Mage Knight Ultimate Edition vs MK Base Game

Bom dia a todos.



Antes de mais, e como sou relativamente recente aqui no AbreoJogo, posso dizer que sempre gostei de jogos de tabuleiro. No entanto só a partir do final do ano passado é que me comecei a debruçar mais sobre o mundo dos jogos (que desconhecia ser tão vasto e muito melhor do que pensava), podendo ser já considerado mais como um vício do que própriamente um hobby. Haja carteira e tempo para tanto jogo bom à espera de ser explorado :).



Eu enquadro-me no grupo dos solo gamers, embora também goste de jogar com grupos pequenos. Neste momento até tenho um grupo de 4 pessoas e jogamos regularmente (2 a 3 vezes por semana). Mas solo é a preferência.



Ultimamente tenho considerado adquirir, de entre muitos outros jogos, o Mage Knight, visto ser sempre referenciado como sendo um dos melhores solo games. Aparentemente enquadra-se num dos tipos de jogos que gosto. Como ainda não tenho nenhum deste gérnero na minha coleção, queria ter pelo menos uma opção. Sei que existem mais como Gloomhaven, Mansions Madness 2nd Edt, LoTR Journey in Middle Earth, etc, mas creio que a escolha acabará no Mage Knight. 



No entanto queria ter mais opiniões sobre o MK, de preferencia de quem já tenha experimentado este jogo ou algum outro similar.



Queria ainda aproveitar para perguntar se vale a pena adquiri o Mage Knight Ultimate Edt, ou se basta o jogo base?



Obrigado. 



Cumprimentos, João Caracol.

Mk é um  jogo muito bom. A primeira expansão do MK melhora muito o jogo mas como a editora muda os fornecedores com muita frequência és capaz de ter alguma inconsistência entre as várias expansões  e o jogo base (cores ligeiramente diferentes, etc…) e por isso se puderes compra o MK Ultimate Edt.



Já joguei e gosto imenso do Mansions of Madness e LoTR Journey in Middle Earth (prefiro o Mansion of Madness por não ter modo campanha) mas não gosto muito da ideia de ter que ter bateria no telefone para poder continuar a jogar. Estes jogos melhoram muito com mais pessoas mas vais ter que ter bateria…



e depois há esta novidade: https://www.dicebreaker.com/series/descent-journeys-in-the-dark/news/descent-legends-of-the-dark-leaked





 

Tenho a dizer que o MK, em termos de regras encontra-se no meu top dos jogos mais dificeis de (re)aprender. Muitas regras e pormenores mas que, como todos os jogos, após uma ou duas partidas tudo fica mais simples! Gosto muito do jogo e por isso vale a pena (quando é ao contrário é bem pior, isto é, quando passas horas a aprender um jogo para depois descobrires que não gostas do mesmo)!

Quanto às outras opções que indicas, nunca joguei nenhuma blush

Obrigado pela resposta e pela opinião.



Efectivamente são 3 que gostaria de dar uma hipótese, pois creio que vou gostar. No entanto tem de ser 1 de cada vez, porque não há tempo, dinheiro nem espaço para tudo ao mesmo tempo :).



Obrigado também pela indicação do Descent.

Pois, é o que oiço sempre. Regras pesadas para o início, mas depois de perceber o funcionamento, um dos melhores, se não mesmo o melhor jogo solo.



Eu tive esse receio quando adquiri o First Martians. Primeiro porque é jogo da Portal Games, e são conhecidos por terem constantemente dos piores livros de regras. Depois porque teve de ser o almanaque que está no BGG a explicar o jogo (embora a versão que eu adquiri já vinha com o novo livro de regras da Portal, que é praticamente igual e baseado no almanaque e nao tive qualquer dificuldade em jogar só com o livro de regras original). Por último porque no BGG tinha uma nota franquinha.



