Mr. Jack reeditado e com distribuição para Portugal

Através deste thread no BGG vi que a Hurrican tinha acrescentado regras em Português ao Mr. Jack. Fiquei curioso e fui ao site da editora www.hurricangames.com e procurei locais onde comprar. Aparece lá a distribuidora para Portugal.

Falei com eles e o jogo já está à venda em Lisboa no Colombo junto ao Continente na Puros & Companhia e na Tabak, num centro comercial do Carrefour. Vai estar a nível nacional, lá para Outubro, nos Continentes e Corte Inglês (para o Natal, lá estão os retalhistas a pensar em nós como crianças).

O preço parece-me bom, 25€. Custa o mesmo que na Milan, aproximadamente.

Eles andem aí... aos poucos vão aparecendo!

Verdade, o jogo já está disponivel nas lojas alemãs à mais de duas semanas.

Peace !!!

Oblivion

Olha o Oblivion!

E por cá também, pelo menos à uma semana.

É um excelente jogo para 2 jogadores. Joga-se relativamente rápido e tem imensa "replayability".

Um 8 sólido na minha colecção

Estranho...

O preço que estava marcado no Colombo era de 42 Euros e qualquer coisa... o que não me pareceu normal...

[quote=Mallgur]Falei com eles e o jogo já está à venda em Lisboa no Colombo junto ao Continente na Puros & Companhia e na Tabak, num centro comercial do Carrefour. Vai estar a nível nacional, lá para Outubro, nos Continentes e Corte Inglês (para o Natal, lá estão os retalhistas a pensar em nós como crianças).

O preço parece-me bom, 25€. Custa o mesmo que na Milan, aproximadamente.[/quote]

[quote]

Estranho...

O preço que estava marcado no Colombo era de 42 Euros e qualquer coisa... o que não me pareceu normal...

[/quote]

Estranho era se estivesse a um preço igual ou semelhante da Alemanha ou Espanha. Eles não sabem o que estão a vender.

Peace !!!

Oblivion

Pois é, na Milan Spiele o jogo está a 19.90 Euros (menos de metade do preço do Colombo).

https://www.milan-spiele.de/advanced_search_result.php?osCsid=7oqpad0pi67tlqi62jkiia7aa1&keywords=mr+jack&x=0&y=0

42.50 Euros...

Sempre haverá algum pato que vai cair na esparrela...

Ou então depois estranham quando os jogos apodrecem na montra... depois dizem que o país é uma miséria e que não há mercado para estes produtos...

Já adquiri também o jogo, está o máximo. Foi atraves de um site de venda de jogos: www.letzplay.com.pt

Wink

Bem vinda, maria ou elsa. Não consegui encontrar o jogo no site. Se POR ACASO conheceres os responsáveis desse site, eles podem anunciar o seu site no forum do abreojogo em https://www.abreojogo.com/forum/anuncios_negocios/lojas

eu trabalho no loja do colombo,na puros e companhia e o jogo nao pode ser vendido a 25 euros!! o preço e 37.50!!

Boas;

A informação do valor que dei foi-me dada pelo distribuidor que me disse que me enviaria um pelo correio por um valor aproximado desse... Suponho que cobre o mesmo aos retalhistas.

Entretanto já vi que o preço é muito mais alto (suponho que a margem dos retalhistas seja cerca de 50%... espertos). Por isso a minha cópia veio de Espanha, de um dia para o outro, muito mais barata com oferta de portes e, porque fiz a encomenda com mais gente e o valor foi alto, o Espanhol ainda me ofereceu um jogo (Battleline) ...

Quem ficou a perder com este negócio?

O distribuidor e os retalhistas Portugueses... É esta a diferença entre a inteligência de uns e a esperteza de outros. Uns facturam mais de € 400, os outros têm os jogos nas prateleiras.

Por curiosidade fui lá ver e o preço indicado é 24,9 mas com um desconto para 22,3. Aparentemente esta loja online vai ajustando o preço ao longo do tempo, o que dificulta a comparação com um retalhista.

