Há um motivo para eu ter sugerido a adaptação dum café invés de outro gerido pela associação: tempo.
O negócio principal tem de ser o café/snack-bar, não tenham dúvidas. No entanto, juntando uma secção de jogos como acima referi, poderia dar um extra em quotizações mas principalmente em consumo. O modelo que referiram do café gerido por uma associação, não é viável. Por amor à camisola ninguém vai dar noites/dias do seu tempo todas as semanas, e só pelos jogos não há negócio.
Eu pagaria uma quotização de €15 para frequentar uma ludoteca num café do género do Tropical. Porquê se no meu grupo de amigos temos centenas de jogos e até temos local privado onde estarmos de modo confortável?
1 - Num espaço como o Tropical, que é aberto, podemos jogar com pessoas diferentes que eventualmente lá se desloquem. É a sociabilização que a maior parte procura. Num espaço privado é só com aquele grupo, por muito bons que sejam. A sociabilização em alguns casos vai além dos jogos, passando para a vida pessoal e profissional.
2 - O aparecimento eventual de novos jogadores num espaço aberto, fomenta o aparecimento de novos aficionados, e logo o crescimento deste hobby.
3 - No exemplo que acima referi mencionei €1000, e a modesta quantidade de 20 jogos. Mas é claro que o café poderia decidir investir logo €2000 ou mais, e também é verdade que muitos jogos custam €20/25, pelo que na verdade essa quantia daria para uma ludoteca inicial bem maior do que referi. Com as quotizações, além de tirarem uma parte para lucro, outra parte seria para investir todos os meses em novos jogos. No exemplo que dei, €250 já dá qualquer coisa. Um ano depois já teriam bem mais títulos. Mas a questão mantém-se: então pago só para não estar a levar os jogos? Não, pagava-se para lá ter outros jogos diferentes sem eu ter que comprá-los do meu bolso. €15 de cota por mês nem dá para comprar um jogo, mas se pagasse iria ter ali por mês meia dúzia de novidades por somente os €15.
No exemplo que eu tinha referido no outro post, para o investimento inicial de €1000, o Café Tropical encaixava por mês €200 em quotizações, pelo que em apenas 5 meses já tinha o investimento recuperado. Se tivessem iniciado logo com €2000, 10 meses. Em qualquer dos casos o tempo é curto. A partir daí teriam lucro e ainda teriam os jogos na ludoteca que têm o seu valor. Após o valor inicial o café não teria mais despesa: quantos negócios podem dizer isto? É só lucro!
Poderiam inclusive montar um sistema de fidelização, por exemplo, €15 por mês para os novos sócios, e por cada ano de associado pagava-se menos €1, até ao limite de €10. Assim, um sócio com pelo menos 5 anos de casa pagava €10 por mês. Atenção que todos estes valores que estou a dar são apenas exemplificativos.
Resumindo: um anito após montarem o staminé, a ludoteca estaria a gerar lucro limpo todos os meses para o café, e aumentado o tamanho/valor da ludoteca. Estariam a cativar novos clientes que também acabariam por consumir qualquer coisa mais do que se ali não fossem, óbvio.
Quanto aos sócios, teriam um local onde jogar, para conhecerem malta nova e reencontrarem os vários amigos num ponto de encontro comum. Se quisessem levar jogos de casa faziam-no, se não levassem a ludoteca lá os teria. Todos os meses teriam novos títulos para experimentar por somente os €15.
Não me parece assim tão dispendioso.
Parabéns ao Yes Master por lançar um bom debate com este tópico.
Deixei aqui a minha colaboração, que de resto não se adequa ao concelho onde estou por não ter a dimensão do Porto. Mas se por cá houvesse, eu lá estaria. Como curiosidade, foi por ter ido a um encontro aberto dos boardgamers do Porto que hoje há uma comunidade de jogadores em Viana do Castelo. Obrigado. :)
Olá João,
Parece-me que há um investimento considerável neste projeto Epic. A campanha tinha objetivos interessantes… resta saber como está a ser a adesão ao projeto e qual o futuro. Em Portugal, para quando um projeto deste género no Porto? Em Lisboa existe o Pow Wow que é algo deste género mas mais modesto…