No entanto é um jogo pesado (não tanto como o Mage Knight certamente), mas gostei muito do jogo e não compreendi a quantidade de críticas negativas e destrutivas em relação ao jogo. Creio que foi mesmo por causa do primeiro ano, e do livro de regras horrível que tinha (aparentemente). Foi uma boa compra, até porque foram cerca de 20 euros novo e selado :D.



Obrigado pela tua resposta e opinião :).

Abençoadas bad reviews…também o comprei por 20€…

Boa :D. 



E já agora, o que achaste do livro de regras e do jogo em si?

O livro de regras é horripilante, tem de ser com o almanaque. Isso e dois videos e a coisa vai.



O jogo parece-me bom, mas nem a primeira missão da campanha acabei e depois encostei…vamos lá ver quando lhe pego outra vez.



Mas do que vi, gostei bastante…

Ok. Em relação ao livro de regras, não sei qual a versão que tens, mas a que eu tenho dá para entender a maior parte do jogo. Claro que confirmei várias coisas na FAQ da App, nos foruns e nos videos, para ter a certeza que havia interpretado bem o jogo. No entanto eu joguei as primeiras missões apenas com base no livro de regras, e foram poucas as coisas que tive de corrigir mais à frente. Não é claramente fácil nem bem construído, é verdade, e há claramente melhores em 90% dos jogos, mas a versão que tenho parece desenrascar bem.



Em relação ao jogo, ainda não fiz qualquer parte da campanha. Só irei pegar nisso provavelmente a partir de finais de Setembro, que é quando o pessoal com quem tenho jogado regularmente volta a ter a vida ocupada, e eu fico a jogar solo games novamente com a mesa disponível durante a semana.



Até porque o jogo demora muito a montar o set up e, postreriormente, a arrumar tudo na caixa novamente. Não é um jogo para montar depois de jantar, fazer 1 missão, e depois desmontar antes de ir para a cama. Convém ficar montado durante alguns dias para se ir jogando.



No entanto entre Março e Junho fiz várias Stand Alone Missons, em várias dificuldades (menos no hard), e posso dizer que o jogo é efectivamente muito bom (para quem gosta de jogos que dêm luta e tenham a sua dose de eventos aleatórios). Os eventos aleatórios, na minha opinião, embora no que leio costumem dizer que é demasiado aleatório e pode arruinar toda a estratégia dos últimos turnos/Sols e fazer perder o jogo num piscar de olhos, eu vejo mais como aquilo que efectivamente pode acontecer.



O jogo simula a ida de humanos pela primeira vez a Marte e a criação de uma colónia que seja sustentável. Os eventos aleatórios são assim passíveis de acontecer (até porque nao sabemos o que vai acontecer lá efectivamente), e pode levar a avarias ou doenças que podem acabar com a missão. E lá não temos nada que nos permita ir ao hospital curar-nos, ou ir a uma fábrica construir um circuito electrico ou um chip para substituir nos paineis solares, na fazenda ou nos rovers… se o Rover avariar e nao tivermos levado peças connosco… Ups, azar!



Tem a sua dose de aleatoriedade, é um facto, mas se ao iniciarmos o jogo nos colocarmos na realidade do que seria estarmos em Marte, apenas com mais 2 ou 3 colegas especializados em coisas distintas, a tentar colocar a colónia a funcionar em termos de energia, água, comida, saúde, exploração, etc, creio que é perfeitamente aceitável. Até pelos eventos naturais ou locais inexplorados de Marte, pois não sabemos o que pode acontecer.



Para mim é um jogo muito bom, que está mal "amado" no universo dos jogos. No entanto para gostar dele temos de nos interiorizar no tema, imaginar-nos no local, e estarmos no mood para jogar algo pesado e de aventura, em que o jogo vai querer claramente matar-te e estragar tudo. Não é um jogo light, nem que perdoe com escolhas erradas ou eventos naturais que possam ocorrer.



É um jogo ao estilo do Ignacy Trzewiczek :).

