Immersionism, Accepted Wisdom and Internal Conflict

Bom, e aqui está já um sério candidato ao meu post favorito de Fevereiro na blogosfera do roleplay:

Immersionism, Accepted Wisdom and Internal Conflict - (...) Obviously the idea of deep immersion holds great appeal for many players. I can't deny that. But I don't accept that it's the be-all-and-end-all of roleplaying either. I think getting into my character's skin is fun at times, but if I am constantly experiencing my character's life during play, I can't simultaneously appreciate his story.

In other words, I'm suggesting that I can't 'be' my character and think of him as a character in a story at the same time. And generally, I'd rather think of my character as a character in a story most of the time. That allows me to place him in situations that would be terrifying or traumatizing for him, but entertaining for me: I will unhesitatingly put him into the sort of blood and guts conflicts that characters in stories get embroiled in, and real people try like hell to avoid. It also allows me to place him and his actions in relation to the other players (including the GM) and their characters. When I keep an idea of him as a character rather than a person, then I retain the awareness necessary to use him to set up something interesting for a fellow player's character. (...) [Fonte: Well of Urd]

Da minha parte leva já 20 valores!

Mas isto agora é todos os dias? Aqui está outro candidato:

2006-02-03: Playing with People - (..) Games we often play remove us from ourselves and each other, but it's just psychological sleight of hand. The only real difference between designing games to bring us closer, or not, is taking away the blinders that keep us from seeing what is there all the time. Emily, 2006-02-03. [Fonte: Fair Game]

Essa é sem dúvida uma grande lição para muita gente, não se deve ser 1337 demais ao ponto de ser chato e estragar a história, pq no fundo é uma história que se está a fazer. Todos têm de contribuir, mesmo que signifique sacrificar as PCs tão queridas. Pode-se fazer uma boa imersão na história desde que haja uma boa entrega à história em causa.


Light allows us to see, Darkness forces us to create...

Gah!

Em relação ao post original, não tenho nada a comentar. Isso é uma questão altamente pessoal. O gajo apenas está a dizer as suas próprias preferências e não há nada que se possa discutir nisso, apenas um "concordo" (significando "tenho as mesmas preferências") ou "não concordo" (significando "tenho preferências diferentes").

Agora quando pegam nisso, como tu fazes The_Watcher para avançar para dizer que existe uma forma superior de fazer as coisas, há algo de muito errado nisso. Mais ou menos imersão não passa de uma questão de gosto. Há quem só goste de 100% de imersão e nada menos e há quem não precise de imersão nenhuma. Ambas as opções são válidas, e tão válidas como qualquer outra.

Não existe aqui lição nenhuma para ninguém, não existe um "ser 1337 demais". Existe apenas divertir ou não divertir e se aqueles com quem jogas não têm as mesmas preferências que tu então isso não é um problema do outro ser chato e estragar a história ou de não saber jogar ou de ser 1337 demais mas sim um simples problema de gostos diferentes. Não há gostos errados, não ha wrong bad fun. Apenas gostos incompativeis.

No fundo não é uma história que se está a fazer. Não partas desse principio porque está completamente errado. Pode ser. PODE. Não quer dizer que seja. Pode ser outra coisa qualquer e isso não o torna errado ou estúpido ou chato ou mal jogado ou menos divertido. Apenas significa que algumas pessoas vão gostar mais e outras menos.

Voltando ao post original, não, realmente a imersão profunda ou constante não é de todo o "be-all-end-all" do roleplaying MAS também a apreciação da história do personagem de um ponto externo não o é de todo. São ambos apenas e só gostos.

 

 

Anyway, não sei se repararam mas em lado nenhum fiz refereência às minhas preferências neste post e isso é propositado. Não tentem tirar ilações delas com base no que escrevi aqui porque vão ser ilações erradas! Em parte as minhas preferências encaixam-se com a opinião do primeiro post, em parte não, mas entro sempre nestas discuções de "este gosto é melhor que aquele" de um ponto de vista de que os gostos são irrelevantes para isto. São gostos, nada mais. Vou mandar vir tão facilmente com uma opinião que diga que os meus gostos são melhores do que uma que diga que os gostos opostos aos meus são melhores. Sempre o fiz!

