O que será que podemos esperar dos RPGs no futuro?
Será que vamos continuar as nossas sessões sentados a uma mesa com folhas de personagem à frente? Ou será que vamos passar a ter mass meetings através das webcams, ou até um live roleplaying onde podemos estar no trabalho enquanto descrevemos uma carga sobre uma party de orcs através do telefone e fica tda a gente a olhar para nós com ar de poucos amigos?
É assim tão importante ver as pessoas com quem estamos a jogar, as expressões faciais, a indecisão e até a hesitação?
[quote=xin3s]Será que vamos continuar as nossas sessões sentados a uma mesa com folhas de personagem à frente?[/quote]Sim, é um reduto que resiste ao choque tecnológico :) Os RPGs podem inspirar muita coisa, incluindo filmes sobre vampiros e jogos online com milhões de utlizadores, mas o RPG tradicional tabletop está aqui para durar e o formato vai-se manter o mesmo - pois é justamente no convívio entre pessoas de carne e osso que esta actividade acrescenta valor e que consegue competir com ir ao cinema ou jogar playstation.
[quote]O que será que podemos esperar dos RPGs no futuro?[/quote]A minha aposta - o que não é necessariamente aquilo que desejo - é que os RPGs vão-se fundir cada vez mais com os jogos de miniaturas/cartas e com os boardgames. Acho que as empresas já perceberam que as pessoas precisam de um suporte material/visual para valorizarem um produto e que ler livros do tamanho de páginas amarelas está a ficar fora de moda.
Uma próxima edição de Dungeons & Dragons vai ser anunciada como um jogo de miniaturas com evolução de personagem e roleplay opcionais, indo ao encontro do que a grande maioria dos clientes já faz com o produto. Este "regresso ao passado" vai permitir um certo crescimento do hobbie e o início de um novo ciclo, mas já nada será como dantes.
Em termos de entretenimento, houve um avanço explosivo e as pessoas agora têem milhões de opções entre as quais escolher. O RPG tabletop será um grão de areia na praia. No entanto, há uma coisa na qual este hobbie sobresai: juntar amigos para contar uma história - e isso nenhum Blue-Ray ou miniatura de plástico consegue fazer. Isso será o futuro do roleplay.
Por acaso tem graça falares nisso. Apesar de uma situação diferente já há muito tempo que existe RPG no mIRC, eu inclusivé ja joguei alguns frisando principalmente o D&D e Starwars D20. Em ambos os casos gostei muito de o jogar e apesar de por ser escrito a coisa levar muito mais tempo, até por ordens de posting e tal, tras algumas vantagens. Tais como, atravez de um post detalhado consegues dar uma outra imagem do que estas a fazer, encaras o roleplay de uma maneira muito mais seria do que na mesa com amigos (nao que normalmente nao se faça quando o é preciso, mas estou a falar a um nivel completamente diferente) e por fim pode-se fazer free form roleplay sem DM, ou seja, nao ha DMmas a party se nao estiver numa situação de combate pode-se por apenas 2 ou 3 personagens a falar e interagir numa determinado espaço sem que precise da presenca do DM, apenas se informa o DM de possiveis coisas relevantes como, o character X agora ama ou odeia o character Y. Enfim muita coisa pode acontecer.
Apesar de isto tudo claro que jogar numa mesa é insubstituivel, nao ha nada como estar a mesa com amigos a jogar e a rolar dados, sejam eles para bater em alguem ou para convencar alguem do que se diz é verdade.
Com isto tudo quero apenas dizer que aquilo de que falas nao é impossivel mas que qualquer forma de jogo, seja ela velha ou nova, vai ter os seus lados bons e maus.
Suponho que os RPGs vão continuar muito como são; dados, folhas de papel fotocopiadas das fotocópias das fotocópias da folha de personagem que está na última página do livro de regras, e muita, mas muita atenção a ouvir a voz e os detalhes que o Mestre de Jogo nos transmite.
Aquilo de que falas, das webcams e contacto por voz já existe um pouco hoje, são inclusivé ferramentas que já pensámos utilizar no grupo onde jogo, para colmatar distâncias e dificuldades na mobilidade. Existe software para tal e algum outro que pode ser adaptado.
Mas de algum modo, não sabe ao mesmo. É algo opcional, parece-me. Jogar assim, acho, é como estar no PC ou na PS2 ou algo semelhante: acho que, como perguntas, a piada está no contacto, nas expressões, interacções, ambiente, pacing (se calhar por isso é que os pbem não me encheram as medidas). É como comparar ler uma peça ou vê-la representada. Acho que as pessoas gostam e até aproveitam toda essa interacção.
Claro que, como diz o Rick, vão continuar a surgir novas opções e integrações de vários tipos de sistema, sejam cartas, cardgames, ou boardgames. Já existem vários roleplays que os utilizam, como o Deadlands, por exemplo. Mas por ora vão sendo variantes ao tradicional e mainstream, e não me parece que venha a ser esse o novo caminho, mas apenas um desvio opcional. A menos que alguém invente algo realmente revolucionário, claro.
Tenho exactamente a mesma impressão. Jogos de tabuleiro como o Arkham Horror e o Descent - em que os jogadores têm personagens que descobrem pistas, têm caracteristicas etc - podiam evoluir para RPGs com um suporte de miniaturas e podem dar uma ideia do futuro, nem que seja pela forma simplificada das regras e os inúmeros apoios aos jogadores: cartas de feitíços em vez de listas de feitíços
