<p class="MsoNormal">Actualizando a minha apresentação, neste Verão encontro-me a mestrar, para além da campanha "The Seasons Five" para L5R, a nocturna crónica "House of Cards" para Requiem, uma aventura para Star Wars entitulada "Rise of Mandalor" e uma tentativa de PTA, o famoso "Ars Magna". Para muita pena minha, não voltei a jogar Call of Cthulhu e acho que vou ficar só como GM durante uns tempos.<br /> </p> <p class="MsoNormal">Tinha ficado de dar uma breve biografia da minha persona jogadora, o meu curriculum gamer.<br /> Tudo começou, há muito tempo atrás, quando recebi de prenda um ZX Spectrum...<br /> Ok, vamos passar um bocado à frente, depois do vício dos joguinhos e de me ensinar a jogar xadrez, fui ter ao famoso Magic: the Gathering. Isto é importante, não necessariamente pelo jogo em si, mas por descobrir muitos outros cromos como eu que gostam destas coisas. </p> <p class="MsoNormal">Além disso, havia ainda muitas coisas a passar-se à volta das cartinhas, nomeadamente gente estranha reunida à volta de uma mesa a olhar para folhas cabalísticas e a atirar dados com demasiados lados.</p><p class="MsoNormal">Descobri o que era D&D e não gostei. Tempos depois, descobri o que era Vampire e aí parou tudo. Fui ver à net, li tudo o que pude, falei com pessoal que jogava, assisti a mooontes de sessões...</p><p class="MsoNormal"> Sim, devo ser das poucas pessoas que gosta de assistir a sessões. Mesmo quando os GMs ou os jogadores são menos bons, há para mim um fascínio esquisito em ver-se aquela dinãmica a passar para trás e para a frente ao longo da mesa. Como estava a dizer...</p><p class="MsoNormal">Podes controlar uma personagem. E jogar pelos "maauus" :) Foi assim que Vampire me chamou a atenção e foi assim que convenci alguns amigos e o meu irmão a juntarmo-nos todos, reunir dinheiro, comprar o livro a dividir pelo grupo e lê-lo cada um à vez. Pela minha iniciativa, fiquei o auto-denominado mestre-jogo e, sim, foi essa a minha primeira experiência com RPGs, não como jogador.</p><p class="MsoNormal">Lembro-me da minha sôfrega leitura do meu primeiro corebook e recordo-me como compreendo esse pessoal que por aí anda a jogar o mesmo D&D desde há vinte anos ou mais. Aquela visão formatada pelo primeiro jogo que nos ensinou o que era roleplay. Felizmente, fiquei a pensar naquela coisa da golden rule, acompanhava sessões com um bom mestre-jogo (olá João Luís!) e consegui começar cedo a contestar o que o livro diz. Não quer dizer que o fizesse bem, mas lembro-me de ter, logo à partida, banido alguns merits ou flaws que achava que não ficavam bem no jogo.</p><p class="MsoNormal">Também tive a sorte de ver mais jogos a passar-se. Finalmente consegui jogar não só Vampire, como também experimentar Warhammer, Legends of the Five Rings, etc. A partir daí, acho que rolei dados em tudo o que havia da White Wolf, desde Wraith até Mummy.</p><p class="MsoNormal">O meu segundo jogo preferido foi Mage: the Ascension. Este vi na net, encomendei, li e introduzi-o a bastante pessoal, com uma campanha bem grande que viu muitas personagens. Foi aquele jogo no qual sempre me iludiu o seu verdadeiro potencial, quando não era tão complicado assim, podiam muito bem tê-lo feito mais fácil de perceber.</p><p class="MsoNormal">Mais ou menos nesta altura em que também estava a ficar um bocado frustrado com o sistema Storyteller, nada me chamava a atenção em Call of Cthulhu ou Kult, mas quando achei Unknown Armies, descobri que havia muitas maneiras interessantes de lançar dados. Fiquei um adepto do "less is more".</p><p class="MsoNormal">Entretanto, sei lá, ... Paranoia, Elric, Pendragon, In Nomine, D&D, Witchcraft, muita coisa.</p><p class="MsoNormal">A reconciliar-me com a White Wolf apareceu Exalted, o jogo que me ensinou, na prática, a dizer "sim" aos jogadores. Depois do fascínio mais gritty por jogos de terror, estava mesmo a precisar de saber o que é fazê-lo épico, abanar os pilares da criação e coisas assim. </p><p class="MsoNormal">No meio disto tudo, fiquei com aquela fama de bom mestre-jogo, o que estreita um bocado as minhas hipóteses de jogar de vez em quando.</p><p class="MsoNormal">Seguindo com as minhas experiências, tenho seguido com um período criativo de tentar fazer settings, fazer histórias, fazer regras, mas, sem playtesting, não têem evoluído muito. </p><p class="MsoNormal">No mínimo, faço sempre as minhas adaptações aos jogos que agora vou mestrando. Já me identifiquei como narrativista, por isso, tenho um bocado a tendência para puxar para esse lado. Gosto de regras com um sistema de resolução rápido - a única coisa que não perdoo a L5R - e que tenham o máximo a ver com o ambiente de jogo. Gosto de esquemas que permitam a contribuição dos jogadores na história, que haja co-responsabilidade em construir uma boa sessão. </p><p class="MsoNormal">Gostava de ter mais contactos com jogadores de gostos diferentes e com pessoal que tenha vontade de mestrar. Gostava que mais gente soubesse que há vida depois de d20. </p><p class="MsoNormal">E pronto, aqui estou eu.</p><p class="MsoNormal">"Good to be a gamer."</p>
Os teus primórdios de RPGs foram exactamente iguais aos meus, até ao ponto de Vampire. Iguais aos meus e aos de muita gente, concerteza. Também eu comecei pelo ZX Spectrum, consolas, passei para Magic, tentei D&D com colegas, e convenci uns amigos meus a jogar Vampire: the Masquerade. Fizémos tal como tu, comprámos a meias o livro e durante uns meses esteve a saltar de mão em mão (foi aí que démos um novo sentido á frase "Cuidado com os bicos!!!" - do livro é claro). Passados alguns tempos, alguns deles desistiram de jogar (não era bem o que eles queriam, não se sentiam muito à vontade) e eu comprei a parte deles. Agora o livro é meu ;)
Vi mais algumas coisas mas nunca fui mais além. Vampire foi sempre aquilo que monopolizou tudo, por ter um mundo tão completo e detalhado. Agora sinto que quero algo mais e estou em progressão. Quero por o pessoal a jogar PtA, a ver se mudo algumas maneiras de jogar.
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Light allows us to see, Darkness forces us to create...