Jogos estreados de Junho a Dezembro de 2021

Por vários motivos, não fui conseguindo manter este grupo activo com a criação dos tópicos de cada mês.



Podemos, contudo, fazer agora no final do ano um resumo dos jogos que fomos estreando desde o último tópico (Maio).



O que jogaram pela primeira vez entre Junho e Dezembro de 2021? O que valeu a pena, o que cairá no esquecimento.



Como sempre, o site do Grimwold pode ajudar a elaborar as listas.


Olá



O ano de 2021 ficará lembrado por mim como o ano em que iniciei este hobby, mais precisamente em Junho!



Jogo sempre em modo SOLO e são estes os jogos que mantenho na minha coleção:





TOP 3:  Paladins of the West Kingdom; Lord of the Rings LCG; Eldritch Horror



Outros: Underwater Cities; Newton; Orleans; The Castles os Burgundy



Jogos que me desiludiram (em modo solo): Agricola; Everdell;The Legend of Drizzt



Por estrear: Viscounts of the West Kingdmon; expansão do Paladins e expansão Tomesaga (para ambos);



Para ínicio de 2022:
Through the Ages: A new… ; Tinners’ Trail; The Hobbit: Over Hill and Under Hill




Um Bom Ano para todos!

== JUNHO ==

Dead Man's Draw - 2 partidas (sem repetição)
Publicado em 2015
Board Game: Dead Man's Draw

Um jogo de gestão de risco onde o mais importante pareceu-me ser saber quando parar e assegurar as cartas que já se possuem, como é normal neste tipo de jogo. Engraçado, mas sem repetição posterior. Como deve ser num jogo com elevado factor aleatório, é rápido. Se aparecer outra oportunidade, jogo.


Whistle Mountain - 1 partida (sem repetição)
Publicado em 2020
Board Game: Whistle Mountain

Não me fascinou. Tem coisas engraçadas e funciona bem, mas não me deixou saudades nem me marcou de forma suficiente para que me lembre deste título na altura de sugerir algo para jogar.


Trails of Tucana - 1 partida (sem repetição)
Publicado em 2019
Board Game: Trails of Tucana


Um roll and write, mais um, numa já longa linha de jogos deste tipo. Não tem nada que o destaque particularmente dos outros do género. Como filler, é adequado.

Iwari - 1 partida (sem repetição)
Publicado em 2020
Board Game: Iwari
 
O Michael Schacht começou por desenhar o Web of Power e depois aproveitou o sistema base para muitas e variadas versões. Eu tenho China há muito, muito tempo e sempre gostei do jogo.
Esta nova implementação é mais luxuosa e com arte bem mais interessante que a versão que tenho, mas no fundo é o mesmo jogo. Não se justificaria, para mim, trocá-lo. Jogo este, o China ou qualquer das outras versões com agrado e aconselho a quem os não conhece que os experimente. São jogos com regras simples, rápidos, mas com um número muito interessante de decisões estratégico-tácticas.
 
== JULHO ==

Beyond the Sun - 1 partida (sem repetição)
Publicado em 2020
Board Game: Beyond the Sun

O jogo é todo uma árvore de tecnologias que temos que ir desenvolvendo para chegar aos níveis mais avançados. Tem uma espécie de mini-jogo acessório com a colonização de planetas e uma gestão engraçada de recursos. Infelizmente, não foi uma partida completamente concluída. Começamos de forma síncrona online, mas depois tivemos que passar para modo assíncrono e em boa verdade o jogo não se chegou a concluir.
Gostava de voltar a jogá-lo fisicamente para ter uma opinião mais sólida e provavelmente mais positiva.


Codex Naturalis - 1 partida (sem repetição)
Publicado em 2021
Board Game: Codex Naturalis

Um jogo de construção de tabela onde vamos sobrepondo os cantos das cartas jogadas. Esses cantos podem estar vazios ou ser uma fonte de recursos para jogar outras cartas pelo que a escolha das cartas e a construção/organização das cartas na tabela apresenta um puzzle curioso.
Está interessante e a implementação online no BGA funciona bem. Se aparecer alguém a querer jogá-lo, junto-me sem problemas.


Honey Buzz - 1 partida
Publicado em 2020
Board Game: Honey Buzz


O meu pai é apicultor amador pelo que este tema acaba sempre por me interessar. Aqui o tema serve de base a um bom jogo económico e permite a arte engraçada, mas efectivamente não é aqui que se aprende nada sobre apicultura ou a vida e organização das abelhas.
O jogo é bom e oferece escolha interessantes, alguma possibilidade de interacção leve com os outros jogadores e o desenvolvimento de um motor económico que satisfaz. Repetiria com agrado.