Durante anos, evitei o Mage Knight por causa do tema, pois a fantasia não é de todo a minha praia. Mas quando experimentei, rendi-me: entrou direitinho para o meu top 10.



É uma combinação quase perfeita entre exploração, deckbuilding e hand management. Começas com um deck razoável vais ter de percorrer o mundo do jogo, explorando e combatendo para o melhorar. O jogo tem muitos cenários, mas em geral o objetivo é derrotares um boss com uma pilha de criaturas - uma cidade (ou duas) imóvel no jogo base, uma figura (o General Volkare) que se move pelo mundo do jogo na 1ª expansão.



E, sendo um jogo desenhado para multiplayer, é, a anos-luz, o melhor jogo solo que alguma vez joguei. A vasta maioria dos jogos solo não me interessa. Costumam ser versões truncadas e mais pobres da versão multiplayer, corridas para bater atingir um score e/ou exercícios em que se perde mais tempo a executar uma AI do que a pensar nas nossas próprias jogadas.



Mas o Mage Knight é a execeção. Em termos de componentes, retiram-se apenas meia dúzia de cartas, o que é insignificante face ao mar de cartas que o jogo tem. Em termos de regras, há apenas uns ligeiros ajustes na determinação da ordem de jogo. E o mecanismo solo é brilhante na sua simplicidade: levas 5 segundos para virar três cartas de um baralho que funciona, na prática, apenas como um cronometro.



Nota que é um jogo que exige algum investimento para aprender. Não é que seja particularmente dificil. O coração do jogo até é bastante simples: usas as cartas como forma de interagires com o mundo - mover-te, combater, recrutar unidades, comprar cartas, etc. Usas cada carta pelo fazer que lá está escrito ou então como reforço genérico de outra ação que queiras fazer. É apenas isto.



A questão é que há tanta variedade de casas no tabuleiro (que vai ele próprio sendo construído com tiles hexagonais) e de poderes dos inimigos que enfrentas, que, da primeira vez, te sentes um bocado à nora sobre as opções que tens a tomar. Além disso, um jogo de MK está dividido em turnos (normalmente entre 4 e 6) que são alternadamente e "dia" e "noite", com pequenas alterações nas regras a que é preciso atenção.



No entanto, as regras em si, embora extensas, estão bem organizadas. E incluem um walkthrough para a primeira vez que jogas que está muito bem feito e que facilita imenso a aprendizagem do jogo. Além disso, há excelentes tutoriais no youtube. Dois dos melhores:



https://www.youtube.com/watch?v=ofvCWbaJl5I



https://www.youtube.com/watch?v=J_zW9zDxeYU&t=16s



Eu enterrei uma pipa de massa na Ultimate Edition. Se vale a pena? Ainda não sei. A caixa é estupidamente grande e o insert que vem nela não presta para nada. De tal forma que peguei numa caixa de cartão que tinha cá por casa e fiz um insert eu próprio, que me acelera o setup em 90%. A caixa original foi para o sótão, para o caso (altamente improvável) de eu algum dia eu querer vender o jogo.



Mas a verdade é que a Ultimate Edition vem com as 2 expansões e a mini-expansão que foram publicadas, pelo que é capaz de valer a pena no longo prazo. Ainda assim, se conseguires a versão base e sacares a primeira expansão (Lost Legions) a um preço razoável, deve ser mais do que suficiente para anos de jogos.



Edit: corrigi o segundo link, que não estava a funcionar.

Boa tarde. Muito obrigado pela partilha de experiência e pela explicação. Efectivamente fiquei a conhecer melhor o jogo, e ainda mais convencido de que irei gostar do mesmo.



Parece ser uma combinação de mecânicas e um mundo que apetece imergir de vez em quando. Aparentemente tem ainda a capacidade de te fazer acreditar que estás dentro daquele mundo.



Mais uma vez obrigado pelas dicas.