José Fonseca

JOSÉ FONSECA, Male Investigative, Strong1: Init +3; Defense 14; PF/PV 11/16; Atk +5 melee, +4 ranged; SV Fort +4, Ref +3, Will +3; Rep +0; Str 18, Dex 17, Con 16, Int 16, Wis 16, Cha 15.
Skills: Climb +6, Gather Information +6, Investigate +9, Jump +6, Knowledge (current events) +5, Knowledge (streetwise) +5, Profession (private eye) +5, Read/Write Language (2), Sense Motive +7.
Feats: Attentive, Combative Martial Arts, Personal Firearms Proficiency, Simple Weapons Proficiency.
Talents: Melee Smash.
Languages: português, francês, inglês, mandarim.
Possesions: Beretta 92F, ammunition 9mm (50), digital audio recorder, disguise kit, duct tape, evidence kit (basic), holster (concealed).

Cheio de andar a fazer recados para advogados corruptos e de andar a seguir maridos que comiam fora de casa, José Fonseca consegue tirar um tempo de reflexão.
Espreita pela janela do seu escritório e observa a estátua dum velho diplomata que muito se batera em nome da democracia. Isso, na verdade, a ele pouco lhe dizia.
Não tinha preocupações políticas.
Apenas não gostava de se sentir enganado. E, segundo a sua perspectiva, o trabalho que as forças policiais andavam a fazer cheirava pior que a ria, em dia de maré baixa!

Decide então investigar a nova onda de crimes que paira sobre a cidade e que, em conferência de imprensa, um antigo colega seu viera dizer "não se tratarem nada mais do que meros boatos."

Ora este era um boato que este detective em particular não iria deixar passar incólume, já que o modus operandi era em tudo similar ao de um crime que o atormentava desde há anos.

Na altura, apenas se começavam a conhecer os efeitos da nova droga chamada Blue-Nitro (ou GHB - a droga das violações, como depois veio a ser conhecida).
Na verdade, a primeira vítima aparecera adormecida no seu próprio carro, no parque de estacionamento da universidade; perfeitamente vestida à excepção dum botão trocado na blusa. E outra coisa: os seus estofos tresandavam a homem.

Quando foi apresentar queixa, ainda lhe fizeram testes médicos para ver se havia entrada forçada. Mas não havia sinais de luta. Por isso, desde logo colocaram a violação de lado e disseram-lhe apenas para beber menos.
José Fonseca, que na altura era um recém-chegado à polícia, achou aquilo tudo muito estranho e tentou ajudá-la. Só que, mais tarde, ela acabou por se suicidar com monóxido de carbono, no mesmo parque de estacionamento onde acordara sem memória.
A partir daí, José Fonseca tornara-se cada vez mais frio e, em pouco tempo, foi expulso da polícia por uso excessivo de força.

Agora, gere o seu pequeno negócio como detective privado.
Mas, como dizia há pouco, já não lhe basta amedrontar testemunhas ou aplicar o merecido correctivo aos maridos que mijam fora do penico.

Não, isso não lhe basta!
A sua gabardina anseia por sangue criminoso!
E, sabendo que na prisão há um cabo de vassoura à espera de cada violador, nada melhor do que começar com a época das limpezas!

O detective decide procurar o perpetrador com as próprias mãos.
Começa pelo local onde a primeira vítima decidira suicidar-se — um estacionamento junto ao campus universitário.

Recorda-se do impotente que se sentiu quando deu entrada na esquadra na manhã seguinte e um colega lhe atira com a novidade à cara: “Olha, a gaja tanto dizia que nunca mais voltava a entrar no carro e afinal foi-se matar lá dentro!”
Recorda-se também da máquina de escrever que lhe valera um processo disciplinar — tinha sido com ela com que desfizera a pala do chapéu contra o nariz do mesmo colega, ainda ele mal começava a rir-se das próprias palavras.

A concentração de pessoas junto ao RedBus (uma esplanada inserida à volta de um autocarro londrino) multiplica-se. O burburinho retira José Fonseca do transe em que se encontrava.
Resolve aproximar-se.

Começa por meter conversa com algumas moças, tentando perceber se conheciam a última vítima ou se teriam visto algo de estranho nos últimos dias. Passado um bocado, surgem colegas dela que te contam que ela era muito tímida: “nem tinha ido às praxes!”
Outra conta-lhe que sabia que ela tinha acabado uma relação há pouco tempo e que o namorado era muito ciumento. Mas, no meio de muitas baboseiras de caloiras quasi-bêbedas, algo se demarcou; uma delas disse ter reparado num tipo que não tirava os olhos da amiga: “um gajo ruivo com ar esquisito” — recordou, no meio de um calafrio.

Olha em volta. Nenhum ruivo à vista.
Pára os questionários por agora (mas não sem antes avisar as moças para que não aceitem bebidas de estranhos) e deixa-se ficar por lá na penumbra, observando.

Um grupo de raparigas, no meio de alguns tropeções e muitas gargalhadas, afasta-se em direcção à rotunda.
O detective mantém-se ali, observando.
Mas eis que outra pessoa se junta ao grupo, ainda que deixando uma certa distância. Não tropeça, não ri. Segue-as cabisbaixo.

O detective decide investigar. Deixa a sua bebida a meio e lança-se em perseguição…