Excavation Earth - 1 partida (sem repetição)
Publicad0 em 2021
Board Game: Excavation Earth

Este jogo teve algum impacto no mercado e ouvi falar muito dele. Justifica-se. O jogo está muito bem implementado, é desafiante e competitivo. A manipulação dos mercados é muito curiosa e a gestão de mão também.
Estou bastante certo de que voltarei a jogá-lo e espero que seja mais do que uma vez.


Via Magica - 1 partida (mais 2 desde então)
Publicado em 2020
Board Game: Via Magica

Todos sabemos que o Bingo é um péssimo jogo, se se lhe pode chamar isso. Mas o que se poderia fazer usando a mecânica base desse passatempo?
Na verdade, entre isto e muitos dos roll and writes que por aí vão pululando, a diferença não é muito grande...
Este Via Magica é uma reimplementação do Rise of Augustus onde o designer tentou dar algum controlo aos jogadores num jogo com muitas semelhanças com o Bingo. Comprei-o para tentar jogar com a minha filha, na esperança de que a simplicidade mecânica, aliada à arte "fofinha" nos permitissem passar bons momentos juntos.
Resultou, mais ou menos. As partidas que fiz foram sempre com outros adultos à mistura e a pequenita limitou-se mais a brincar com as cartas e a fazer escolhas com base na arte fofinha do que a tomar decisões... Mas manteve-se interessada e isso, já é uma vitória nesta idade.
No futuro, voltaremos à Via Magica certamente.


Mandala Stones - 1 partida (sem repetição)
Publicado em 2021
Board Game: Mandala Stones
 
Está giro e funciona bem. Mas para este tipo de jogo, continuo a preferir o Lost Cities...
 

== AGOSTO ==

Pax Pamir: Second Edition - 3 partidas (sem repetição)
Publicado em 2019
Board Game: Pax Pamir: Second Edition

Não tinha muita experiência com os jogos tipo "PAX" (penso que só tinha jogado uma vez o Porfiriana e o Renaissance) quando decidi, contra o habitual, juntar-me a um grupo para o Kickstarter deste. Fi-lo após ter visto alguns vídeos sobre este título e lido um pouco sobre a primeira edição.
Não me arrependo. O jogo é realmente muito bom...
As três partidas deste mês não incluem um par de experiências com a versão a solo, que funciona bastante bem. A dois pode ser um pouco estranho se não se acrescentar o adversário virtual da versão a solo, especialmente para jogadores inexperientes, como era o nosso caso.
A mais, brilha. Há uma tensão constante, uma avaliação permanente sobre a posição de cada uma das facções e a forma como podemos tentar estar do lado mais favorável... E mudar no momento certo pode ser a diferença entre a vitória e a derrota.
Estou certo de que voltará à mesa, e mais certo ainda de que já o deveria ter feito.


Undaunted: North Africa - 2 partidas (sem repetição)
Publicado em 2020
Board Game: Undaunted: North Africa

Já tinha a versão deste sistema no cenário da Normandia que vai em 10 partidas. Esta mantém o sistema, mas faz uma mudança de escala e acrescenta novos tipos de unidades e veículos. Curiosamente, é uma mudança que não choca. O sistema adapta-se perfeitamente e o jogo mantém a qualidade. Espero voltar a jogá-lo em breve e a experimentar mais cenários.


Curious Cargo - 1 partida (sem repetição)
Publicado em  2020
Board Game: Curious Cargo

Muito, muito interessante jogo. Vamos tentanto organizar o puzzle de caminhos entre as nossas máquinas e os camiões que levarão carga para a fábrica do adversário e entre os camiões que ele nos envia as nossas máquinas que receberão essa carga. Dá que pensar e é difícil e duro. E bom.


Tokyo Highway (4 player) - 1 partida (sem repetição)
Publicado em 2018
Board Game: Tokyo Highway (4 player)

Um jogo de destreza motora comporado para um dia jogar com a pequnita. Ainda é cedo para ela, mas a partida com adultos foi muito interessante e o jogo fica extremamente bonito na mesa.


Robots - 1 partida (sem repetição)
Publicado em 2020
Board Game: Robots

Um bom jogo cooperativo para jogar com as crianças. É tudo sobre a avaliação da passagem do tempo e a capacidade de comunicar a sensação de velocidade... Giro.