O preço no Colombo tem sempre que ser mais caro do que numa loja online. Afinal, o comerciante tem de pagar o arrendamento do espaço num centro cultural de prestígio. O que me surpreende no mercado de jogos em Portugal é o tipo de lojas que se pôs a vender jogos. Que se vendessem jogos com banda desenhada, dvds ou discos eu até compreendo. Mas com charutos, jornais e revistas?

O que me parece é que os distribuidores apostaram no mercado do xadrez, puzzles e similares de qualidade, o mercado do jogo objecto que é comprado tanto ou mais pelo seu valor estético do que pelo seu valor lúdico. Ou seja, está aqui em causa um perfil de consumidores mais velho, com maior poder económico e da classe social média-alta que compra jogos para oferecer. Como é evidente, é um perfil de consumidor que não se preocupa em ver se o preço de 40€ é alto ou baixo e que menos ainda vai comparar os preços à internet. Mas será que esta gente compra boardgames ou não passará tudo de um equívoco de distribuidores mal informados?

[quote=smascrns]O preço no Colombo tem sempre que ser mais caro do que numa loja online. Afinal, o comerciante tem de pagar o arrendamento do espaço num centro cultural de prestígio.[/quote]

Laughing

Centro cultural?

É verdade que o comerciante tem que pagar a chulice que é o aluguer de um centro comercial, mas isso não é justificação para os preços exorbitantes que cobram. A verdade é que os comerciantes Portugueses há muito se habituaram a praticar margens de lucro enormes. Eu estou envolvido num projecto de abertura de uma loja de grandes dimensões e há artigos em que a margem que pretendem impor é de 100%... E vocês acham que nos saldos com descontos de 70% eles têm prejuízo?

Depois queixam-se que as pessoas não compram.

[quote]O que me parece é que os distribuidores apostaram no mercado do xadrez, puzzles e similares de qualidade, o mercado do jogo objecto que é comprado tanto ou mais pelo seu valor estético do que pelo seu valor lúdico.[/quote]

Os distribuidores não fazem puto de ideia do que são estes jogos. Os retalhistas também não. Neste projecto que estou envolvido há a possibilidade de se terem jogos à venda mas achas que alguém está interessado em ouvir o que eu penso sobre o assunto? Nah... Eu já disse ao responsável que vendo 50 caixas de Bohnanza num dia se ele me deixar determinar a forma de promoção e o preço, mas ele nem quer ouvir falar em vender o jogo abaixo dos €10!

[quote]Ou seja, está aqui em causa um perfil de consumidores mais velho, com maior poder económico e da classe social média-alta que compra jogos para oferecer. Como é evidente, é um perfil de consumidor que não se preocupa em ver se o preço de 40€ é alto ou baixo e que menos ainda vai comparar os preços à internet. Mas será que esta gente compra boardgames ou não passará tudo de um equívoco de distribuidores mal informados?[/quote]

É burrice mesmo...

A nós pode parece estranho lojas de tabaco e revistas estarem a vender jogos de tabuleiro específicos, mas isto só mostra o trabalho que é feito pelos distribuidores para venderem mais umas unidadese e exporem o produto ao público.

Tendo em conta o tipo de cliente - que não somos nós - que eventualmente comprará nessas lojas a esses preços, a margem está perfeitamente razoável. Quase que basta vender só um jogo para compensar. Não julgo ser burrice.

Burrice seria uma loja física tentar competir com uma loja online em termos de preço. Este caso chega a ser problemático no caso das lojas da especialidade - não tendo nada a ver com os colombos e as tabacarias - que fornecem e sustentam um espaço para promover o jogo.

Nesses casos, a situação já nos diz respeito. Quanto mais é que estamos dispostos a pagar para apoiar uma loja que nos dá onde jogarmos para além de vender a mercadoria? Pagaríamos conscientemente 30 euros por um Mr. Jack quando podemos comprá-lo a 22?

Eu não estranho nada que tabacarias vendam jogos de tabuleiro. O que estranho é que quase só essas o façam...

Quanto a vender um jogo para compensar, creio que já os Fenícios tinham descoberto que é melhor vender com uma margem de lucro menor em cada unidade e vender mais unidades... Assim passa-se do compensar para o lucrar.

