a conduzir, também irei tentar organizar alguns encontros para o pessoal se conhecer e jogar. Tenho lá em casa o Struggle of Empires por estrear, cheio de pó, e não consigo jogá-lo, isto apesar de saber as regras da frente para trás e de trás para a frente.

Apesar de tudo, foram para aí dez os jogos que joguei neste primeiro ano e por isso vou colocá-los numa ordem de importância.

Assim:

10 – Lost Cities
Não joguei com as regras certas. Mas é um bom passatempo. Não é um desafio por ali além, mas serve, essencialmente, para passar o tempo enquanto se espera por alguém. Só tem alguma piada se houver alguma aposta envolvida, género para decidir quem vai comprar as pizzas ou quem vai lavar a loiça. De outra forma é aborrecido.

09 – Colossal Arena
A minha grande vitória. Nunca perdi um jogo de Colossal Arena. É um jogo bem giro, desafiante e onde todos podem participar. Mas também não é mais do que isso, um jogo giro.

08 – Vinci
Foi o primeiro a ser testado pós Risco. Não usa o sistema de dados pelo que a sorte envolvida é quase nula. As várias combinações de tiles de civilização fazem com que seja um desafio motivador, até porque durante uma partida são muitas as variações que o jogador sofre em consequências das civilizações que lhe passam pelas mãos. Perde em termos de comparação com outros jogos de civilização/guerra.

07 – Meuter
É um jogo de cartas bem simples e bastante divertido. Muito bluff envolvido e a fazer pensar um bocado nas cartas que se deitam fora e nas cartas que ficam. Tem um tema envolvente e, apesar de ser um jogo de cartas, parece mesmo que um gajo é capitão de Nau.

06 – Tigris e Euphrates
Devo confessar que gostei muito do jogo ao princípio. Reconheço-lhe as qualidades e a originalidade, mas, apesar de ser um desafio interessante, tenho vindo a perder, aos poucos, a vontade do voltar a jogar. É como o Xadrez. É um jogo muito cativante, desafiador, mas para mim tende a ser chato. Isso, se calhar, porque o gabarolas do Zorg ganha sempre e depois passa uma hora e meia a vangloriar-se do feito.

05 – Lowenherz
Apesar de não ter atinado com o sistema, isto porque em jogos que envolvam interacção entre os jogadores tendo a ficar sempre em último, gostei muito da ideia. É agradável ao olhar e tem muito conflito. Estou ansioso por voltar a jogar.

04 – Catan
Não há nada a dizer do Catan. Mesmo sendo um jogo simples, é o Catan. É um clássico e toda a gente gosta dele. Gostava de experimentar o Cities and Knights mas, o pessoal que joga comigo, já fez pelo menos, cada um, 20000 jogos de Catan, pelo que, compreensivelmente, já não suportam perguntar quem tem madeira para trocar por lã.

03 – Mare Nostrum
Ora aí está um jogo como deve de ser. Porrada da grossa e um aspecto gráfico todo catita. Acção a rodos e variedade de civilizações que fazem que cada jogador se sinta na pele dum conquistador. Pelo que já li, a expansão ainda deve ser mais motivante, uma vez que junta aspectos da mitologia de cada civilização envolvida. O Zorg já mandou vir a expansão, pelo que toda a gente espera ansiosamente pela oportunidade de guerrear.

02 – Formula Dé
Jogo muito visual e muito envolvente. 35000 contas de cabeça e muitas travagens bruscas. Para quem gosta de F1, este jogo nunca vai ser deixado de parte. Tem a particularidade de ser um bom angariador de reforços para o Hobby dos jogadores de tabuleiro.

01 – Wallenstein
Jogo de guerra como devem ser os jogos de guerra. Muitas coisas em que pensar. Essencial saber atacar com juízo e saber o que se anda a fazer. Uma das vantagens é que é extremamente simples de aprender, mas muito difícil de dominar.

Aproveito a oportunidade para desejar Feliz Natal e Feliz Ano Novo aos frequentadores deste blog e que tenham muitos jogos no sapatinho. Eu já lá tenho os meus. Goa e Blue Moon.

Goa... Excelente escolha :) É daqueles jogos em que tens que estar sempre a fazer contas e a programar tudo, por isso talvez farte ao fim de um bocado (estilo Tigris e Euphrates). Mas é muito fixe porque tu programas todas as próximas jogadas que te vão garantir a vitória, mas depois na fase dos leilões precisas *daquela* peça e ou ganhas ou vai-se a estratégia... Muito tenso, e muito interessante :)

JP