Imaginemos, hipoteticamente, que eu tenho um grupo dos meus melhores jogadores e que tento ter uma ideia da sua orientação G/N/S.
Imaginemos que eu suspeito com bastante convicção que eles são, essencialmente, Narrativistas, mas com uma formação Gamist acentuada. Isto porque dar-me-á a ideia que, mais do que tentar fazer sentido com o personagem (o que seria Sim), eles jogam para aquele momento X ou Y em que podem revelar W ou Z acerca da sua personagem. A história e os seus intervenientes servem apenas o propósito de fazer acontecer algo significativo na sessão.
Agora imaginemos que a tal tendência Gamist se traduz, obviamente não em munckinismo, mas na ideia de que esses momentos têem de ser “ganhos” ao mestre-jogo ou, por outro lado, são “perdidos” porque foi o mestre-jogo que fez acontecer as situações que ele pretendia.
Poderemos então imaginar também que é um narrativismo bastante frustrado, não só por esta relação desigual no controlo da história, mas também porque os jogadores não dão a entender directamente o que pretendem que aconteça. Imaginemos que haverá assim uma espécie de dito pelo não dito e haverá a ideia peregrina que o mestre-jogo, se for simpático, deixa os jogadores “ganhar”.
Agora imaginemos, já estão a advinhar, que o mestre-jogo é Sim e não faz a mínima ideia do que é que se está a passar.
Já imaginaram?
Eu não preciso de imaginar, porque para mim a situação é real. Não sei se sou mesmo Sim, mas é pena ver tanto potencial Nar desperdiçado por os jogadores não assumirem a sua responsabilidade na sessão.
Sugestões?