Pronto, tá bem, não batas mais!
Lembram-se do ditado "demasiado de uma coisa boa enjoa", é essa a minha opinião. Acho que se se levar as coisas tão seriamente estraga-se a diversão. Deve ser preciso ser-se muito resistente para estar várias horas a agir, pensar e falar como outra pessoa, por mais fiel q isso seja para o jogo/história. De certeza que há gente que consegue, e que é só assim que se consegue divertir. Acaba por cair nas preferências e capacidades de cada um, e do grupo onde se está inserido. Já tive jogadores que queriam tanta imersão que me roubavam a atenção por horas, e isso ressentia-se nos outros jogadores. Tiveram de desistir da maneira de jogar ao ver o ambiente que se estava a formar. Agora se ninguem se queixasse e todos quisessem fazer o mesmo, concerteza que era isso que lhes daria, e faria o melhor que pudesse.

Jogar RPG é sempre fazer uma história, quer se esteja a altera-la directamente ou apenas a acompanhar os acontecimentos. Sem história é apenas estar a jogar um jogo de miniaturas com elementos de RPG (evolução com experiencia, mais skills, etc.). Pode-se jogar sem historia mas perde a piada toda pois não há um elemento que faça as personagens avançar. Tu não avanças para uma masmorra matando criaturas indiscriminadamente sem teres alguma motivação por trás, ou algum objectivo maior pela frente. Pode ser divertido, mas não deve ser tão gratificante como saber que se está á procura do item xpto que vai salvar o reino Y do vilão Z. RPG toda a gente sabe o que significa, e sem história não há role para alguem jogar.

Sim, tenho uma opinião muito "biased" mas sei que não sou o unico. Este é o meu gosto e se alguém tem algo contraditorio a dizer que escreva para se poder debater o assunto.



Light allows us to see, Darkness forces us to create...

 

So para esclarecer:

Todas os gostos de demonstras no texto como sendo teus, eu partilho deles.

O meu post anterior e, no geral, a maioria dos meus posts deste tipo, vêm de quando se fala em algo ou se dá a entender algo como sendo mais do que um gosto.

Pegando neste teu post: eu concordo que imersão a 100% não deve ter muita piada nem sequer fácil de fazer, especialmente se nem todos os jogadores estiverem dedicados a isso e se o GM não o souber controlar. Mas não acho q seja mau per se.

Da mesma forma que não acho que um rpg sem história da forma que estás a utilizar o termo, seja inerentemente sem piada. Certamente não vai ter piada nenhuma para mim, o que não quer dizer que não existam pessoas que gostem assim. Alias, a tua descrição faz-me lembrar de alguns jogos de D20 que conheço ou que já ouvi falar. Nop, ninguém aqui do fórum! :P Obviamente que não de forma absoluta mas aproximada o suficiente para me ter feito lembrar isso.

 

Mas básicamente, não estava a tentar criticar os teus gostos. Só os deita abaixo dos outros gostos diferentes.

 

Fica bem 

 

[quote=Well of Urd]I think getting into my character's skin is fun at times, but if I am constantly experiencing my character's life during play, I can't simultaneously appreciate his story.[/quote]

Eu tenho pelo menos uma jogadora que escolhe sempre 100% de imersão tanto quanto possível, não deixando por isso de apreciar a história. Quando está em sessão, tentar entrar completamente dentro de personagem. Depois da sessão, passa horas a conversar sobre aquilo que aconteceu, a discutir as infinitas possibilidades da história, prolongando o seu divertimento muito para lá do tempo jogado. 

Some people just want the best of two worlds.

Yay \o/ 

[quote=Rick Danger]Some people just want the best of two worlds.[/quote]

E é exactamente disso que se fala aqui.