Quanto às lojas físicas creio que realmente terão sempre dificuldade em competir com as lojas online... bastam os custos fixos para criar dificuldades. Mas há outras formas de combater isso.

Creio que a disponibilização do espaço também deveria ser paga. A um valor razoável, claro... Ou seja, seria mais interessante para mim pagar um pouco de cada vez que quisesse jogar durante umas horas num local e que quando quisesse comprar os jogos os tivesse a um preço que me dissuadisse de fazer a compra online. Por exemplo o meu Bang! e os baralhos para o Blue Moon comprei na Mundo Fantasma porque a diferença para os preços online era pequena... mas quando falamos em diferenças que se aproximam do dobro as coisas mudam de figura.

Cada um tem a sua forma de ver o comércio destes jogos. Para mim a geral dos distribuidores e comerciantes está errada (há excepções) e creio que mais de 10 anos de atraso no crescimento deste mercado demonstram que continuar a trabalhar este mercado como um nicho sem possibilidades de crescimento é um erro.

[quote=Mallgur]Quanto a vender um jogo para compensar, creio que já os Fenícios tinham descoberto que é melhor vender com uma margem de lucro menor em cada unidade e vender mais unidades. [/quote]Não necessariamente. Na situação das tabacarias/papelarias, a ideia é que nem o vendedor nem o comprador sabem o que é que está a ser transaccionado, por isso aceitam o preço que lhes for informado. Se o preço fosse mais baixo, suscitaria um maior potencial de procura com questões e pedidos aos quais o vendedor não sabe nem está disposto a responder. Para isso, já tem o seu negócio principal de revistas e tabaco.

[quote]Eu não estranho nada que tabacarias vendam jogos de tabuleiro. O que estranho é que quase só essas o façam...[/quote]Precisamente porque as lojas especializadas não conseguem competir com as encomendas online. Pedir ás pessoas que paguem pelo espaço de jogo é uma ideia peregrina mas não funciona. As pessoas preferem ir para casa ou não jogam. A única forma de ir por aí é cruzar a utilização do espaço com outra coisa que possa dar rendimento - nomeadamente um café/snack - mas existem aí algumas questões legais e algum trabalho adicional. Alguém que queira ter uma loja de jogos não estará à espera de ter de andar a fazer sumos e sandes :)

Em alguns casos - nomeadamente com Magic: the Gathering - pode até parecer que o negócio funciona, mas é tudo ao contrário. Em vez de o espaço servir para promover as vendas, o volume de vendas é que serve para sustentar o espaço, enquanto este é "chulado" pelos clientes que não compram nada. Por outras palavras, a loja faria melhor em não ter espaço e vender online :)

Na minha opinião, têem de ser as editoras a providenciar uma solução que viabilize ou não as chamadas FLGS (your Friendly Local Games Shop), nomeadamente através da fixação de preços mínimos que as protejam. Mais do que tournament kits e outras borlas, isso sim seria uma forma expressa de apoiar os seus retalhistas. No fundo, seria reconhecer que o maior valor deste negócio é ser um serviço - algo que é para jogar com os amigos - e não um bem - para ficar na prateleira. Desta forma, o preço mínimo que se pagaria por um jogo incluiria o produto em si (para a editora) e o serviço (para o retalhista).

Saídas da sombra da concorrência desleal das lojas online, as FLGSs seriam mais, os seus negócios dariam lucro e poderiam competir entre si. As próprias lojas online teriam de melhorar os seus conteúdos e dar aos seus clientes algo mais do que um carrinho de compras. O apoio ao cliente tornar-se-ia essencial, pois só vender mercadoria já não seria suficiente.

Já agora, o nosso caso aqui no Porto é um belo exemplo. O que é que fariamos se, por sorte, não tivéssemos um espaço no Crystal Park, um site onde nos organizarmos e o Mallgur para puxar pelo pessoal? Quanto é que isso não vale? Quanto é que a Planeton deveria pagar ao Mallgur pela promoção de vendas?

Por mim, que poucos boardgames compro, digo já que não comprava nenhum se não tivesse com quem e onde jogar. Aliás, sempre que posso, vou jantar ao Crystal Park para ajudar a financiar o meu espaço :)