Obsession - 1 partida (sem repetição)
Publicado em 2018
Board Game: Obsession

Há muito que estava curioso sobre este jogo... Há quase um culto à volta do jogo no BGG. O Designer e editor é um tipo impecável no que diz respeito a informar os fãs e a procurar oferecer um jogo de qualidade superior e isso será, talvez, a principal razão para tal. Tendo tido a oportunidade de o jogar, fico numa espécie de limbo... O jogo é muito fixe, interessante, mecanicamente são, ainda que não terrivelmente original. Estarei certamente interessado em jogar de novo e mantenho uma certa abertura à ideia de o juntar à colecção... Por outro lado, não é um jogo barato e é um worker placement mais ou menos tradicional... Veremos.


Inspektor Nase - 1 partida (sem repetição)
Publicado em 2021
Board Game: Inspektor Nase

Mais um jogo infantil e cooperativo. Funciona bem e é divertido ver o raciocínio dos mais pequenitos enquanto procuram dar as pistas certas aos outros.



Piepmatz - 1 partida (sem repetição)
Publicado em 2018
Board Game: Piepmatz

Um jogo muito bonito, mas que me fez muita confusão a jogar... Não sei porquê. Nem é um jogo complexo ou difícil, simplesmente, as regras de obtenção dos pássaros não encaixaram comigo.
Teria que o jogar de novo para ter uma opinião mais sólida. Parece ser um óptimo jogo.

 
 
 

 
== SETEMBRO ==

Paris: La Cité de la Lumière - 2 partidas (sem repetição)
Publicado em 2019
Board Game: Paris: La Cité de la Lumière

Um jogo para dois muito interessante. Numa primeira fase os jogadores tentam optimizar as áreas do tabuleiro que terão disponíveis, e os polióminos para lá colocar. Na segunda colocam os polióminos e fazem uma selecção de cartas com objectivos de pontuação. É uma batalha eminentemente táctica que oferece decisões interessantes em cerca de 20 minutos de jogo.


Fuji - 1 partida (sem repetição)
Publicado em 2018
Board Game: Fuji
 
Um cooperativo de gestão de risco em que vamos tentando escapar à erupção do monte Fuji procurando ir para locais onde cumpramos os critérios de sobrevivência nos nossos dados mas onde o resultado dos outros pode ser-nos prejudicial. Cada jogador lança dados que definem valores em 3 cores e tentam ir para cartas onde o seu total no critério da carta (por exemplo faces ímpares) seja melhor que o de outros jogadores... O problema é que não sabemos ao certo o que os outros lançaram, embora eles possam dar pistas mais ou menos vagas sobre isso. Quanto melhor estimarmos essas difernças, melhor. Os erros custam caro e podem significar sermos apanhados pela lava. Está giro.
 

== OUTUBRO ==

Dream Home - 2 partidas (mais 1 desde então)
Publicado em 2016
Board Game: Dream Home

Comprado também para jogar com a minha filha. Foi bem recebido e, apesar de certa obcessão com telhados roxos, ela chegou a ganhar... O jogo é bastante aleatório, mas é giro ver a casa a formar-se. Deverá vir à mesa algumas vezes.


Mission: Red Planet (Second Edition) - 1 partida (sem repetição)
Publicado em 2015
Board Game: Mission: Red Planet (Second Edition)

Regressar à VianaCon foi um momento memorável. Depois de todo o tempo sem encontros nacionais, foi uma espécie de libertação. Deu para rever malta com quem não estava há imenso tempo e voltar a jogar com pessoal com quem estou de forma menos habitual.
Este jogo foi uma agradável surpresa. Tenho ideia de não ter sido muito bem recebido no lançamento e talvez por isso foi andando fora do meu radar. Na verdade é um jogo de controlo de área interessante, com bastante interacção entre os jogadores. Voltaria a jogar com agrado.


Ankh'or - 1 partida (sem repetição)
Publicado em 2019
Board Game: Ankh'or

Tem semelhanças com o Splendor, mas é mais simples e rápido. Joga-se bem, embora seja um pouco aleatório para o meu gosto.


Tiny Towns - 1 partida (sem repetição)
Publicado em 2019
Board Game: Tiny Towns


Mais uma abordagem ao polióminos e ao preenchimento de áreas que faz lembrar o Patchwork, aqui existem outros factores ligados aos poderes dos vários edifícios que vamos construindo e é isso que lhe dá a piada adicional. Não substitui o Patchwork, nem é essa a intenção, mas é um bom jogo.

