Tenho três balanços de sessões para fazer. Já sei que não consigo meter tudo num post, portanto vamos por partes. Vai ser tipo uma tragédia em três actos!
Domingo, 10 de Abril, foi dia da segunda sessão de Vampire: The Masquerade, com o nosso António “Plasmas” a servir de cangalheiro. A primeira sessão tinha sido muito porreira, com bom ritmo e óptima dinâmica entre personagens. No entanto, desta vez foi-me díficil manter-me interessado pelo que se estava a passar à volta da mesa. Como até tinha algo para me ocupar as mãos - uns livros de RPG de 2300AD que eu queria encadernar antes de emprestar ao Jota - nem sequer fiz um grande esforço para tentar mudar a situação. Oh, well…
A sessão começou connosco a receber de imediato uma missão de um vampiro Elder que ninguém conhecia e pronto… foi uma sessão quase inteira de trabalho de detective (ou melhor, de ladrão, porque as pistas encontravam-se quase todas em sítios onde era preciso invadir propriedade privada para chegar). Eu gosto de resolver mistérios, trabalhar para juntar peças do puzzle e resolver o problema com um raciocínio rápido, mas detesto trabalhar para reunir as pistas!
Pareceu-me quase um regresso a outros tempos, em que comecei a jogar Cthulhu com um dos meus grandes professores… que corria as aventuras by the book sem dar aos jogadores uma ajuda que fosse! A única coisa que ele não fazia era matar-nos; de resto, se a gente falhasse a pista importante, ou deixasse de fazer o raciocínio certo, não era ele (nem nenhum dos NPCs) que nos ia dar a solução de mão beijada. Resultado, ao fim de várias horas de jogo saía dali toda a gente frustada: os jogadores porque não descobriram nada (nada mesmo!) do que raios se passava, e o GM porque era mais uma aventura potencialmente espectacular que ia para o lixo porque os jogadores aparentemente não tinham jeito para fazer stake-outs ou coragem para fazer um break-and-entry decente na casa do suspeito principal (já para não falar de talento para o fazerem sem serem apanhados!). Felizmente que essa fase não durou muito, e GM e Jogadores seguiram em frente para vôos muito mais altos, longe dos cenários pré-planeados dos livros e dos cenários de pura investigação.
A mim em particular aborrecia-me bastante que os meus personagens criados para serem escritores pacatos se vissem obrigado a fazer stake-outs e invasões de propriedade só porque era isso ou ficar a olhar para o tecto a noite toda, eheh. Devo ter ficado traumatizado com isso, porque desta vez senti o mesmo… só que era com um vampiro Toreador e não com um escritor de livros de terror, eheh.
Enfim… passei a sessão toda mais ou menos quieto no meu canto, a observar de fora enquanto este ou aquele personagem mais aventureiro tentavam invadir casas, escritórios e fábricas. Só já no final é que tivémos um combate com o Big Boss de fim-de-nível e ao menos aí já gostei de fazer alguma coisa e rolar uns dados.
Bom, vamos ver se a próxima sessão (que é daqui a três ou quatro semanas, penso eu) corre melhor. Se calhar devia fazer um personagem novo (estou a jogar um que o António criou assim à pressão), com algo para fazer, um objectivo qualquer para alcançar. E, claro, devia chatear o António para pôr uns mais un quantos NPCs no terreno… neste momento temos alguns manda-chuvas e as suas legiões de servos e criados. Ninguém, excepto os personagens dos outros jogadores, com quem me pareça agradável socializar. Acho que isto precisa de um toque mais pessoal!