Masons (Mauer Bauer), crítica

INTRODUÇÃO
E Leo Colovini aparece em 2006 com uma proposta bem interessante. Enquanto Justinian, uma das grandes apostas da Phalanx para 2006, não sai, temos este Mauer Bauer, em inglês Masons, que é um jogo de agrado, mais ou menos, generalizado.
Publicado pela Hans im Gluck, Mauer Bauer é um bom jogo, relativamente simples, sem ser simplista, com o objectivo claro de ser entretido e moderadamente rápido.

MATERIAL

O material é muito bom. Toda a produção é muito equilibrada, quer em termos de qualidade quer em termos de beleza. O desenho é, realmente, uma das grandes atracções do jogo, com um tabuleiro que parece pintado a óleo, casinhas de várias cores, umas maiores outras menores, blocos de madeira que representam muralhas e torres de castelo cinzentas, pretas e brancas. As cartas de jogo, elemento fundamental, são, na minha opinião, demasiado pequenas, impossibilitando a colocação de protectores de pástico e, uma vez que são presença constante no decorrer do jogo, são susceptíveis de se estragar com maior facilidade. Ainda assim, não beliscam em nada a qualidade superior do material de jogo.
O JOGO
Mauer Bauer funciona como um tile placement abstracto, em que as escolhas, na maior parte das vezes, não são arbitrárias. Ou seja, contém uma média componente de sorte.
O tabuleiro tem, na zona da esquerda, uma escala de pontos vitória que os jogadores vão perseguindo no sentido de vencerem o jogo. O resto do tabuleiro é divido em pequenos losângos que, em cada extremidade, contêm um círculo. Estes losângos estão em três regiões principais, distintas, assinaladas, cada uma delas, com um brasão.
O turno de cada jogador consiste em colocar uma muralha onde entender, desde que o sítio onde a queira colocar não esteja já ocupado, depois lança os dados. Existem três dados. Dois com cores de casas e um com cores de torres. Lançando os dados obtemos a informação de uma das cores obrigatórias da torre a colocar na extremidade da muralha. A segunda torre é escolhida pelo jogador. Com os outros dois dados ficam determinadas as cores das casas que se têm de colocar. Por exemplo, se sair um dado verde e um dado vermelho sabemos que temos de colocar uma casa de cada uma dessas cores. Uma de um lado da muralha, outra do outro lado. Significa isto que as escolhas são repartidas entre os dados e o jogador em causa. Porque uma das torres é escolhida pelo jogador assim como também é escolhida o lado da muralha em que se coloca cada uma das casas. E estas escolhas são importantes.
O jogo avança, para fazes de pontuação, sempre que uma cidade é fechada. Quando um jogador, escolhe colocar uma muralha num sítio que vede uma cidade, há fase de pontuação. E aqui o sistema é simples, por um lado, complicado de gerir, por outro. Cada jogador pode fazer pontuar uma ou duas das suas cartas. E aqui as possibilidades são imensas. Há cartas que pontuam casas e palácios, cartas que pontuam torres desta ou daquela cor, que estão dentro ou fora de uma cidade, cartas que pontuam muralhas, enfim, um conjunto de soluções, mais ou menos equilibradas. Reside também aqui, no número de cartas que cada jogador quer descontar, pelo menos, duas decisões importantes. A primeira prende-se com o número de cartas. Elas nunca são muitas e, para aumentar a importância da decisão, cada jogador, mesmo que desconte duas cartas, só pode ir buscar uma para substituir. A segunda reside no timing em que as devemos descontar. Será que desconto agora ou espero para fechar uma cidade maior e pontuar mais umas coisas.
Quando terminam as muralhas ou todos os palácios de todas as cores, o jogo termina. Vence, claro, quem tem mais pontos vitória.
De lembrar ainda que este jogo tem um mecanismo muito interessante, original, para fazer recuperar quem vai atrás na classificação. O(s) último(s) classificado(s), ao invés de só poder(em) ir buscar uma carta no final da fase de pontuação, pode(m) trocar quantas cartas quiser(em) por cartas novas, vindas do baralho. E isto acrescenta algumas possibilidades de recuperação que podem ser importantes.
CONCLUSÃO
Mauer Bauer é um jogo abstracto, bem desenhado e com muita interactividade. O equilíbrio entre sorte e estratégia pode favorecer mais a primeira que a última mas isso não deve retirar mérito ao jogo, principalmente se nele virmos uma espécie de jogo familiar, para jogadores menos "pesados", despretensioso. Insere-se, claramente e até pela percentagem de sorte que carrega, naquela secção de jogos mais tácticos que estratégicos.
Por cerca de 30€, este é um jogo que fica bem em qualquer colecção.
Classificação: 7.5
Paulo Soledade

MASONS é um divertido jogo. Brincam-se com as peças, com as cartas e procura-se tirar partido da melhor combinação possível na melhor altura possível. E este é o grande segredo do jogo - o Timing!
No início, quando se começa a jogar paira uma terrível sensação de que nada está a acontecer e de que as nossas jogadas são feitas de forma aleatória. Mas gradualmente, no meio de toda a abstracção começam a surgir laivos de luz e o jogo ganha forma e dimensão.

Eu gostei muito de jogar MASONS e para mim é um claro e sólido 7

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