ARTBOX - 1 partida (sem repetição)
Publicado em 2019
Board Game: ARTBOX

É um jogo de festa razoável. Como muitos destes, sofre com a forma como está definida a pontuação... Em muitos destes casos, a abordagem à parte mecânica é boa, neste caso uma variante de Pictionary com limitação de formas possíveis de usar, mas depois os pontos são estranhos e pouco interessantes. Aqui assenta num sistema de votação semelhante ao do Dixit mas é desnecessariamente intrincado... Fora essa parte, é divertido.


== NOVEMBRO ==

Let's Make a Bus Route - 1 partida (sem repetição)
Publicado em 2018
Board Game: Let's Make a Bus Route

Um flip and write com o curioso pormenor de que a parte de escrita é feita numa área comum a todos os jogadores. A ideia é cruzar certas zonas e simbolos nesse mapa comum evitando, tanto quanto possível sobrepor a nossa rota à dos adversários.


Merv: The Heart of the Silk Road - 1 partida (sem repetição)
Publicado em 2020
Board Game: Merv: The Heart of the Silk Road

Este jogo teve algum impacto durante o ano. Nunca me despertou muita curiosidade, mas não pude deixar de o ver mencionado algumas vezes por aí. Não me convenceu... A ideia central de uma área partilhada e da utilização dos edifícios dos outros é curiosa, mas depois tem uma série de coisinhas à volta que se nota terem sido acrescentos para complicar a coisa. Uma escala ali para ir subindo, uma fila de cartas acolá para fazer conjuntos, um bonusinho aqui, outro ali, etc.  Não estava com pachorra para isso na altura...
Posso vir a jogar isto de novo, numa altura em que esteja mais paciente.


Rurik: Dawn of Kiev - 1 partida (sem repetição)
Publicado em 2019
Board Game: Rurik: Dawn of Kiev

Fez-me lembrar o Shogun. À primeira vista, parece um jogo de guerra mas, na verdade, é um jogo de controlo de áreas e de construção nessas áreas. A parte do leilão pelas acções está interessante, mas não sei se o termos cada vez mais acções de turno para turno é o ideal... Sim, vais vendo o teu "poder" aumentar e a disputa no leilão das acções a ser mais violenta, mas ao mesmo tempo torna o jogo mais lento nas fase finais. Uma outra coisa que não me agradou muito foram as cartas de bónus que podem ser bastante poderosas e introduzem um factor aleatório talvez demasiado marcante.
Gostava de voltar a visitá-lo para aclarar as ideias.


Unfathomable - 1 partida (sem repetição)
Publicado em 2021
Board Game: Unfathomable

É Battlestar Galactica, mas no mar e com um ambiente Lovecraftiano. Tem algumas ligeiras diferenças, umas melhores outra piores que no BSG... Para mim, prefiro o BSG pois acho a coisa Lovecraftiana simplesmente parva. No entanto, sendo relativamente indiferente aos temas dos jogos em geral, é óptimo que esta versão exista para que a malta que já não pode adquirir o BSG tenha um jogo em quase tudo igual para jogar. Se estiverem os dois disponíveis para jogar, jogo BSG. Se não, jogo qualquer um deles.


Call to Adventure - 1 partida (sem repetição)
Publicado em 2019
Board Game: Call to Adventure

Uma ideia engraçada, irmos criando a história de um personagem ao longo do jogo. A execução já não é a melhor... Funciona, mas o factor aleatório é imenso e pode levar a situações algo frustrantes. Nesta minha experiência, o meu personagem nunca falhou um desafio ou missão. Fosse algo "bom" ou "mau", ou seja, na sua história sempre atingiu os objectivos ou resolveu os problemas... Mas perdi o jogo na mesma. E se pudesse traduzir isso para algo como " a história do outro seria mais interessante", pois os fracassos dos protagonistas podem ser excelentes elementos numa história, tudo bem. Mas não foi o caso... Ambas as histórias desenhadas pelo jogo foram semelhantes. Apenas calhou que as cartas mais adequadas sairam na altura certa para o outro jogador, para mim não chegaram a aparecer e, mais grave, uma das minhas cartas de pontuação foi eliminada já depois de eu ter terminado o meu jogo, sem que pudesse fazer nada quanto a isso.
É uma pena. A ideia é realmente boa e a forma como abordaram a possibilidade de criar a evolução do personagem está interessante... Mas como jogo? ... Meh.


