Jogos novos para vós em Novembro de 2019

Coloquem em resposta os jogos que jogaram pela primeira vez neste mês e as vossas opniões sobre os mesmos.

As ferramentas do Grimwold ajudam bastante a saber quais foram.

A primeira novidade do mês foi esta:





É o que é e não vale a pena dizer muito mais, a não ser que é sempre bom experimentar, nem que seja para poder dizer "nunca mais" com conhecimento de causa.



O resto das novidades apareceram, naturalmente, na InvictaCon:





A primeira novidade do dia foi altamente recomendada pelo Lautresault, e confirma-se o excelente party game de família que é. Estivémos três pessoas a jogar isto durante uma boa hora, trocando de papel entre nós e tentando os níveis todos. É curioso como pessoas diferentes têm experiências tão díspares nos diversos papéis.



 

Outra novidade foi um pequeno jogo que já queria experimentar há algum tempo. O Red7 pareceu-me um excelente filler, super simples, alguma aleatoriedade na distribuição das cartas que pode eliminar um jogador logo na primeira ronda, mas é tão rápido que não se pode levar a mal. Fiquei com vontade de jogar de novo, mas algumas pessoas à mesa não ficaram fãs, por isso terá que ficar para outra vez.







Outra novidade foi este ARTBOX, mais um party game, onde os jogadores têm que desenhar formas às vezes complexas apenas com traços muito simples ditados por dados, e depois tentar descobrir o que cada um desenhou. Mais actividade que jogo, apesar do conceito interessante, este infelizmente não deixou ninguém na mesa com vontade de repetir - pessoalmente, neste género, prefiro um Telestrations ou um A Fake Artist Goes to New York. 





Quando já só restavamos dois, procurámos algo de curta duração para dois jogadores, para terminar a noite - e acabou por se revelar o melhor jogo de todo o dia! Jogo tenso, mecânicamente sólido e temáticamente rico. Vi-o ser descrito como um Twilight Struggle destilado num jogo de meia-hora - não diria tanto, falta-lhe profundidade e capacidade de estrategizar a longo prazo. Parece-me mais o jogo que o Campaign Manager 2008 queria ter sido. 


Flip Ships - 1 partida
Publiscado em 2017

Mesmo no final da InvictaCon pude experimentar este título que me despertava alguma curiosidade.
Eu cresci a jogar Galaxian nas máquinas dos cafés, estava o Space Invaders a cair em desuso, acabei o Phoenix no ZX Spectrum, passei por muitos "shmups" no Commodore Amiga, na PSX e por aí fora... A ideia de um jogo deste tipo em formato tabuleiro foi sempre interessante para mim. Daí ter comprado o Battle at Kemble's Cascade (de que ainda não desisti) e a curiosidade sobre este.
O jogo cumpre, ne generalidade o objectivo. É divertido e evoca bem o ambiente das máquinas de jogos. Ser um jogo de destreza também se adequa...
Acho que seria um pouco melhor se as "naves" (discos de cartão) fossem um pouco mais pesadas. Tal como são é difícil conseguir controlo sobre o lançamento e isso acaba por deixar algum sabor a aleatoriedade que contraria a ideia de ser um jogo em que a perícia conta. Jogaria outra vez com agrado mas creio que esta experiência o retirou da minha lista de possíveis compras.


Potemkin Empire - 1 partida
Publicado em 2019

É essencialmente um jogo de bluff e contra-bluff. Funciona bem e é divertido.
Nesta partida os outros jogadores deixaram-me fugir com uma estratégia assente em indústrias "verdadeiras" e isso estragou um pouco a experiência pois nas duas últimas rondas era mais ou menos evidente que a vitória estrava entregue e deixou-me com pouco incentivo para fazer algo além de simplesmente produzir em todos os turnos...
Se os jogadores estiverem mais atentos a isso e bloquearem entre si estas opções mais directas de vitória, resultará melhor.


Prêt-à-Porter - 1 partida
Publicado em 2010

Na minha opinião a moda é das indústrias mais desprezíveis que existem. Neste mundo de hiper-sensibilidades a temas que possam "ofender" acho estranho que um tema destes não desperte a indignação geral...
A moda, especialmente a alta-costura, é um exemplo acabado da ineficiência da utilização de recursos. Gastam-se milhares a produzir peças que terão uma única utilização, se tanto. É ecologicamente estúpido.
Promove imagens irrealistas do corpo feminino, foi responsável por uma pandemia de anorexia há uns anos e isso é um problema que continua a não fazer nada para resolver.
Objectifica as mulheres a um ponto quase inigualado reduzindo-as a meros cabides móveis para expor as "criações" de desenhadores, maioritariamente homens.... E nem vale a pena falar na prevalência dos homens no topo das cadeias salariais numa indústria que vive, na essência, do público feminino.
Enfim... Se eu fosse tolinho e achasse que jogar um jogo de tabuleiro poderia de alguma forma, modificar a minha opinião sobre um certo tema, este estaria longe de mesas onde estivesse a jogar e, muito mais, da minha colecção.
Mas eu não sou tolinho e este foi um dos poucos Kickstarter que apoiei.
Além da fama de que o jogo gozava, este artigo do designer fez-me ficar muito interessado.
Porque o que interessa é o jogo e esse é excelente. É um worker placement económico muito apertado, que apresenta decisões difíceis e opções estratégicas interessantes.
Se puderem, joguem.

Crystal Palace - 1 partida
Publicado em 2019

Uma novidade de Essen que vinha com rumores de ser um dos melhores jogos lá apresentados neste ano.
E é bom.
Uma partida só não chegou, claramente, para apreciar todos os pormenores mas o que deu para conhecer é interessante.
Devido à minha má percepção das regras em dois pormenores (que foram explicados correctamente, eu é que não ouvi bem) sai-me bastante mal porque me limitei desnecessariamente em algumas escolhas. O jogo já é muito apertado jogado de forma correcta, com essas duas asneiras, ainda mais o ficou.
Para a próxima, que espero seja realmente próxima, já me devo sair melhor...

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E aí está. Um óptimo mês de novidades.