Esta posta surge de uma outra; aqui pretendo apresentar o Manifesto da Diversão Já! O original pode ser encontrado aqui. A responderem a isto, peço-vos total honestidade e isenção.
1- Nem toda a gente gosta da mesma coisa 2- Joguem com pessoas que gostam 3- Joguem com regras que gostam 4- Cada pessoa à mesa é um jogador 5- Falar é bom 6- Confiança, não medo ou poder 7- É um jogo, não um casamento 8- Diversão a pelo menos cada 10 minutos 9- Resolvam os problemas, não os prolonguem
Na minha campanha de Exalted, posso honestamente dizer que TODOS os pontos são endereçados:
1- É verdade, tanto do tipo de jogo como da maneira como jogamos 2- Eu só jogo com pessoas que gosto, e dá-me ideia que a malta que joga comigo também, já que há historial no nosso grupo que aponta para isso 3- A mesma coisa; eu já saí de jogos porque não gostava das regras 4- Verdade; à medida que vou introduzindo a questão dos Stakes Negotiation (entre outras - eles são encorajados a dizer o que querem ver a seguir) esta barreira dilui-se imediatamente; a menos que o Chris aqui não falasse directamente do GM, nesse caso isto muda tudo 5- O nosso último retiro foi o melhor exemplo disto, e El Padeirón não me deixa mentir 6- Vide ponto 4 e 5 7- Ninguém está lá por outro contrato que não o Social, e todos são lvres de sair quando quiserem, como aliás sempre aconteceu 8- Isto acontece; vão ver os meus AP's para concordar comigo 9- Ver ponto 5
Mais pessoas querem endereçar isto? Por favor, se sim, respostas honestas; se não, abstenham-se de responder para aumentar o vosso post count.
Vou falar por mim na crónica de d20 Warcraft que estou a jogar, visto ainda ser cedo para falar de TSoY e acho que já disseste tudo de Exalted 2nd Ed.
Acho que o facto de ter falado a sério com o GM antes de a crónica começar ajudou-me a perceber melhor e adaptar-me ao tipo de jogo que ia jogar, o que só de um pontapé passa pelos pontos 1, 2, 3, 5 e 6. Eu não estou lá obrigado, por isso o 7 verifica. Ponto 8: em menos de 10min até, a ver, eu estou completamente viciado no jogo. Já aprendemos a lição sobre resolução de problemas em crónicas anteriores, por isso juglo (pelo menos da minha parte) que este ponto também está lá. Julgo que a ideia do ponto 4 é referir que o GM também é jogador e também se deve divertir, penso que também se verifica.
Nunca percebi muito bem os motivos por trás deste manifesto, parece-me um enunciar do óbvio. Os jogos em que estou cumprem todos os pontos e quando não os cumprem acabam (o que falha mais é o ponto 8) e isso parece-me claro como a água.
Isso não acontecia quando era adolescente, mas na adolescência é dificil negociar contratos sociais e não é um “fun now manifesto” que os resolve.
A minha pergunta é: este manifesto foi um insight para alguém, ou alguma vez vos deu jeito? Como, exactamente? Se sim, acham que me está a escapar alguma coisa?
[quote=jpn]Os jogos em que estou cumprem todos os pontos e quando não os cumprem acabam (o que falha mais é o ponto 8)[/quote]
Estás a dizer que sempre que há um gajo à mesa que, numa qualquer sessão, passa mais de dez minutos sem haver nada que o divirta em particular (mesmo que não esteja a levar seca, porque afinal, está entre amigos), o jogo morre?
Estás a dizer que sempre que há um gajo à mesa que, numa qualquer sessão, passa mais de dez minutos sem haver nada que o divirta em particular (mesmo que não esteja a levar seca, porque afinal, está entre amigos), o jogo morre?
Wild. And noble![/quote]
Estranho… Ía-te responder que não, que só quando a malta não se diverte de forma continuada é que acontece.
Mas pensado melhor, sim, ultimamente tem acontecido isso. A explicação é que os RPGs num grupo Gamist competem com os boardgames. E os boardgames dão “fun stuff every 10 minutes” - não tão forte como os RPGs, mas sustentada
Exemplos recentes:
D&D - como a criação de personagens não tem nada de divertido, o jogo morreu antes de termos acabado de fazer as personagens (ao fim de 15 minutos).
PTA - a primeira sessão foi fantástica. A segunda encalhou a meio porque se tentou encaixar à martelada os next week ons, mas também foi gira. Mas a série morreu por causa disso.
Great Ork Gods - a sessão foi linda, mas percebeu-se logo que a segunda sessão não ía ser tão divertida e o jogo morreu.
Cthulhu - fizemos um makeover do “Lost” e assim que, na segunda sessão, se percebeu o fim eventual do plot, o jogo morreu (porque a terceira sessão não seria tão divertida).
Oooops… Estamos a ficar com attention deficit disorder E claro que neste momento um jogo aguenta 3-4 sessões antes de morrer.
Nota que eu não acho isto uma atitude acertada, estou só a relatar o que acontece…
[quote=jpn]os RPGs num grupo Gamist competem com os boardgames. E os boardgames dão "fun stuff every 10 minutes" - não tão forte como os RPGs, mas sustentada :)[/quote]
Agreed.
[quote=jpn]Estamos a ficar com attention deficit disorder :) [...] eu não acho isto uma atitude acertada[/quote]
Why not?
Mas entretanto, ok, concedo que, à primeira vista, vocês parecem estar integralmente dentro do manifesto. No entanto, quando dizes que é tudo óbvio, pareces estar a indicar que achas que não faz grande sentido que outros não estejam.
[quote=“JMendes”]Mas entretanto, ok, concedo que, à primeira vista, vocês parecem estar integralmente dentro do manifesto. No entanto, quando dizes que é tudo óbvio, pareces estar a indicar que achas que não faz grande sentido que outros não estejam.
No entanto, asseguro-te que há quem não esteja.[/quote]
Não, estou a indicar que acho que quem não está dentro do manifesto e não faz nada quanto a isso, é porque tem tempo livre a mais Os RPGs competem a nível social com os copos, e a nível de jogo com os boardgames. Quem só tem uma noite livre por semana gasta-a muito bem, acho eu, e só investe em RPGs se funcionarem - senão vai para os outros.
O manifesto dá-te 10 regras que devem ser cumpridas para todas as actividades sociais (enfim, alteradas, mas as alterações não são muitas). Ou seja, repete coisas que toda a gente aprendeu quando era adolescente a saír à noite com os amigos, e se não aprendeu não é a ler o manifesto que aprende. Útil para geeks americanos talvez, ou malta com problemas de interacção social.