The Cost - 1 partida (sem repetição)
Publicado em 2020
Board Game: The Cost

Ganha quem tiver mais dinheiro no fim. É normalmente um bom sinal para um jogo económico. Aqui também, que o jogo é muito bom. É um "puzzle" logístico/económico em que vamos investindo em minas, redes de transporte e transformação de um recurso natural, por forma a obter o maior lucro possível.
Acontece que esse recurso natural é o amianto. E o amianto é um veneno terrível que mata gente nas minas e fábricas onde é trabalhado. E por isso os países acabam por proibir a sua exploração. E o jogo reflecte tudo isso. Quando operamos minas ou fábricas, ou pagamos os recursos que são escassos, ou morre gente e se morrer muita gente, o "mercado" esgota-se.
E a parte brilhante do jogo, enquanto mensagem, é que essas mortes não têm qualquer reflexo na pontuação (lucro) dos jogadores.
Supostamente, quando essa gente morre, os custos de operar a mina ou fárica de novo aumentam, pois tenos que continuar a "pagar" aos mortos, embora eles não contem para a produção, sendo apenas custo acumulado com os que fomos contratrar para operar. Mas podemos não pagar de novo, e matar mais gente, maximizando assim os lucros.
Que é a melhor jogada.
E é aí que o jogo falha um pouco... Enquanto jogo.
Eu sou bastante indiferente ao tema dos jogos. Além de ser uma ferramenta para facilitar a compreensão/explicação do jogo, o tema não me afecta quase nada. Posso achar parvo, como no caso do Unfathomable, ou algo que transcende o jogo e o torna mais numa obra de arte, numa acepção mais intervencionista do termo, numa manifestação ou comentário sobre a realidade, como, por exemplo, no Freedom: The Underground Railroad, mas raramente o tema irá interferir com as minhas escolhas no jogo.
Não me é difícil recusar "salvar" criancinhas ou outros refugiados no Dead of Winter se eles vão ser um custo em comida que é necessária para ganhar o jogo, não me custa "sacrificar" alguns fugitivos para desviar os caçadores no Freedom: The Underground Railroad, não me choca deixar morrer "gente" no The Cost se isso, em termos de jogo, não tem qualquer custo. Separo muito bem e com facilidade o que se passa em termos de jogo e o que se passa no mundo real.
As criancinhas e refugiados no Dead of Winter não são reais, os fugitivos no Freedom são cubinhos de madeira, os meeples mortos no The Cost são apenas bonecos. Podiam representar qualquer outra coisa, ou não representar nada... Nenhum jogo altera as minhas convicções ou sentido moral.
A mensagem do The Cost é muito clara e bem transmitida.
Enquanto jogo, preferia que o custo do título fosse menos metafórico e que o deixar morrer gente tivesse algum efeito na pontuação final. Sim, tornaria o jogo numa coisa moralista que, por isso mesmo, seria menos interessante enquanto obra de arte com mensagem. Mas acho que seria um jogo ainda melhor. Mais apertado, mais difícil, mais desafiante.


== DEZEMBRO ==

Viscounts of the West Kingdom - 1 partida (sem repetição)
Publicado em 2020
Board Game: Viscounts of the West Kingdom

Por um lado temos uma espécie de rondel central onde vamos movendo o nosso marcador para seleccionar as acções possíveis, por outro, vamos construíndo um baralho de cartas cuja utilização em grupos de 3 vai potenciando essas acções. Os personagens nas cartas podem ser moralmente questionáveis  e isso interfere com a nossa posição moral numa escala, o que faz com que tenhamos mais ou menos potencial de pontos negativos para o final, embora possamos eliminar esses pontos negativos, com algum custo de tempo (acções) e recursos.
No geral resulta num jogo interessante, com boas possibilidades de especialização e algumas áreas diferentes onde ir buscar pontos.
Gostei. Não o suficiente para pensar em adquirir, mas jogarei de novo se houver oportunidade.


Lisbon Tram 28 - 1 partida (sem repetição)
Publicado em 2021
Board Game: Lisbon Tram 28


A sensação com que se fica é de que se trata de uma espécie de Ticket to Ride: Lisboa, embora seja bastante diferente do ponto de vista mecânico. É um jogo familiar, com algumas decisões interessantes. Achei-o um pouco longo demais para o que oferece, mas joga-se bem.